quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ganhar é de Campeão - Mas convém não facilitar

... o jogo com o Setúbal fez soar outro tipo de alarme no Dragão - afinal, o FC Porto não é inesgotável. Tinha ficado a ideia de que talvez o fosse depois de bater o Benfica por 5-0 pouco mais de 48 horas após o empate com o Besiktas, mas o jogo com o Setúbal mostrou um FC Porto com duas caras: uma durante a primeira parte, enquanto as pernas ajudaram a cabeça a funcionar e o futebol foi tão envolvente como é costume; outra durante a etapa complementar, quando o cansaço acumulado a fazer patinagem artística em Viena lhe roubou intensidade, colocando a baliza de Helton ao alcance do modesto ataque do Setúbal (só dois golos marcados fora). Manter sempre o mesmo nível de concentração, motivação e intensidade ao longo dos nove meses de uma época resistindo às lesões, aos castigos, ao cansaço e à rotina não é fácil. E é por isso que os campeões são as equipas que ganham mais vezes porque jogam melhor, mas também as que ganham mais vezes mesmo quando jogam mal.  Extracto do artigo de Jorge Maia n'OJOGO. 

Fez soar o alarme porque após os jogos importantes há uma certa tendência por parte dos jogadores para descomprimir, para facilitar, acreditando que o mau tempo já passou e que a seguir vem a bonança, pensando que podem descansar. Só que em alta competição não é bem assim: há que estar sempre alerta com os sentidos bem apurados e muito concentrados nas tarefas (jogos) seguintes, mesmo que os adversários que vêm a seguir pareçam mais fracos, para não se perderem de vista os objectivos finais que são a conquista dos títulos. Dito isto, o que pretendo salientar é que após os jogos a meio da semana a equipa tem de se preocupar em descansar o máximo, não descurando, antes pelo contrário, empenhando-se intensamente em cuidar da sua preparação física a fim de chegarem totalmente recuperados e   bem frescos ao desafio seguinte. 

PS - Será que o FC Porto vai deixar o Kléber ir para os benfas...?!!!

PS1 - Filosofia do André Villas-boas
Organização, rigor, concentração e sentido colectivo são palavras constantemente repetidas por André Villas-Boas, mas também a base em que assenta todo o trabalho do mais jovem treinador da história do FC Porto.
...dúvidas iniciais sobre a equipa concentravam-se na defesa, sobretudo depois da partida de Bruno Alves para a Rússia. André Villas-Boas resolveu o problema com a emancipação de Maicon, mas também por intermédio da capacidade para potenciar as características de Sapunaru, que tardava em impor-se no Dragão.

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