quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vítor Pereira: Vamos discutir o título até ao fim do campeonato




18/04/2013 -Vítor Pereira antevê uma deslocação difícil a Moreira de Cónegos, mas diz que uma vitória aproxima a equipa do objectivo. Recuperar os quatro pontos de atraso e vencer o campeonato continua a ser o alvo do FC Porto.
Quais os pontos fortes do Moreirense?
Moreirense tem provado ao longo do campeonato que é uma equipa que sofre muitos poucos golos, muitos resultados pela margem mínima. É uma equipa que a jogar em casa, num campo com aquelas características é sempre complicado, não há equipa que vá a Moreira de Cónegos e não sinta dificuldades. Jogo difícil, mas que nos preparamos para vencer, porque vencer em Moreira de Cónegos aproxima-nos do nosso objectivo.
Das contas que faz, esta semana e a próxima poderão ser as mais decisivas do campeonato?
Nós temos de fazer o nosso trabalho, ganhar os jogos, chegar a Moreira de Cónegos e ganhar o jogo e depois temos de ir vendo jornada a jornada o que se vai passando. O que eu sinto é um ambiente de alguma ansiedade da entrega prematura do título e isso é que não estamos dispostos a aceitar, porque vamos discutir o título até ao fim. Sabemos bem o que queremos e percebemos bem este contexto que se vai criando, em que se põe uma equipa muito bem e outra muito mal. Nunca estivemos cá em cima e nunca estivemos cá em baixo. Depois de vinte e tal jornadas disputadas a diferença se cifra em quatro pontos, com o adversário directo a ter de vir jogar a nossa casa. Estamos aqui para discutir o título até ao fim.
Há falta de intensidade na equipa?
Só quem não está neste mundo do futebol é que não consegue entender que o apelo à agressividade, ao rigor, à concentração não seja uma coisa habitual nesta fase do campeonato. FC Porto tem três derrotas com peso, saímos da Liga dos Campeões, em que jogamos quase 45 minutos em inferioridade numérica, perdemos em Braga para a Taça quando estávamos a ganhar 1-0, num acto de teatro o árbitro expulsa-nos um jogador. E agora, na Taça da Liga, tem de se dar o benefício da dúvida, eu percebi claramente lá dentro o que tinha acontecido, mas reconheço que vendo as imagens há ângulos em que não se consegue ver. Três derrotas em que jogámos com um a menos, mas não ouço ninguém a reforçar isso. O que eu acredito é no trabalho da nossa equipa e na capacidade que temos para discutir o título e o vencermos. Estamos a quatro pontos do nosso adversário, eles vêm jogar a nossa casa, têm jogos difíceis, como nós, é acreditar no trabalho que andamos a fazer estes meses todos.
O nível exibicional não baixou bastante?
Não se consegue manter o nível exibicional permanentemente. Nem nós nem os outros, mas então porque é que não falam nos dos outros. São sempre grandes jogos? Eu não acredito nisso. Desde o início da época somos uma equipa de posse, há uma semana não permitimos que o Braga saísse uma ou duas vezes é isso que eu quero que tenham em consideração.
Sente-se injustiçado?
Tenho a sensação que a imprensa está mais preocupada com a minha situação do que eu próprio. Não há ninguém mais exigente do que eu, não preciso que me venham avaliar, porque eu faço a minha avaliação. Vou fazê-la no fim, o clube no fim vai fazer a sua avaliação e depois decidiremos em conformidade. Vejo é muita gente preocupada com a minha situação e não a entendo, estão mais preocupados do que eu.

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