sábado, 16 de janeiro de 2010

FC Porto 1 Paços Ferreira 1

16ª jornada da Liga Sagres

Bem prega Pinto da Costa, ao tentar oferecer o campeonato ao saudoso Pedroto.
Porém a jogar assim não acredito que o FC Porto consiga ser campeão de futebol esta época. É um facto que o fiscal de linha anulou um golo limpo a Falcao e fartou-se de assinalar foras de jogo mal assinalados à equipa Azul e Branca, mas por outro lado, a equipa também tem muita dificuldade em superiorizar-se aos adversários.
Na minha opinião a equipa está mal preparada fisicamente, porque não consegue ser mais rápida e possante que os adversários. Falta capacidade de choque no meio-campo e depois como defende mal, porque concede muitos espaços, deixa os adversários jogarem à vontade, para fazerem circulação de bola eficaz. É por isso que quando o Fernando não joga se sente tanto a sua (dele) falta. Com avançados pouco vocacionados (mentalizados) para ajudar na defesa, e que além disso não conseguem fazer a diferença no ataque, pressinto que deste modo não atingimos o objectivo que é sermos campeões. Actualmente, cada vez mais as equipas portuguesas de segundo plano praticam um futebol físico, e, portanto a equipa dos Dragões além de técnica tem de ter personalidade para exibir atitude e lutar pela posse da bola. O tempo em que os futebolistas tipo "brinca na areia" sobressaíam já lá vai. Hoje além de jogar futebol os jogadores têm de vestir o fato macaco, arregaçar as mangas e aí vai disto.

O FC Porto voltou hoje a empatar e a perder pontos em casa e teve mesmo perto de conhecer a derrota, não fosse o golo de Falcao, aos 86 minutos, depois de Maykon ter marcado para o Paços de Ferreira, aos 83.

Com um golo mal anulado a Falcao, aos 23 minutos, o FC Porto iniciou da pior forma a segunda volta da prova e, embora totalmente dominador, foi incapaz de superar o Paços de Ferreira (já tinha empatado, fora, no primeiro jogo da temporada), que apenas teve uma ocasião de golo. Eficácia a 100 por cento.

Depois do golo do empate, a equipa “azul-e-branca” criou várias oportunidades, teve a jogar com mais um por expulsão de Ozeia, após segundo amarelo mal mostrado, mas não teve capacidade, sorte ou eficácia suficientes para chegar aos 35 pontos e assim ficar a apenas um de Sporting de Braga e Benfica que, domingo, cumprem a ronda.

Ainda sem Hulk e Sapunaru, vitimas de um processo disciplinar por parte da Liga na sequência dos incidentes no Estádio da Luz, e também sem Fernando, lesionado, o treinador do FC Porto apostou em Helton, na baliza e uma linha defensiva com Fucile, Rolando, Bruno Alves e Álvaro Pereira.

Tomás Costa, pela quarta vez titular, assumiu o lugar habitualmente ocupado por Fernando, ficando também Raul Meireles e Belluschi no meio-campo, no apoio aos avançados Varela, Cristian Rodriguez e Falcao.

Do lado do Paços de Ferreira, Cássio manteve o lugar na baliza, Baiano, Ricardo, Ozeia e Danielson surgiram no desenho defensivo, enquanto Filipe Anunciação, Leonel Olímpio e Pedrinha apareceram atrás dos avançados Manuel José, Maykon e William.

Bastante aguerrido e a tentar rapidamente inaugurar o marcador no Dragão, o FC Porto surgiu destemido na abertura da segunda volta do campeonato, mas apenas aos 19 minutos esteve perto do golo pela primeira vez, num remate forte de Tomas Costa, ligeiramente ao lado.

Aos 23 minutos, a equipa liderada por Jesualdo Ferreira introduziu a bola na baliza, por intermédio de Falcao e na sequência de um passe a “rasgar” de Meireles, mas a equipa de arbitragem anulou - mal - aquele que deveria ser o golo inaugural do jogo.

Incapaz de segurar o jogo portista e muito menos de sair para o contra-ataque, o Paços de Ferreira arriscava cada vez mais sofrer um golo e, aos 31 minutos, Falcao falhou escandalosamente de cabeça, após centro perfeito de Varela, da esquerda.

No início do segundo tempo, Pedrinha ia, com um alívio defeituoso, marcando na sua baliza, mas, embora se mantivesse dominador, o FC Porto não conseguia o desiderato final, o golo.

Jesualdo Ferreira apostou então na entrada de Farias (saída de Tomas Costa), aos 60 minutos, e perdeu alguma organização no meio-campo, apesar de ter ganho maior poder de fogo na frente.

O Paços de Ferreira, que respondeu com Pizzi (estreia na Liga) para o lugar de Manuel José, tornou-se mais destemido na procura do golo, mas foi o FC Porto de novo a estar perto de marcar, aos 69 minutos, com Falcao a atirar ao lado, em excelente posição e após assistência de Farias.

Já com Mariano Gonzalez e Guarin em campo, o Paços de Ferreira finalmente chegou à baliza portista e logo com eficácia: Pizzi surgiu isolado e descaído na direita e serviu no interior da área Maykon, que, sozinho, apenas teve de empurrar para golo.

Aos 86 minutos, contudo, Falcao empatou com um grande cabeceamento, após cruzamento da esquerda de Varela.

Já no minuto 90, Bruno Alves obrigou Cássio a uma excelente defesa.

O guarda-redes do Paços de Ferreira, aliás, foi determinante na parte final do encontro, com várias defesas importantes para a manutenção do empate.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

0-1, Maykon, 83 minutos.

1-1, Falcao, 86.

Equipas:

- FC Porto: Helton, Fucile (Guarin, 75), Rolando, Bruno Alves, Álvaro Pereira, Tomás Costa (Ernesto Farias, 60), Raul Meireles, Belluschi (Mariano Gonzalez, 79), Varela, Cristian Rodriguez e Falcao.

(Suplentes: Beto, Nuno André Coelho, Miguel Lopes, Guarin, Valeri, Mariano Gonzalez e Ernesto Farias).

- Paços de Ferreira: Cássio, Baiano, Ricardo, Ozeia, Danielson, Filipe Anunciação, Leonel Olímpio, Pedrinha, Manuel José (Pizzi, 66), Maykon (Jason, 96) e William (Fábio Pacheco, 92).

(Suplentes: Coelho, Jason, Kelly, Fábio Pacheco, Pizzi, Carlitos e José Coelho).

Árbitro: Rui Costa (Porto).

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Danielson (12), Pedrinha (58), Ozeia (59 e 89) Raul Meireles (78), Cássio (94), Bruno Alves (95) e Guarin (95). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Ozeia (89).

Assistência: 26.709 espectadores.


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