segunda-feira, 12 de março de 2018

Dragões Diário - Da Casa

Numa coisa vagamente parecida com um jogo de futebol (só porque havia 22 jogadores em campo, árbitros, bola, balizas, etc.), o FC Porto perdeu ontem por 1-0 em Paços de Ferreira e, à 35.ª partida, viu quebrada a invencibilidade em competições nacionais que se registava desde o arranque da temporada. A liderança isolada da Liga, contudo, mantém-se: são agora dois os pontos de vantagem sobre o segundo classificado, que é o Benfica.

Constantes paragens, bolas que demoravam a aparecer, lesões simuladas, reposições lentíssimas. O (só por si escasso) tempo de compensação da segunda parte é um bom exemplo do que se passou em toda a partida: nos sete minutos que deveria ter tido, a bola só esteve em jogo durante dois minutos e 33 segundos. É por tudo isto que é difícil dizer com rigor que ontem foi disputado um jogo de futebol em Paços de Ferreira. Foi só construindo um cenário destes – associado a responsabilidades próprias que ninguém na equipa escamoteou – que, em Portugal, se conseguiu bater o FC Porto nesta temporada.

Enojado com o “espetáculo horrível” da Mata Real,
Sérgio Conceição
não escondeu o descontentamento com a prestação da equipa: “O meu desagrado é geral. Toda a dinâmica da equipa não foi a habitual, primeiro pelas condições climatéricas, e depois devido a alguma apatia no início do jogo. Além disso, o tempo útil de jogo foi muito pouco, o que é algo que prejudica uma equipa como a nossa”.

Como não podia deixar de ser, a postura do Paços de Ferreira e a complacência do árbitro perante ela foram objeto de fortes críticas do treinador azul e branco: “Houve demasiado antijogo e o árbitro permitiu paragens constantes. Não sei se isto era estratégia, ou não, do nosso adversário, mas não me lembro de estar presente num jogo assim. Sinceramente não entendo a paciência que Bruno Paixão teve para deixar andar um jogo que era constantemente parado”.

Não é esta derrota, de qualquer forma, que faz Sérgio Conceição baixar a guarda na luta pelo título: “Só dependemos de nós. Ainda podemos empatar um jogo e ganhar os outros sete. Vamos continuar a lutar contra tudo e contra todos e no fim fazemos as contas. Vamos chegar ao fim e com certeza vamos conseguir aquilo que toda a gente quer”.

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