quarta-feira, 30 de setembro de 2009

FC Porto 2 Atlético de Madrid 0

30/09/2009 - Champions League - 0 - 0 ao intervalo

É vergonhosa a ineficácia da equipa Azul e Branca nos lances de bola parada. Nota-se à evidência que a equipa não trabalha devidamente estes lances. Repetir exaustivamente até acertar é a opção.
Este facto é causa de sofrimento desnecessário. A equipa a ser mais eficaz na marcação dos livres poderia ter resolvido muito mais cedo o jogo.

Segunda parte - vitória do FC Porto por 2 - 0
A segunda parte foi diferente para melhor. Com a entrada de Guarin, Raul Meireles passou para trinco dando mais consistência à equipa e proporcionando uma melhor ligação entre a defesa, meio campo e ataque, de modo que a equipa passou a controlar, e a fazer circular melhor a bola, não dando hipóteses ao adversário. Por fim Valeri e Tecla entraram quase só para ganhar tempo, o jogo estava ganho e havia necessidade de esconder a bola e acalmar o jogo.
O primeiro golo por Falcão! Um golo muito bonito e oportuno de calcanhar. O segundo da autoria de Rolando que recarregou com êxito para a baliza.


O momento fantástico do Falcao e os outros em que Hulk deixou o adversário desnorteado, à procura da bola, não permitem outra leitura. Mas houve também equipa, solidária, persistente, paciente, capaz de aguardar pelo momento certo para desferir o golpe fatal, que, mesmo que de forma indirecta, não deve ser dissociada da entrada em cena de Guarín. Só não houve mais golos.

O ímpeto portista era, obviamente, atacante. Assumia a iniciativa, procurava a baliza madrilena. Mas o Atlético não colaborava. A estratégia espanhola era assumida e marcadamente defensiva, deixando, em episódios sucessivos, Aguero sozinho na frente. A trama de Resino assentava, sobretudo, no desemp
enho de um meio-campo com acentuada propensão defensiva.

O caminho portista para as redes contrárias tornava-se, portanto, mais longo, exigindo trabalho aturado e vigilância constante à vocação contra-atacante do opositor.
Belluschi e Hulk insistiam no assédio à baliza contrária. Por centímetros, por um fora-de-jogo, por causa de Ujfalusi ou Pablo Ibañez. Mas o Dragão persistiria, reinventando respostas e uma delas bem que poderia ter surgido na primeira vez em que Guarín tocou na bola, ocasião que terá marcado a viragem.

Mas a chave da vitória reservara-a Fal
cão, com o seu toque de calcanhar que surpreendeu toda a defesa madrilena. Desbloqueado o jogo a um quarto de hora do final, a vantagem cresceria pouco depois, no sentido de oportunidade de Rolando, que concluiu, sem oposição, o golo que Bruno Alves fizera esbarrar no poste. O triunfo, já não fugiria, relançando o FC Porto na UEFA Champions League.

FICHA DE JOGO

UEFA Champions League, Grupo D, 2ª jornada

30 de Setembro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 37.609 espectadores

Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)
Assistentes: Cristiano Copelli e Renato Faverani
4º Árbitro: Daniele Orsato

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Belluschi, Tomás Costa e Raul Meireles; Mariano, Falcao e Hulk
Substituições: Tomás Costa por Guarín (67m), Falcão por Farías (88m) e Mariano por Valeri (90m)
Não utilizados: Beto, Maicon, Sapunaru e Dias
Treinador: Jesualdo Ferreira

ATLÉTICO MADRID: Roberto; Ujfalusi, Pablo Ibañez, Juanito e Perea; Paulo Assunção; Jurado, Cleber Santana, e Simão; Forlán e Aguero
Substituições: Roberto por De Gea (25m), Simão por Maxi Rodriguez (70m) e Jurado por Reyes (79m)
Não utilizados: Antonio López, Pongolle, Ruben Pérez e Sergio Rodríguez
Treinador: Abel Resino

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Falcão (75m) e Rolando (81m)
Disciplina: cartão amarelo a Paulo Assunção (36m) e Perea (48m)

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