Estádio do Dragão, no Porto - Assistência 31 819 espectadores
Assistentes: José Cardinal e Bertino Miranda
4º Árbitro: António Augusto Costa
Substituições: Belluschi por Falcao (46m), Sapunaru por Rodríguez (53m) e Mariano por Guarín (79m)
Não utilizados: Beto, Nuno André Coelho, Tomás Costa e Prediger
Treinador: Jesualdo Ferreira
Substituições: Rodrigo Arroz por Devic (45m), Zé Pedro por Fellipe Bastos (51m) e Fredy por Cândido Costa (78m)
Não utilizados: Bruno Vale, André Almeida, Igor e Adu
Treinador: João Carlos Pereira
Marcadores: Lima (46m), Farías (63m)
Disciplina: cartão amarelo a Ivan (64m), Bruno Alves (74m) e Nelson (84m)
Belenenses ultra-defensivo
O técnico portista sublinhou o facto dos Dragões se terem confrontado com «uma equipa que só defendeu, com 11 jogadores atrás da linha da bola». Tudo se dificultou como o tento adversário: «Na segunda parte, o FC Porto entrou a perder, e depois houve uma entrega muito grande, uma alteração profunda da estrutura posicional dos jogadores, dos próprios processos de jogo, com o Belenenses a continuar a não passar do meio-campo. Quando não há espaço é difícil ser rápido».
Ocasiões para vencer
Jesualdo Ferreira lembrou que o FC Porto vai continuar a encontrar equipas com um processo de jogo «negativo» e garantiu que, «com tempo e com trabalho», o plantel vai encontrar soluções para ultrapassar essas situações. «Tivemos quatro ou cinco ocasiões na segunda parte, fizemos um golo. Nesse período, foi um jogo de grande empenhamento e intensidade emocional, em que criámos as ocasiões necessárias para ganhar. Aí, surgiu a falta de eficácia, comum em situações destas. Foi um jogo que nos correu mal», resumiu.
Inclinado em direcção à baliza do Belenenses, o FC Porto procurava, então, sacudir os pecados da primeira parte: circulava melhor a bola, alternando passes longos com passes curtos para abrir brechas no adversário; imprimia velocidade para garantir desequilíbrios e rondava a área num esforço mais colectivo. Só lhe faltava pontaria, e o "só" é uma maneira simpática de reduzir a incompatibilidade gritante, com Falcao, que começou no banco, outra vez em má evidência na matéria. O problema é que não foi só ele. E, aliás, não foi só a pontaria a faltar -antes disso, ainda na primeira parte, faltou acertar mais passes; faltou um Hulk menos centrado no próprio umbigo; e faltou o meio-campo todo: Meireles pouco inspirado, Belluschi idem aspas e até Fernando algo desconcentrado. Sobrou Bruno Alves a tempo inteiro, desdobrando-se na defesa e ataque, mas sem chegar para tudo.
O golo de Farías, também com ponto de partida num erro do adversário, sossegou um pouco as coisas, porque ainda havia tempo. Mas, também havia pressa e a pressa, como se sabe, pode ser inimiga da perfeição. Foi mesmo. O Belenenses aguentava a pressão como podia, somando o mérito que mostrava a destruir ao demérito do FC Porto na construção. No fundo, era tudo lucro. João Carlos Pereira, numa crise de nervos, com o passar dos minutos, acabou expulso, mas esse breve descontrolo emocional não passou à equipa. Acabou tudo bem para o Belenenses, que é como quem diz... acabou tudo na trave. Pelo meio, diga-se, há umas dúvidas a esclarecer pelo Tribunal de O JOGO.
PS 1 - Tribunal de OJOGO
A equipa de arbitragem que em Janeiro ficará a saber se terá a honra de representar Portugal no Mundial da África do Sul esteve quase perfeita. No denominado "caso do jogo", Rosa Santos é o único a considerar que o árbitro top class errou ao invalidar o golo apontado por Farías, uma vez que Gabriel Gómez parece ter sido, segundo aquele especialista de O JOGO, o último a tocar na bola antes de chegar ao avançado argentino. Jorge Coroado e António Rola entendem que Olegário julgou correctamente. O resto são detalhes sem influência no resultado.
Rosa Santos
Aí é que está a dúvida, mas dá-me a sensação de que a bola vem do defesa do Belenenses. No entanto, é uma decisão muito difícil de tomar. De qualquer maneira, de acordo com o que se vê nas repetições o golo não é bem invalidado.
PS 2 - Domingos Paciência referindo-se ao SLB
À atenção do Jesualdo Ferreira. " É uma equipa de grande mobilidade. Tem jogadores de grande qualidade e muitos desequilíbrios. Quando não consegue, consegue as diagonais do Ramires e do Di María. Quando sente pressão, mete jogo no Cardozo. Quando há dificuldade, o Aimar e o Saviola vêm buscar jogo. Por vezes cria movimentos aleatórios, nem treinados."
1 comentário:
Olá Monteiro!
Concordo plenamente com a tua crónica do jogo de ontem. O n/ clube está a praticar um futebol que não entusiasma os adeptos, bem pelo contrário, parecendo até que os próprios jogadores não sentem alegria no jogo, é mesmo como dizes: é uma mediocridade confrangedora...
Um abraço
J.Peixoto
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