Dragão Diário - De casa
A exibição não foi fantástica, nem poderia ser, pela forma como o adversário (se) bateu e pela forma como o árbitro o permitiu, mas a vitória até foi de uma certa beleza poética, pelo momento em que foi conseguida. Hernâni entrou com prémio e castigo no pé esquerdo, fez justiça aos 95 e deixou toda a equipa de reportagem da Sport.TV mais aborrecida do que o próprio Jorge Simão. No final, o FC Porto ganhou outra vez no Bessa.
Festejar o golo da única equipa que quis realmente jogar valeu a expulsão a Sérgio Conceição, mas correr repetidamente ao longo da linha não motivou qualquer repreensão a Jorge Simão, que, mais tarde, já na sala de imprensa, quis justificar o injustificável e legitimar o arraial de porrada com a qualidade do adversário - “praticamente invencível”, nas palavras dele - como se isso fosse razão ou argumento para transformar algo ou alguém num saco de pancada. Um absurdo.
Mas o melhor de tudo, o mais louco e disparatado de todo o episódio em torno da expulsão do treinador do FC Porto é que foi Idris quem tirou satisfações com Sérgio Conceição. Sim, Idris, o mesmo jogador do Boavista que escapou ao cartão amarelo praticamente ao ritmo de cada lance que disputou, foi lá exigir explicações cara a cara, numa altura em que o duche chamava por ele há uma boa meia-hora. E sim, só nesse instante viu o cartão amarelo, vá lá perceber-se como...
Ah, falta dizer que esta não foi só a décima vitória consecutiva, foi também – nas palavras de Vítor Bruno - “a resposta dos grandes campeões”. E que do banco, do multibanco de Sérgio Conceição, saiu mais um golo, o décimo em 21 jogos. Ou ainda que o FC Porto ampliou para nove o número de vitórias consecutivas sobre o Boavista, porque, como muito bem explicou Hernâni, “esta equipa luta até ao fim”.
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