Poucos terão reparado na festa de Rúben Micael, porque era difícil descolar os olhos de Hulk depois daquele chapéu a Gottardi. Mas Rúben tinha acabando de servir o golo de bandeja, engordando a conta pessoal das assistências: já vai em cinco, número apenas suplantado por Hulk, que tem seis, e igualado por Álvaro Pereira. A diferença é que os outros dois são titulares - aliás, titularíssimos. Com 450 minutos de rodagem nas pernas, o madeirense foi opção de Villas-Boas em dez dos 15 jogos oficiais, mas tendo garantido a titularidade em apenas quatro. Neste contexto, a conclusão é simples: Rúben Micael é o suplente que mais rende no FC Porto, porque, além das tais cinco assistências, tem também um golo marcado. Ultrapassado por Belluschi na corrida por um lugar no meio-campo que lhe parecia destinado, e depois por Souza como primeira opção escolhida para saltar do banco, Rúben tem aproveitado esses pequenos passos, medidos em assistências, para ganhar pontos. Com este último jogo - e em minutos, pelo menos -, Souza já ficou para trás: o brasileiro soma 446. Belluschi, com um arranque de época notável, teve de contentar-se com o banco. Ainda que tenha crédito acumulado para gerir, ficou com a prova de que o mínimo deslize pode custar-lhe a titularidade. Essa tem sido, de resto, uma batalha ganha por Villas-Boas. O sonho de qualquer treinador é ter dois concorrentes a sério para cada lugar; o treinador portista não tem duas alternativas a sério por posição, mas, pelo menos, vai dando sinais de confiança alargada a um círculo que não se esgota nos opções habituais. Hugo Sousa n'OJOGO
PS - FC Porto-Leiria - Um losango para desenjoar
A entrada de Walter para os últimos 12 minutos levou Villas-Boas a desviar James da esquerda, para onde tinha seguido quando substituiu Varela, e a desenhar um losango no meio: Fernando a trinco, Souza à direita, Rúben à esquerda e James como vértice de ataque, nas costas de Walter e Falcao. Consequência ou não, a verdade é que, apesar do tempo limitado para perceber os recursos desta opção, os laterais ganharam ainda mais asas do que é costume e Fucile ficou perto de marcar o sexto golo.
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