sexta-feira, 13 de julho de 2012

Artigos diversos com interesse

Kléber e o curso à Miguel Relvas
Jackson Martinez é a melhor notícia que o brasileiro podia ter recebido. Atsu ajudou a explicar porquê
Quando chegou ao FC Porto para ser emboscado pela saída de Falcao, Kléber contava duas épocas no Marítimo e, para trás disso, mais nada que se assemelhasse com futebol profissional. Em nenhuma das temporadas passara dos 15 jogos a titular no campeonato, ou seja metade dos que a equipa fizera e bastante menos do que, por exemplo, Christian Atsu pôde acrescentar ao conta-quilómetros no Rio Ave (23), em 2011/12. Falando só de minutos, o colega ganês jogou mais mil do que ele, em qualquer das épocas. No futebol, como em tudo que tem de ser levado à prática, é complicado tirar cursos superiores à moda da Universidade Lusófona, quase sem aulas e certamente sem exames, para depois substituir o melhor ponta de lança do Mundo do dia para a noite. Se alguém tem de estar feliz com a chegada de Jackson Martinez é Kléber, porque significa que pode voltar à escola, ainda que na condição de trabalhador-estudante e muito beneficiado pelas duras lições de 2011/12. Como sempre, do jogo particular que o FC Porto fez ontem na Suíça é pouco ajuizado fazer análises, mas há uma que talvez escape: as diferenças de maturidade que se percebeu entre este Christian Atsu e o do defeso anterior e, principalmente, entre ele e os bem menos rodados Kelvin (menos 1000 minutos no Rio Ave) e Iturbe. A mesma ilação do caso Kléber: não dá para saltar etapas. 

Por José Manuel Ribeiro
Um convite à desobediência A menos que o recurso do Benfica para o CJ da FPF tenha provimento, vão multiplicar-se os artifícios para contornar a proibição dos empréstimos
Alguém disse em tempos que muitas vezes é preciso mudar algumas coisas para que tudo fique exatamente na mesma. Ora, no mesmo dia em que o Benfica entregou, na Federação Portuguesa de Futebol, o recurso contra a proibição de empréstimos entre clubes da mesma divisão para ser analisado pelo Conselho de Justiça, o guarda-redes Oblak integrou-se no estágio do Rio Ave em Ofir.Oblak, recorde-se, ainda pertence aos quadros do Benfica, mas deverá rescindir em breve com o clube da Luz para poder alinhar pelos vila-condenses, sendo praticamente certo que os encarnados manterão algum tipo de preferência sobre a sua recontratação futura. No fundo, uma forma mais ou menos criativa - e até previsível - de contornar uma lei absurda, que lesa o interesse dos clubes e, principalmente, dos jogadores sem conseguir, como é bom de ver, evitar que a sombra da suspeição se instale. De resto, trata-se duma solução que a curto prazo, e a menos que o recurso dos encarnados para o CJ tenha provimento, há de ser copiada por outros clubes. Albert Einstein disse uma vez que nada era mais lesivo para o respeito dos governantes do que a aprovação de leis que não podiam ser respeitadas nem cumpridas. Esta norma que proíbe os empréstimos entre clubes da mesma divisão pertence a esse grupo: não passa de um convite à desobediência. E há convites que não se recusam. Por Jorge Maia
Extracto do artigo de Jorge Coroado - Ter errado e ainda hoje, mesmo com a ajuda da TV, continuar a errar; não me considerar lorpa e quando me tratam como tal, ficar... (não, não é com azia) virado do avesso, sobretudo por lhes conhecer as manhas, perceber-lhes os propósitos, antecipar-lhes os objetivos; entender o futebol, expressão de habilidade, competência, arte de fazer maioritariamente com os pés o que muitos não fazem com as mãos, como um jogo e, como tal, sujeito aos sortilégios da sorte e do azar, por isso não enfileiro nos que atribuem justiça ou injustiça aos resultados. Portugal bateu-se de igual para igual com o campeão do mundo e da Europa, caiu nas grandes penalidades porque, na hora da verdade, alguém falhou, não teve a destreza necessária à consumação dos propósitos. Lendo as notícias posteriores, o turco Çakir sobrepôs-se às dúvidas suscitadas quanto à sua nomeação. Tê-lo-á feito? Aos 29', Nani isolou-se com perigo; estupidamente, o árbitro interrompeu para marcar falta a meio-campo. Aos 76', Nani efetuou um cruzamento/remate e, na sua frente, um espanhol colocou os braços na presunção de defender o dorso. O gesto foi bem mais que simples proteção! Outros pequenos nadas não permitem considerar brilhante o desempenho. Stéphane Lannoy, o francês que nos havia feito arrepelar os cabelos no Portugal-Alemanha, esteve no encontro da segunda meia-final. Desta feita sem reparos. Que critério presidiu à sua premiação? Entendo o futebol, mais que nunca, como um negócio de lazer, caro, que envolve imensos interesses financeiros. Platini, o rosto e a voz da segunda mais poderosa empresa do mundo, manifestou qual o interesse comercial imediato desse negócio. Teve azar, não se concretizou! Espanha e Itália medirão forças.Pedro Proença dirigirá a final no domingo. Será o primeiro português a ver concretizado tal desiderato. Do que se viu ao longo da prova, podemos considerar, sem sofismas ou patriotismos bacocos, que até foi dos melhores. Justifica a presença, alcança o olimpo europeu e desbrava caminho para o próximo Mundial. O trabalho de sapa e apoio de bastidores iniciados há anos provam ter surtido efeito.

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