De casa
Já é uma notícia habitual por esta altura do ano, mas nem por isso deixa de
merecer todo o destaque: o FC Porto qualificou-se para os oitavos de final da Liga dos
Campeões e é oficialmente uma das 16 melhores equipas da Europa. Conseguiu-o quando
ainda está por disputar uma jornada da fase de grupos, graças a um empate a zero frente ao Manchester City no Estádio do
Dragão.
No final, Sérgio Conceição assumiu que “queria a vitória”, mas reconheceu que
também ficou “satisfeito com o empate” – no fundo, um ponto frente ao plantel
mais caro do mundo era tudo o que o FC Porto precisava para alcançar um dos
objetivos da época. O treinador elogiou a “organização” e o “mérito” da equipa e ainda comentou a má disposição de Pep
Guardiola após o encontro: “Eu também ficaria chateado se não conseguisse
ganhar com a equipa que ele tem e com o orçamento que ele tem”.
Na verdade, o técnico e os jogadores do Manchester City – que também tiveram
dificuldades em lidar com o resultado – até deviam dar graças pela sorte que
voltaram a ter com a arbitragem. Depois dos escândalos do jogo de Inglaterra,
desta vez ficou por assinalar um penálti por falta mais do que evidente de Ederson sobre Otávio, além de
ter sido poupada a expulsão a Fernandinho, que do alto dos seus 35 anos é um exemplo claro de que o dinheiro no futebol conta muito, mas
não compra classe ou noção.
Uma das figuras em destaque pela positiva foi Marchesín, que protagonizou um
conjunto de boas defesas e nem por isso deixou de salientar que ficou “contente pela equipa”, por ter sido alcançado “o mais
importante” perante “uma potência futebolística”. Diogo Leite, Uribe e
Evanilson também sublinharam o êxito da qualificação para os oitavos e
garantiram que o grupo não quer ficar por aqui. Agora vão “trabalhar em busca
de mais objetivos na Liga dos Campeões”, afirmou o avançado brasileiro.
O sucesso do FC Porto na competição de futebol mais difícil do mundo está longe
de ser novidade, mas não pode ser diminuído ou banalizado. Há um dado que é
como o algodão e que até foi destacado por Sérgio Conceição, normalmente avesso
a estatísticas. Ontem foi garantida a 16.ª qualificação azul e branca em 24
participações na fase de grupos, um registo que suplanta o dobro do conjunto dos
apuramentos de outras equipas portuguesas: o Benfica alcançou-o cinco vezes, o
Boavista uma, o Sporting outra.
Se olharmos apenas ao passado mais recente, esta é a terceira qualificação do
FC Porto em três participações na prova com Sérgio Conceição como treinador. É
a quarta nas últimas quatro presenças na Champions, a quinta nas últimas seis.
Estes números não têm paralelo no futebol português e colocam o FC Porto num
patamar muito acima dos outros. Uma coisa é participar nas competições
europeias, outra coisa é ser um clube europeu. Em Portugal só há um.
Se dúvidas houvesse, o desdém com que uma parte importante da imprensa de
Lisboa trata o FC Porto é por si só um testemunho do nosso sucesso, sempre tão
incomodativo. Apesar de o jogo de ontem ter ficado empatado, um canal de
televisão conseguiu arranjar maneira de dizer que os campeões nacionais foram
“goleados”. E horas antes do encontro uma outra estação decidiu lançar um passatempo (ou uma provocação?) para oferta
de uma camisola de um adversário nosso que é conhecido internacionalmente por
ter sido condenado por racismo. À noite, lá tiveram de ser confrontados com a
realidade que não lhes agrada. Não foram só Pep Guardiola e Fernandinho que
ficaram indispostos…
Incondicional adepto do FC Porto FC Porto o melhor Clube português *Dragão!You are the best!*
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
A indisposição de certa imprensa lisboeta
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário