domingo, 3 de janeiro de 2010

Taça de Portugal - Oliveirense 0 FC Porto 2

02/01/2010
DESTAQUES
Para começar, não gostei do futebol praticado pela equipa Azul e Branca. Contra uma equipa (Oliveirense) acessível a equipa Azul e Branca pôs em prática um futebol pobre, desgarrado, com muitos passes transviados e em alguns elementos da equipa até me pareceu existir carência de técnica individual, ou seja inépcia, atendendo à precipitação com que se libertaram da bola. Depois foi saliente, pelo menos neste jogo, que a equipa dos Dragões não faz pressão alta (não joga em antecipação) sobre os adversários, quero com isto dizer que deixa (permite) que o adversário jogue, domine a bola, quase à vontade. Isto com a Oliveirense, porque quando defrontar equipas melhor apetrechadas de jogadores, por exemplo com o Arsenal para a Liga dos Campeões, então a jogar assim não sei não...! Constato que a capacidade de desarme dos adversários da equipa do FC Porto é muito limitada! Alguns elementos mostram nitidamente que não conhecem as técnicas de desarmar os adversários, ou então, é uma questão de falta de velocidade de execução para o efeito.
Há outro aspecto que também quero salientar. É o facto da equipa por vezes dar a sensação que não tem fio de jogo, onde cada um faz o que quer e não o que o Técnico manda.
É que a imagem do Profe Jesualdo que transpira cá para fora, não obstante toda a sua ciência, é que é um Leader demasiado macio.
Pessoalmente sou apologista de comandantes que mercê do seu prestígio e força de carácter, comandem com pulso forte, que se façam obedecer sem reservas, incondicionalmente.

Apreciação individual
Afinal o reforço de inverno, sugerido por Pinto da Costa, o Orlando Sá, provou apesar de toda a sua boa vontade, não ser a solução que a equipa precisa, pois não consegue fazer a diferença e aqui e ali até pareceu um pouco tosco. Vai ter de evoluir muito se quiser um dia jogar na equipa principal. Para já não tem o meu voto favorável.
Quanto ao Yero apesar da sua inexperiência, pareceu-me um elemento que vai dar que falar a breve prazo.

FICHA DO JOGO - Taça de Portugal - Quarta eliminatória

O FC Porto triunfou este sábado frente à Oliveirense, por 2-0, em jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal, seguindo assim em frente na competição de que é o actual detentor. Os Dragões realizaram uma exibição segura, face a um adversário que, apesar de militar na Liga de Honra, deu tudo para bater o pé ao campeão. Fica na retina o futebol competente dos Dragões e os bons golos de Raul Meireles (43m) e Rolando (65m).

Estádio Municipal de Águeda

Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco).
Assistentes: Luís Tavares e Jorge Cruz.
Quarto árbitro: Ângelo Correia.

OLIVEIRENSE: Marco Gonçalves; Pedro Queirós, Laranjeira, Banjai e Chico Silva; Godinho, Magano, Bafode e Robson; João Pedro e Cícero.
Substituições: Bafode por Pascal (34m), Robson por Moreira (70m) e Cícero por Jorge Humberto (75m).
Não utilizados: Tó Ferreira, Vitor, Ronaldo e Jorginho.
Treinador: Pedro Miguel.

FC PORTO: Beto; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Varela, Orlando Sá e Rodríguez.
Substituições: Raul Meireles por Tomás Costa (74m), Varela por Mariano (77m) e Orlando Sá por Yero (83m).
Não utilizados: Nuno, Miguel Lopes, Abdoulaye e Guarín.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Raul Meireles (43m) e Rolando (65m).
Disciplina: cartão amarelo para Laranjeira (5m), Fernando (33m) e Raul Meireles (69m); cartão vermelho directo para Laranjeira (74m).

Confirmação da minha análise ( opinião dos adversários)

Pedro Miguel

"Os jogadores chegaram a acreditar"

Depois vieram o penálti e a expulsão do nosso jogador, e as coisas tornaram-se quase impossíveis", desabafou, declarando-se "contente" com a atitude e o jogo vistoso da sua equipa. "Os jogadores bateram-se bem", sentenciou.

Dragaoatento: concordo em absoluto com esta análise.

A próxima eliminatória da Taça de Portugal
Se o tempo ajudar, não se falará em condições do relvado, quando o FC Porto visitar o Estádio do Restelo, em jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal. O duelo com o Belenenses está por enquanto marcado para 19 de Janeiro, mês que envolve outros sete jogos.

3 comentários:

Dragaoatento disse...

Comentário colocado por mim no Indiscutível:

O professor Jesualdo é um optimista.
É verdade que a equipa comandada por ele cumpriu a sua obrigação de ganhar o jogo, porém isto não quer dizer que tenha jogado de acordo com os seus pergaminhos. Contra um adversário acessível, praticou um futebol pobre, muitos passes transviados, sem fio de jogo, salvaram-se os lances dos golos.
Quanto ao Orlando Sá vai ter de trabalhar muito, de evoluir muito, se quiser um dia disputar jogos importantes pela equipa dos Dragões.

Dragaoatento disse...

Vila Pouca se não quiseres publicar eu compreendo...

"Como eu te compreendo Dragaopentacampeao!"

"Mais uma exibição miserável frente a um adversário frágil até dizer chega!
Nesta altura da época era suposto a equipa ter outra desenvoltura e apresentar um futebol prático, eficaz e até vistoso, face à qualidade dos atletas e ao orçamento envolvido."

Agora o meu:

O professor Jesualdo é um optimista.
É verdade que a equipa comandada por ele cumpriu a sua obrigação de ganhar o jogo, porém isto não quer dizer que tenha jogado de acordo com os seus pergaminhos. Contra um adversário acessível, praticou um futebol pobre, muitos passes transviados, sem fio de jogo, salvaram-se os lances dos golos.
Quanto ao Orlando Sá vai ter de trabalhar muito, de evoluir muito, se quiser um dia disputar jogos importantes pela equipa dos Dragões.

Um abraço

Dragaoatento disse...

Por estar completamente de acordo com este comentário aqui lhe dou relevo.

Dragaopentacampeao disse...
Mais uma exibição miserável frente a um adversário frágil até dizer chega!

Nesta altura da época era suposto a equipa ter outra desenvoltura e apresentar um futebol prático, eficaz e até vistoso, face à qualidade dos atletas e ao orçamento envolvido.

As condições do relvado do Municipal de Águeda ou as férias de Natal não podem servir de desculpas para a reincidência dos erros que continuam a perturbar o rendimento dos atletas, quaisquer que sejam os jogadores utilizados.

Desta vez não estiveram o Hulk ou o Guarín, habituais bodes expiatórios para justificarem as más exibições.

Começa a ser incomodativa a incapacidade de Jesualdo para por a equipa a praticar o futebol a que estamos habituados.

Temos de melhorar muito, mas mesmo muito para alimentarmos ambições.