quinta-feira, 7 de outubro de 2010

André Villas-Boas é um treinador incomum

Não iria ao ponto de lhe chamar especial por motivos óbvios, mas é incomum. É incomum chegar tão jovem a um clube da dimensão do FC Porto e é incomum chegar à 7ª jornada do campeonato isolado na frente com sete pontos de vantagem sobre os segundos, seis vitórias e um empate no registo e apenas três golos sofridos. Para consegui-lo é preciso cometer muito poucos erros e isso também é incomum. Aliás, no futebol português, o normal é cometer erros. Toda a gente os comete. Os jogadores e os árbitros, claro, mas também os treinadores e os dirigentes e até os jornalistas, todos cometemos erros. É banal. Incomum é reconhecer que se errou. Nem os jogadores nem os árbitros, nem os treinadores nem dirigentes e nem os jornalistas têm o hábito de dar o braço a torcer. Faz sentido. Dar o braço a torcer pode ser desagradável e doloroso, mas também é essa capacidade de sofrimento que separa quem é banal de quem é incomumPor Jorge Maia n'OJOGO - Eu acrescento: André Villas-Boas foi expulso por protestos justíssimos, mesmo descontando o tal lance que ele próprio admitiu ter-se enganado ao supor ser passível de ser marcada grande penalidade a favor do FC Porto. E justíssimos porquê? É que a equipa de arbitragem de Carlos Xistra fartou-se deliberadamente de errar contra a equipa do FC Porto (deliberadamente porque  tendo em conta experiências passadas, é evidente que tem preconceitos contra o clube) em dois foras de jogo mal assinalados aos Azuis e Brancos, alem de ter permitido sem aplicar qualquer sanção disciplinar, entradas violentas por parte dos jogadores vitorianos, os quais, a ser extremamente rigoroso como foi no caso do Fucile, o Vitória de Guimarães teria ficado reduzido a 9 elementos pelo menos, antes de acabar o jogo. Digno de registo: a cara sorridente (expressão de gozo) dum dos seus fiscais de linha sempre que um jogador Azul e Branco era nitidamente agredido por um jogador do Vitória de Guimarães! Por outro lado e em contra partida, porque é que por exemplo, Jorge Jesus pode protestar à vontade durante os jogos do Benfica, e até por vezes vociferar e não há um árbitro em Portugal com "tomates" para o advertir sequer, quanto mais expulsar o treinador dos encarnados...! Eu sei, é que no caso do treinador do Benfica os canais de televisão: RTP, SIC e TVI com o jornal A Bola à cabeça são deliberadamente vesgos, só vêm o que lhes apetece. Quero significar, têm olhos de lince para tudo que possa prejudicar o FC Porto e são, volto a afirmar, deliberadamente cegos, escamoteando, falsificando, instrumentalizando o que possa ser a favor dos Dragões. É esta dualidade de critérios e de procedimentos que é censurável e que os impede de serem isentos, imparciais e lhes retira aos olhos do público neutral, um mínimo de moral cívica para terem direito a criticar seja quem for com objectividade, seriedade e honestidade intelectual. - 

PS - ...Nada que possa afectar o ego de Villas-Boas. Afinal, se o "Wall Street Journal" o apelidava de "rapaz genial", a "Gazzetta" também carrega nos adjectivos e, no meio de um resumo de carreira para o apresentar melhor aos adeptos italianos, chama-o de "rapaz prodígio", lembrando que já no Inter tinha a fama de "especialista táctico".


1 comentário:

Dragaoatento disse...

Ridículo e caricato é o bronco do semi-analfabeto que produziu estas afirmações (LFV/SLB). Quem lhe dera a ele ter uma terça parte: da categoria, da cultura ,da seriedade, da honestidade intelectual e do nível daquele a quem ele dedicou estes epítetos!