sexta-feira, 8 de março de 2013

Um Porto qb acabou com as veleidades do Estoril

08 de Março de 2013 - Resultado final: FC Porto 2 Estoril 0
Este Estoril é uma equipa que sabe jogar a bola mas também muito experiente e matreira. Pratica um futebol de boa qualidade no ataque, mas na altura de defender a sua filosofia é: passa a bola, mas não passa o homem. Não se inibem de pisar deliberadamente os adversários, que o diga o James vítima duma entrada maldosa, por trás, que o ia mandando para o estaleiro, pois o seu adversário pisou nitidamente o tornozelo do colombiano, sem que Nuno Almeida visse necessidade de advertir o infractor! E não é preciso ser árbitro para saber o que a UEFA determina para lances deste tipo. Eis aqui, possivelmente, neste tipo de actuação e beneficiando de critérios tão permissivos dos árbitros, a justificação para a fulgurante carreira até agora da equipa canarinha, que espetou com 3 bolas ao Sporting (3-1). Pois se os árbitros fecham os olhos ao seu jogo subterrâneo, não admira que consigam bons resultados. E não é que joguem mal no ataque, mas porque também distribuem lenha que se farta pelos contrários! Neste momento estou a lembrar-me dum encosto por trás, na área do Estoril, em que o jogador do Estoril acerta na omoplata do Castro, e que o Nuno Almeida deve ter considerado carga de ombro legal! Houve mais entradas do género inclusivamente uma entrada a varrer (a pés juntos) do Carlitos sobre o Alex Sandro, que também ficou sem a respectiva sanção disciplinar! Estes, só alguns exemplos do estilo de jogo que os futebolistas canarinhos praticam.
Relato do jogo: Em 13 minutos a equipa portista resolveu o assunto: marcaram Maicon e Jackson! 
Os Dragões começaram a marcar logo ao quarto minuto, é certo, mas poderiam tê-lo feito dois minutos antes. Antes de Maicon estabelecer o 1-0, com um cabeceamento perfeito, combinando força e colocação, Otamendi, o outro central, antecipou-se-lhe, sem, no entanto, acertar na bola, depois dum passe que lhe chegou da esquerda.
O primeiro golo não mudou rigorosamente nada na estrutura e na estratégia do Estoril, mas o segundo acabaria por fazê-lo. E aos 13 minutos, Jackson Martínez, de penálti e com Vagner para um lado e a bola para o outro, fez 2-0. Sereno, apontou o seu 23.º golo em 22 jornadas.
A seguir, o jogo do Estoril apenas conseguiu criar algum perigo relativo, percebendo-se estar mais perto de sofrer o 3-0 do que propriamente reduzir a diferença.
O resto foi quase sempre o FC Porto ao ataque, gerindo a vantagem e a preparação do próximo compromisso europeu, tendo subtraído preventivamente, Lucho e James ao jogo com mais de meia-hora para jogar, e o Estoril a evitar males maiores com intervenções de último recurso.
FICHA DE JOGO
Liga, 22.ª jornada - Estádio do Dragão, no Porto - Assistência: 24.604 espectadores
Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Assistentes: Pais António e Paulo Ramos
Quarto Árbitro: Nuno Pereira
FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho González (cap.) e Defour; James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Lucho González por Castro (56m) e James por Varela (56m) e Defour por Izmaylov (72m)

Não utilizados: Fabiano, Quiño, Liedson e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

ESTORIL: Vagner; Mano, Yohan Tavares, Steven Vitória (cap.) e Jefferson; Gonçalo Santos e Diogo Amado; Carlitos, Evandro e Carlos Eduardo; Licá
Substituições: Diogo Amado por Luís Leal (57m), Carlitos por Gerso (75m) e Gonçalo Santos por Tony Taylor (75m)
Não utilizados: Mário Matos, Anderson Luís, João Pedro e João Coimbra
Treinador: Marco Silva
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Maicon (4m) e Jackson Martínez (13m, pen.)
Cartão amarelo: Luís Leal (90m+1)

2 comentários:

Dragus Invictus disse...

Boa noite,

Por vezes em 15 minutos consegue-se aquilo que em 90, amiúde, é muito complicado.

Uma entrada forte no jogo, com velocidade de circulação de bola e pressão alta, permitiu-nos resolver cedo uma partida que se avizinhava complicada.

A partir do dois a zero, pesou no subconsciente dos jogadores a partida da Champions na La Rosaleda, e o jogo tornou-se maçudo, entediante, com um Porto a gerir as operações, e um Estoril sem capacidade para importunar a baliza à guarda de Helton.

O pouco público do Dragão queria um jogo na mesma toada do primeiro quarto de hora, mas tal não sucedeu, e os assobiadores saudaram a equipa aqui e ali.

O FC Porto nem uma dezena de remates efectuou, e esteve longe de ser um rolo compressor de futebol atacante.

Até final, foi o tic-tac do relógio e do nosso bem conhecido jogo, em contagem decrescente para a última apitadela do árbitro.


Agora venha daí a Champions, e que na La Rosaleda consigamos a qualificação para os quartos de final.

Abraço e bom fim de semana

Paulo

pronunciadodragao.blogspot.pt

Dragaoatento disse...

Paulo!

Boa análise.
Depois o Nuno Almeida permitiu o jogo subterrâneo do Estoril e os Dragão talvez a prevenirem alguma lesão resguardaram-se.

Abraço e bom fim de semana

AMonteiro