Apesar de estar em prisão preventiva, Rui Pinto voltou a falar sobre o Football Leaks e sobre os interesses que movem o futebol, dando o Benfica como exemplo.
«Veja o maior clube português, o Benfica. É como um polvo, cujos braços atingem toda a elite do país. O clube está tão intimamente ligado à polícia, às agências policiais e à política. Recebem regularmente bilhetes VIP para os jogos do Benfica. Seria um enorme conflito de interesses se eles tivessem que examinar seriamente o clube», referiu o pirata informático, em declarações à Der Spiegel.
O hacker explicou ainda que nada mudou com as revelações que feitas pela plataforma do Football Leaks, considerando o futebol «intocável».
«No ano passado, o Spiegel e a EIC revelaram como os grandes clubes da Europa planeavam uma Super Liga. Após a publicação, os clubes negaram. Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, fundou uma nova associação internacional de clubes, apontando para a implementação da Super Liga. Tem sido a mesma m**** há anos. Apenas continua. Enquanto a equipa favorita vencer, as pessoas não se importam com mais nada, mesmo que saibam sobre irregularidades e crimes. Não posso fazer nada contra isso. O futebol é intocável. E as autoridades protegem a indústria porque é de tão grande interesse público», disse.
Rui Pinto, acusado de 147 crimes, insurgiu-se contra o facto de continuar em prisão preventiva. «Isto é completamente infundado e injusto. Pedi permissão ao juiz para aguardar o julgamento em casa. Mas o Ministério Público disse que eu poderia impedir a investigação. Dizendo até que há o risco de eu poder realizar atividades ilegais com o apoio de potências estrangeiras. É totalmente ridículo», frisou.
O pirata informático fica a saber se vai a julgamento a 13 de janeiro.
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