domingo, 31 de janeiro de 2010

Nacional da Madeira 0 FC Porto 4




30/01/2010
A minha apreciação do Jogo

Mais um obstáculo ultrapassado, o objectivo foi atingido, senão com brilhantismo, pelo menos com eficácia.
A equipa Azul e Branca lutou pelo resultado o suficiente para levar de vencida esta equipa do Nacional. Acontece que o Dragão marcou quatro golos o que poderá levar-nos a pensar que fizemos um jogo excepcional, o que não foi o caso. Noto nesta equipa do FC Porto ainda uma certa falta de entrosamento, de jogadas de laboratório ao primeiro toque. Falta-lhe também empenhamento dos avançados (especialização) nas tarefas defensivas, a atitude (predisposição para) de fazer pressão sobre os defesas contrários de modo a não deixar a equipa adversária sair a jogar. Além disso os médios ou extremos (elementos que jogam nas faixas laterais) ajudam pouco a fechar, precisam de ser mais solidários com os colegas defesas laterais. Nos Dragões além dos quatro defesas, verdadeiramente, só Fernando defende com eficácia. E não pode ser! A equipa tem de funcionar como um bloco, quando não detém a posse da bola têm de recuar todos até conquistá-la. Além disso, na equipa dos Dragões a circulação de bola é ainda muito imperfeita.

Vi o jogo do Braga frente ao Sporting e constatei que a equipa do Arsenal do Minho, não concede espaços aos adversários, faz pressão alta quando não tem a posse da bola.
Actuam em bloco e quando se trata de defender recuam todos até ao seu meio-campo, e fecham muito bem os caminhos para a sua (deles) baliza, tanto pelas faixas laterais como pelo meio do relvado. Depois são capazes de jogar ao primeiro toque com grande precisão e eficácia! A circulação de bola é quase perfeita! Jogam realmente muito bem, praticando bom futebol. E raramente precisam de recorrer às faltas in extremis.
Resultado, marcaram um golo e não deram quaisquer chances ao Sporting de empatar o jogo. A segurança defensiva da equipa do Braga é quase sempre 100% eficaz.

Comparação: enquanto o Jesualdo Ferreira confessa que no Plantel do FC Porto ninguém gosta de defender e por conseguinte também ele Jesualdo sente-se pouco à vontade para exigir, pelos vistos, no Braga o Domingos Paciência não teve problemas em mentalizar o seu pessoal, avançados incluídos, para ajudarem na defesa sempre que necessário.

Destaques
Quanto aos novos: gostei do Maicon que me pareceu jogar no campo do Nacional com grande à vontade, e, evidentemente do Rubem Micael que é um sr. jogador. Relativamente ao resto da equipa também gostei de ver actuar: o Álvaro Pereira, o Fernando, o Varela e o Falcao (este um portento de técnica)
Liga Sagres
O primeiro golo, surgiria de grande penalidade, a castigar falta de Alex Bruno sobre Alvaro Pereira, que esteve sempre muito interventivo no flanco esquerdo. Varela converteu o penálti com categoria e colocou o FC Porto em vantagem.
O médio que o FC Porto contratou ao Nacional, em mais uma iniciativa atacante ao minuto 44, e, depois de concentrar em si todas as atenções, abriu para Alvaro Pereira que cruzou com precisão para a cabeça de Falcao.
Com 2 a 0 ao intervalo a partida ficou praticamente resolvida , mas nem por isso a equipa Azul e Branca deixou de tentar elevar o marcador. Varela e Belluschi abriram a segunda parte com iniciativas importantes, antecipando o terceiro golo, de novo com a colaboração do Alvaro Pereira que colocou a bola ao jeito do Falcao que aproveitou para finalizar com um oportunismo assinalável.
Com o passar dos minutos, a toada, manteve-se , com o FC Porto a continuar a tentar criar lances de perigo junto da área do Nacional, em rápidas acelerações. Numa dessas jogadas, Ruben Micael, que também esteve perto de festejar, isolou Varela e este, com toda a calma do Mundo, contornou um defesa, sentou Bracalli e bisou no jogo.
FICHA DO JOGO
Liga 2009/10 (17ª jornada, 30 de Janeiro de 2010)

Estádio da Madeira, na Choupana
Árbitro: Carlos Xistra (Portalege)
Assistentes: Celso Pereira e Jorge Cruz
4º árbitro: Hugo Pacheco

NACIONAL: Bracalli; Patacas «cap.», Alex Bruno, Filipe Lopes e Nuno Pinto; Cléber, Luís Alberto, Leandro Salino e Pecnik; João Aurélio e Edgar Silva
Substituições: Pecnik por Edgar Costa (41m), Edgar Silva por Diego Barcelos (50m) e João Aurélio por Anselmo (55m)
Não utilizados: Douglas, Tomasevic, Pedro Pacheco e Juliano
Treinador: Manuel Machado

FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Maicon e Alvaro Pereira; Fernando, Belluschi e Ruben Micael; Varela, Falcao e Rodríguez
Substituições: Rodríguez por Mariano Gonzalez (19m), Fernando por Tomás Costa (71m) e Falcao por Orlando Sá (77m)
Não utilizados: Nuno, Nuno André Coelho, Miguel Lopes e Guarín
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Varela (30 g.p. e 85m) e Falcao (44 e 61m)
Disciplina: Cartão amarelo a Alex Bruno (9 e 28m), Nuno Pinto (51m), Mariano González (54m), Fernando (69m), Luís Alberto (76m) e Patacas (78m)

Jesualdo Ferreira: «Creio que foi um jogo que tornámos mais fácil pela atitude com que jogámos, pela intensidade e pela pressão. Com 2-0 ao intervalo, o jogo foi menos intenso, mas o FC Porto fez mais dois golos e venceu com inteira justiça. Demos uma ideia clara do que somos agora, mas perdemos mais um jogador, o Rodríguez. Mas vamos ultrapassar os problemas como sempre fizemos e vamos continuar a ganhar jogos. Queria saudar o Manuel Machado. Fico muito contente por vê-lo com saúde e no seu posto. O Rúben Micael fez um bom jogo, parece que já está há muito tempo no FC Porto, aprendeu rapidamente os nossos princípios de jogo e espero que continue a fazer ainda melhores jogos. Da maneira como trabalha e se empenha, espero que seja um jogador muito importante no FC Porto.»

Rúben Micael: «É sempre bom regressar a casa! Nos primeiros 15/20 minutos o Nacional esteve muito bem, mas tudo ficou mais fácil para nós com o primeiro golo. Sozinho não faria nada, só com a ajuda dos meus companheiros é que me posso integrar no FC Porto. Tento assimilar o que o treinador me pede e tento ajudar os meus colegas. O objectivo de todos os jogadores do FC Porto é serem titulares.»

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Não é um jogo que muda tudo, mas os sinais foram bons. Recordo que já tinhamos dado sinais parecidos, quando do 1-4 em Guimarães e 0-3 em Madrid e depois foi o que se sabe. Portanto, nada de embandeirar em arco, mas espero, esperamos todos, que este jogo seja o ponto de partida para uma 2ª volta à altura dos pergaminhos do F.C.Porto, que não pode ganhar sempre, mas tem de lutar sempre pela vitória e discutir, sempre, o título até ao limite. Não está no nosso ADN baixar os braços antes do tempo. Serve para todos: dirigentes, técnicos, jogadores e adeptos.

Um abraço