sábado, 26 de setembro de 2009

FC Porto 1 SCP 0

26/09/2009 Liga Sagres

A equipa do FC Porto jogou muito bem nos primeiros 20 minutos, produzindo jogadas de belo efeito, vindo inexplicàvelmente depois a apagar-se gradualmente a partir de então. A sensação com que ficamos é que os Dragões só têm GAZ para os primeiros 20 a 30 minutos...! Não se pode conceber que uma equipa, neste caso a azul e branca, que jogou contra um adversário fragilizado que perdeu uma unidade importante, passe a ter mais dificuldades do que quando jogava contra a equipa adversária completa.
Contra tudo que se possa argumentar (especular) o que é certo é que a equipa Azul e Branca não obstante jogar contra dez unidades quase toda a segunda parte, devido à expulsão de Polga que viu o segundo cartão amarelo aos 52 minutos, acabou por sentir enormes dificuldades para bater esta bem organizada equipa do Sporting.
A exibição da equipa do FC Porto na 2ª parte foi miserável, a jogar contra dez tinha obrigação de fazer mais e melhor. Pois a segunda metade do jogo foi quase só do Sporting que conseguiu encurralar a equipa do FC Porto no seu meio campo em largos períodos de tempo.
Em face do que se passou leva-me a questionar: será que os jogadores do FC Porto levam uma conduta irrepreensível 100% profissional ? Será que a equipa técnica trabalha o suficientemente com eles? Será que Jesualdo Ferreira controla devidamente os jogadores (tem-nos na mão) ?

fALCãO hULK E POUCO MAIS

Três minutos de velocidade e pressão bastaram para promover o reencontro do Tetracampeão com as vitórias. Ao segundo ensaio, ainda antes de o Sporting poder inspirar profundamente, na tentativa desesperada de se recompor instantaneamente do susto inaugural, o FC Porto marcou. Por Falcao, que revelou olho e génio na proporção devida ao talento de Hulk. Outros nomes houve que ficam ligados ao êxito azul e branco e não mencionar Helton, mesmo tendo em conta o caudal ofensivo do Dragões, seria de todo injusto.

Começou a delinear ao primeiro minuto, na aceleraç
ão inicial de Hulk.

Falcao, que quase marcou na ponta final do primeiro desequilíbrio, faria o golo dois minutos depois, ao terceiro, num instante partido em dois, novamente com participação decisiva do brasileiro genial. O resto foi brilho de Falcao, que «arrastou» Polga consigo, antes de se lhe antecipar num voo rasante, que praticamente resumiu Rui Patrício à condição de mero espectador.

Falcao e Patrício reencontrar-se-iam mais tarde, já no decorrer na segunda parte, com a bola parada na marca de penalty, mas o guarda-redes do Sporting adivinharia o lado, impedindo que o colombiano ampliasse a vantagem portista, como já havia feito, aliás, num livre superiormente cobrado por Bruno Alves, com quase tudo para lembrar o golo de Alvalad
e, na época passada.

Mas houve mais. Emoção, outros golos que ficaram por marcar e a competência de uma equipa que se reencontra com as vitórias, numa interessante gestão dos ritmos de jogo que poderia ter rendido uma vantagem mais ampla, aproximando o desfecho de números mais justos e condizentes com o desempenho do Dragão. Ainda que escassos, renderam três pontos.

FICHA DE JOGO

Liga 2009/10, 5ª jornada
26 de Setembro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 46.511 espectadores

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
Assistentes: Venâncio Tomé e José Lima
4º Árbitro: Cosme Machado


FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Belluschi, Fernando e Raul Meireles; Mariano, Falcao e Hulk
Substituições: Ma
riano por Tomás Costa (71m), Falcao por Farías (77m) e Raul Meireles por Valeri (83m)
Não utilizados: Beto, Guarín, Maicon e Sapunaru
Treinador: Jesualdo Ferreira

SPORTING: Rui Patrício; Abel, Carriço, Polga e Grimi; Miguel Veloso; Vukcevic, Matias Fernández e João Moutinho; Liedson e Hélder Postiga
Substituições: Grimi por Pereirinha (46m), Matias Fernández por Tonel (55m) e Hélder Postiga por Caicedo (78m)
Não utilizados: Tiago, Adrien Silva, Ângulo e Yannick Djaló
Treinador: Paulo Bento

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Falcao (3m)
Disciplina: cartão amarelo a Raul Meireles (12m), Miguel Veloso (26 e 90m), Polga (34 e 52m), Abel (36m), Fucile (56m), Bruno Alves (65m), Tomás Costa (79m); cartão vermelho a Polga (52m) e Miguel Veloso (90m)

JESUALDO FERREIRA: «O FC PORTO GANHOU BEM»

O treinador do FC Porto deu os «parabéns» aos seus jogadores no final do desafio frente ao Sporting, que os Dragões venceram por 1-0. O golo de Falcão, aos três minutos, foi resultado de um «plano de jogo» que previa uma «pressão muito alta sobre o Sporting» e que funcionou logo nos primeiros instantes da partida. O técnico admitiu que a equipa não manteve o mesmo nível na última fase do desafio, mas considerou que o mais importante foi triunfar.

Vitória justa
Para Jesualdo Ferreira, a vitória não merece contestação: «O FC Porto entrou muito forte, muito bem. Pressionou muito e com grande velocidade nas transições, foi esse o motivo principal para o Sporting ter dificuldades, fazer faltas, sofrer o golo e ainda podia ter sofrido mais dois. Depois, houve um grande equilíbrio e o Sporting é uma equipa boa, o seu processo é perfeitamente claro para todos os jogadores, que estão juntos há quatro ou cinco anos. Hoje, o FC Porto, com alguns problemas nas soluções para o jogo, foi capaz de ultrapassar o Sporting e venceu com toda a justiça».

Jogo de nervos
O penalti que Falcão desperdiçou, aos 54 minutos, podia ter tornado o desafio «fácil» e «perturbou» a equipa, admitiu Jesualdo Ferreira. «A partir daí, o jogo foi muito mais de nervos do que de ideias. É bom que tenhamos consciência que o FC Porto tem uma equipa que, jogando em situações de competição difíceis, tem de crescer muito rapidamente. Não fomos suficientemente serenos para aproveitar a inferioridade numérica e os espaços que passámos a ter», afirmou.

Parabéns ao plantel
A equipa ultrapassou uma partida que tinha necessidade de vencer e daí os «parabéns» ao plantel do seu treinador: «Ultrapassámos uma semana difícil, com grande pressão», lembrou Jesualdo Ferreira, que comentou ainda as questões de arbitragem do desafio. «Nem sempre quando se perde as razões estão do outro lado», concluiu.

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