domingo, 12 de setembro de 2010

Liga ZON Sagres - FC Porto 3 SC Braga 2

12/09/2010 - Noite emocionante no Dragão
Num jogo em que as duas equipas em disputa revelaram estar num bom momento de forma, foram as suas individualidades, duma e doutra equipa, que acabaram por condimentar o desafio e influenciar o seu desfecho!
Pelo que o jogo foi muito bem disputado pelas duas actuais melhores equipas da Liga Portuguesa de Futebol, no qual o Braga vendeu cara a derrota. Por seu lado a equipa Azul e Branca teve de vestir o fato macaco e de arregaçar as mangas para conseguir bater um Sporting de Braga bem organizado, bem motivado e muito bem orientado pelo Domingos Paciência. Se bem que no final do jogo as declarações do Técnico bracarense tivessem deixado transparecer algum despeito, e, até revelado algum mau perder, talvez não se conformando por ter perdido o jogo para o Villas-Boas, um neófito nestas andanças.
Após uma primeira parte em a equipa dos Dragões produziu um futebol muito denunciado, seguiu-se a segunda parte já com os Azuis e Brancos muito próximos da perfeição, a demonstrar a sua inquestionável qualidade futebolística!
Helton, que até ao momento do primeiro golo do Braga não tivera oportunidade de esboçar uma única defesa, sofreu o golo num livre superiormente marcado por Luís Aguiar.
O empate poderia ter chegado logo a seguir numa primeira resposta do FC Porto, mas a trave negou o golo ao remate de Hulk. Passado pouco tempo Hulk haveria de contribuir com uma jogada magistral ao tirar vários adversários do caminho, serviu Varela o qual não se fez rogado e cabeceou a contar.
Na segunda parte, o SC Braga voltou a colocar-se em vantagem na primeira vez que conseguiu espaço para chutar à baliza dos Dragões. Só que entretanto Hulk voltaria a empatar o jogo depois de tabelar com Alvaro Pereira, o qual devolveu subtilmente a bola com o calcanhar.
Estava escrito que neste jogo os azuis e Brancos não se deixariam bater e Varela com um potente remate cruzado conferiu o resultado final ao jogo.
FICHA DE JOGO
 Liga 2010/11, 4ª jornada - 11 de Setembro de 2010
Estádio do Dragão, no Porto - Assistência: 47.617 espectadores
 Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e André Campos
4º Árbitro: Vasco Santos
FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Alvaro; Fernando, Belluschi e João Moutinho; Hulk, Falcao e Varela
Substituições: João Moutinho por Rúben Micael (66m), Falcao por Cristian Rodríguez (77m) e Varela por Souza (83m)
Não utilizados: Beto, Fucile, Walter e Otamendi
Treinador: André Villas-Boas
SC BRAGA
: Felipe; Sílvio, Moisés, Rodriguez e Elderson; Alan, Leandro Salino, Vandinho «cap» e Paulo César; Luís Aguiar e Lima
Substituições: Elderson por Miguel Garcia (65m), Lima por Matheus (67m) e Luís Aguiar e Hugo Viana (72m)
Não utilizados: Artur Moraes, Paulão, Andrés Madrid e Elton
Treinador: Domingos Paciência
 Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Luís Aguiar (16m), Varela (33m), Lima (61m), Hulk (62m) e Varela (70m)
Disciplina: cartão amarelo a Fernando (15m), Rodriguez (36m), Paulo César (43m), João Moutinho (56m), Leandro Salino (72m), Belluschi (81m), Sapunaru (89m).
Extracto do Jorge Maia n’OJOGO
Pela frente, o FC Porto encontrou um Braga enorme, maior do que qualquer dos ditos grandes, capaz de olhar o líder nos olhos sem piscar e de o obrigar a dar absolutamente tudo para não deixar nada para trás. Aliás, durante muito tempo, foi a equipa de Domingos que esteve por cima de um jogo que também foi decidido no tabuleiro de xadrez onde mandam os treinadores.
André Villas-Boas cumpriu a máxima que aconselha a não mexer em equipa que ganha e apresentou o 4x3x3 do costume, embora de início com Hulk à esquerda e Varela à direita de Falcao. Domingos foi mais criativo. O treinador do Braga inverteu o triângulo do meio-campo, colocando Salino ao lado de Vandinho na dupla de pivôs defensivos, e fazendo Luis Aguiar avançar para o apoio directo a Lima, no ataque, assegurando o encaixe perfeito com o trio do miolo portista. Mais do que isso, o treinador do Braga fez a sua defesa subir, diminuindo a distância para o meio-campo e aumentando exponencialmente a densidade populacional na zona onde o FC Porto gosta de trocar a bola. Uma jogada arriscada, atendendo à velocidade de Hulk e Varela nas alas, mas bem sucedida na forma como durante muito tempo conseguiu asfixiar a criatividade do meio-campo portista. De resto, essa subida das linhas recuadas do Braga permitiam à equipa de Domingos pressionar alto e começar a construção ofensiva já muito perto do meio-campo portista, garantindo muitas vezes a igualdade numérica com os defesas portistas. O lance do primeiro golo - um livre fabuloso de Luis Aguiar - nasceu precisamente duma recuperação de bola no meio-campo ofensivo que obrigou Fernando a cometer falta em zona frontal.
André Villas-Boas reagiu à desvantagem deslocando Varela para a esquerda e devolvendo Hulk à direita onde o Incrível iria explorar as debilidades defensivas de Elderson até à exaustão… de ambos. Foi Hulk quem desenhou o primeiro golo do FC Porto, ultrapassando o lateral em velocidade, para oferecer a igualdade a Varela, e também foi Hulk quem marcou o segundo dos portistas, mais uma vez às custas de Elderson, desequilibrado pelo passe de calcanhar de Álvaro Pereira. Domingos acabaria por ceder à evidência, trocando o nigeriano por Miguel Garcia que iria para a direita, libertando Sílvio para a marcação a Hulk na esquerda. Antes disso, Lima tinha contrariado o domínio que o FC Porto exerceu durante quase toda a segunda parte com mais um golo monumental, garantido por um remate disparado a cem quilómetros por hora e a uns bons trinta metros da baliza de Helton.
Ao fim duma hora, o jogo estava empatado e, mais do que isso, dividido e tão imprevisível e incerto como quando começou. O FC Porto dominava, forçava, empurrava, mas o Braga não torcia. Acabaria por quebrar num lance de insistência de Falcao, que deixaria a bola à mercê de Varela para um remate indefensável. Aos 70 minutos, o FC Porto chegava à vantagem pela primeira vez. O Dragão explodiu, mas voltaria a engolir em seco quando percebeu as dificuldades de Hulk numa altura em que Villas-Boas já tinha esgotado as substituições. O Braga percebeu a fragilidade e carregou, o FC Porto reconheceu a debilidade e resistiu. Ambos como campeões.
PS - Uma palavra de apreço á equipa técnica do Braga, com Domingos mostrando liderança e o seu adjunto para muitos desconhecido Miguel Cardoso conhecedor profundo das metodologias de treino.

1 comentário:

Invictus disse...

Grande jogo, com mau inicio por parte da nossa equipa, com todo o merito para o Braga, que depois soubemos/conseguimos corrigir e fazer uma grande exibição. jogo espectacular com 5 excelentes golaços.
http://oimensovoododragao.blogspot.com