...Fundo adianta 96 milhões
E ainda Rui Pinto
Advogados de Rui Pinto denunciam “assédio judicial incrível”
Defesa do mentor de “Football Leaks” diz que Ministério Público quer manter o “Hacker” em prisão preventiva ilegalmente
Os advogados de Rui Pinto denunciam um “assédio judicial incrível”. A equipa de defesa reitera a inocência do hacker relativamente às suspeitas do crime de extorsão na forma tentada. Classificando a detenção de Rui Pinto como “desproporcional”, William Bourdon e Francisco Teixeira da Mota afirmam, em comunicado, que as suspeitas de acessos ilegais a sistemas informáticos não são suficientes para justificar a permanência de Rui Pinto em prisão preventiva.
“O Ministério Público pretende a declaração de especial complexidade, mantendo a prisão de Rui Pinto por mais um ano por factos que já não têm nada que ver com a tentativa de extorsão, que é o único crime que permite, em termos legais, a prisão preventiva. Eventuais acessos ilegais não a permitem”, afirmou ao PÚBLICO Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto.
Detido na Hungria e entregue às autoridades portuguesas com base num mandado de detenção europeu, o pirata informático está detido preventivamente desde 22 de Março, indiciado pela prática de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa à pessoa colectiva e um de extorsão na forma tentada.
O hacker é suspeito de estar envolvido numa tentativa de extorsão ocorrida em Outubro de 2015, de que foi vítima o fundo de investimento Doyen Investment Sports, sediado em Malta, que financia passes de jogadores e treinadores de futebol. Nenhum destes crimes envolve o Benfica ou o FC Porto.
Entre outros argumentos, a equipa de defesa acusa Portugal de ter esquecido “as suas obrigações europeias ao recusar a protecção que devem ser dadas a denunciantes [whistleblowers]”, denunciando ainda que alguns órgãos de comunicação social — “necessariamente alimentados por fontes judiciais” — tiveram conhecimento de alguma da informação reunida por Rui Pinto.
No dia 6 de Junho, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu manter o pirata informático, afirmando que havia, caso fosse libertado, “concretos perigos de fuga, de continuação da actividade criminosa e de perturbação do decurso do inquérito”, negando, dessa forma, provimento ao recurso apresentado pela defesa do arguido.
Em Maio, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa negou pedidos da Federação Portuguesa de Futebol e da UEFA para se tornarem assistentes do caso. Rui Pinto colabora com o estatuto de denunciante com as autoridades belgas, francesas e holandesas.
O português é o responsável do Football Leaks, plataforma que, durante vários anos e de forma sistemática, publicou documentos que revelavam informação sensível sobre os maiores clubes — e entidades — do futebol europeu. No total, foram cerca de 70 milhões de ficheiros que seriam partilhados com o consórcio EIC (European Investigative Collaborations) e que originariam várias investigações judiciais.
Defesa do mentor de “Football Leaks” diz que Ministério Público quer manter o “Hacker” em prisão preventiva ilegalmente
Os advogados de Rui Pinto denunciam um “assédio judicial incrível”. A equipa de defesa reitera a inocência do hacker relativamente às suspeitas do crime de extorsão na forma tentada. Classificando a detenção de Rui Pinto como “desproporcional”, William Bourdon e Francisco Teixeira da Mota afirmam, em comunicado, que as suspeitas de acessos ilegais a sistemas informáticos não são suficientes para justificar a permanência de Rui Pinto em prisão preventiva.
“O Ministério Público pretende a declaração de especial complexidade, mantendo a prisão de Rui Pinto por mais um ano por factos que já não têm nada que ver com a tentativa de extorsão, que é o único crime que permite, em termos legais, a prisão preventiva. Eventuais acessos ilegais não a permitem”, afirmou ao PÚBLICO Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto.
Detido na Hungria e entregue às autoridades portuguesas com base num mandado de detenção europeu, o pirata informático está detido preventivamente desde 22 de Março, indiciado pela prática de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa à pessoa colectiva e um de extorsão na forma tentada.
O hacker é suspeito de estar envolvido numa tentativa de extorsão ocorrida em Outubro de 2015, de que foi vítima o fundo de investimento Doyen Investment Sports, sediado em Malta, que financia passes de jogadores e treinadores de futebol. Nenhum destes crimes envolve o Benfica ou o FC Porto.
Entre outros argumentos, a equipa de defesa acusa Portugal de ter esquecido “as suas obrigações europeias ao recusar a protecção que devem ser dadas a denunciantes [whistleblowers]”, denunciando ainda que alguns órgãos de comunicação social — “necessariamente alimentados por fontes judiciais” — tiveram conhecimento de alguma da informação reunida por Rui Pinto.
No dia 6 de Junho, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu manter o pirata informático, afirmando que havia, caso fosse libertado, “concretos perigos de fuga, de continuação da actividade criminosa e de perturbação do decurso do inquérito”, negando, dessa forma, provimento ao recurso apresentado pela defesa do arguido.
Em Maio, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa negou pedidos da Federação Portuguesa de Futebol e da UEFA para se tornarem assistentes do caso. Rui Pinto colabora com o estatuto de denunciante com as autoridades belgas, francesas e holandesas.
O português é o responsável do Football Leaks, plataforma que, durante vários anos e de forma sistemática, publicou documentos que revelavam informação sensível sobre os maiores clubes — e entidades — do futebol europeu. No total, foram cerca de 70 milhões de ficheiros que seriam partilhados com o consórcio EIC (European Investigative Collaborations) e que originariam várias investigações judiciais.
Ana Gomes deixa
Estrasburgo com pedido para investigar negócios do futebol
Eurodeputada socialista portuguesa despediu-se terça-feira do Parlamento Europeu, onde cumpriu três mandatos.
Guerreira até ao fim, a portuguesa Ana Gomes despediu-se esta semana do Parlamento Europeu com um pedido de investigação às milionárias transferências no futebol por parte das autoridades políticas e judiciais portuguesas e europeias.
A informação foi dada esta quarta-feira pela própria Ana Gomes através das redes sociais, divulgando a carta enviada às diversas instâncias nacionais e europeias - acompanhada por vários documentos obtidos "via 'Football Leaks'", precisou a eurodeputada cessante - "para investigação de eventuais crimes de fraude e de evasão fiscal e de branqueamento de capitais" nos negócios entre clubes de futebol.
Ana Gomes sugere que venda de João Félix poderá ser "negócio de lavandaria"
Jogador português de 19 anos foi contratado pelo Atlético de Madrid por 126 milhões de euros.
Eurodeputada socialista portuguesa despediu-se terça-feira do Parlamento Europeu, onde cumpriu três mandatos.
Guerreira até ao fim, a portuguesa Ana Gomes despediu-se esta semana do Parlamento Europeu com um pedido de investigação às milionárias transferências no futebol por parte das autoridades políticas e judiciais portuguesas e europeias.
A informação foi dada esta quarta-feira pela própria Ana Gomes através das redes sociais, divulgando a carta enviada às diversas instâncias nacionais e europeias - acompanhada por vários documentos obtidos "via 'Football Leaks'", precisou a eurodeputada cessante - "para investigação de eventuais crimes de fraude e de evasão fiscal e de branqueamento de capitais" nos negócios entre clubes de futebol.
Ana Gomes sugere que venda de João Félix poderá ser "negócio de lavandaria"
Jogador português de 19 anos foi contratado pelo Atlético de Madrid por 126 milhões de euros.
A ex-eurodeputada socialista Ana Gomes sugeriu este sábado,
através de um comentário no Twitter, que por detrás da contratação de João
Félix para o Atlético de Madrid por 126 milhões de euros pode estar mais do que
futebol.
"Um jogador de futebol com apenas 19 anos, que jogou meia época num campeonato de terceira categoria, e que aí se revelou, é vendido por 120 milhões de euros, naquela que é a quarta maior transferência de sempre. Ainda não li uma explicação racional, e fundamentada, para isto", escreveu o jornalista Bruno Faria Lopes, na sua conta nessa rede social.
"Não será negócio de lavandaria?", respondeu, em jeito de pergunta, Ana Gomes.
"Um jogador de futebol com apenas 19 anos, que jogou meia época num campeonato de terceira categoria, e que aí se revelou, é vendido por 120 milhões de euros, naquela que é a quarta maior transferência de sempre. Ainda não li uma explicação racional, e fundamentada, para isto", escreveu o jornalista Bruno Faria Lopes, na sua conta nessa rede social.
"Não será negócio de lavandaria?", respondeu, em jeito de pergunta, Ana Gomes.
Sem comentários:
Enviar um comentário