Questionado sobre a possibilidade de, já esta época, igualar Artur Jorge como o técnico mais titulado da história do clube da Invicta, Sérgio Conceição começa por ressalvar: “Tenho um respeito muito grande por todos os treinadores que passaram pelo FC Porto”. “Mas o meu objetivo é ganhar o máximo de títulos que puder, porque as vitórias só fazem sentido se derem títulos”, assegura.
“Acredito que vou ganhar mais vezes, mais jogos, é nisso que me foco, é para ganhar e depois no final, quando fizermos um resumo daquilo que foi a minha passagem pelo FC Porto, que toda a gente esteja feliz no clube”, explica o mister, antes de salientar que “estar lá em cima é importante, mas sermos capazes de nos mantermos lá é ainda mais importante”.
Ciente da responsabilidade que representar “um emblema histórico” acarreta, Sérgio Conceição considera que “essa exigência, esse rigor, essa forma de estar e de trabalhar faz com que esses jogadores cheguem ao FC Porto e sintam que estão num clube diferente”. Contudo, o nosso treinador lamenta o tratamento dado pelo resto do país às vitórias portistas: “Estamos habituados a que os nossos êxitos não tenham a dimensão de outros”. “Notei que à conquista da dobradinha, se calhar, não se deu a importância devida”, exemplifica.
Pepe, Sérgio Oliveira e Otávio foram três dos artífices do triplete sobre os quais Sérgio Conceição se pronunciou. Depois de definir o capitão como um homem “super corajoso e destemido” com “uma forma de estar fantástica”, o treinador dos Dragões confidencia ter levado os dois médios “quase ao desespero para tirar o melhor deles”. Sérgio Oliveira, acrescenta Conceição, “é um profissional de corpo inteiro” que “percebe que fazer dez jogos não conta, já passaram, os próximos dez é que são importantes”, e isso enche o mister de “orgulho”.
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