Com a qualificação e o primeiro lugar garantidos, o FC Porto concluiu a fase de grupos da UEFA Europa League sem o registo de qualquer derrota e apenas com um empate a intrometer-se entre cinco vitórias. Algumas delas épicas até, como a de Viena ou a de Istambul.
Mas o início de jogo não foi propriamente fácil para os Dragões. A propensão contra-atacante do adversário dificultou o encaixe e motivou, inclusive, intervenções urgentes e subtis de Fucile e Otamendi para colocar ponto final nas mais perigosas movimentações búlgaras, geradas por decisões rápidas e um número reduzido de toques na bola.
O FC Porto marcou, num instante em que a bola parecia não querer entrar na baliza do CSKA. Entrou à terceira, na insistência de Otamendi, que ainda encontrou o poste no caminho.
E, se o começo não fora fácil, o recomeço tornou-se problemático. Sem prenúncio, nascido do nada, o empate aconteceu. Assinado por Dechev, que, ao 48.º minuto, aproveitou um lançamento rápido do seu guarda-redes. Estaca zero, de novo, mas por pouco tempo. Em seis minutos, já para lá de um pontapé de bicicleta de Falcao, que errou o alvo por pouco, Rúben Micael recolocou o FC Porto em vantagem.
Um penalty assegurava o descanso ao vencedor do Grupo L, mas Falcao, que sofrera a falta, permitiria a defesa a M’Bolhi na tentativa de transformação. A consegui-lo, teria marcado em todos os jogos da fase de grupos. O volume de jogo portista não sofreu, ainda assim, qualquer quebra e James fez o golo que faltava, num remate cruzado e indefensável, tão imparável como o de Moutinho, que a barra devolveu no último suspiro do jogo.
OBS.: Não há na equipa técnica do FC Porto ninguém capaz de aconselhar os marcadores de grandes penalidades a decidirem-se por mandar um balázio para o meio da baliza, pois os guarda-redes têm tendência para se atirarem para um dos lados…?!
FICHA DE JOGO - UEFA Europa League, Grupo L, 6.ª jornada
Estádio do Dragão, no Porto - Assistência: 22.930 espectadores
Árbitro: Claudio Circhetta (Suíça) - Assistentes: Thomas Habegger e Stefan Buhlmann
Assistentes adicionais: Carlo Bertolini e Daniel Wermelinger - Quarto Árbitro: Bruno Grossen
FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Maicon, Otamendi e Alvaro; Souza, Belluschi e Rúben Micael; James, Falcao e Walter
Substituições: Falcao por Hulk (60m), Rúben Micael por João Moutinho (71m) e Souza por Guarín (80m)
Não utilizados: Maia, Sereno, Castro e Ukra
Treinador: André Villas-Boas
CSKA SÓFIA: M’Bolhi; Stoyanov, Vidanov, Aquaro e Grillo; Marquinhos, Yanchev «cap.» e Yanev; Tonev, Michel e Delev
Substituições: Grillo por Dechev (63m), Tonev por Sheridan (77m) e Yanchev por Galchev (88m)
Não utilizados: Karadzhov, Trifonov, Iliev e Esposito - Treinador: Sashko Hristov
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Otamendi (22m), Delev (48m), Rúben Micael (54m) e James (90+3m)
Disciplina: Cartão amarelo a Sheridan (80m)
O FC Porto um a um - James e Rúben lideram império Otamendi
Helton 6 - Bem que podia ter levado as baquetas que usou a meio da semana na Casa da Música para aquecer as mãos, porque só as usou aos 45', ao segurar um livre directo. Até lá foi com os pés que interveio, e bem, antecipando-se a jogadores búlgaros que surgiam isolados. Pareceu que nada podia fazer no golo pela boa colocação da bola.
Fucile 7 - Estenderam-lhe uma passadeira, e ele não se fez rogado, surgindo várias vezes junto à linha de fundo, onde arrancou bons cruzamentos. Excelente a atitude defensiva, sobretudo na compensação. Ainda por cima, apanhou várias vezes pela frente Delev, o melhor jogador do CSKA, e só não conseguiu impedi-lo de rematar no golo dos búlgaros.
Otamendi 7 - Segundo golo com a camisola portista, terceiro da carreira, num remate bem colocado - a bola ainda tocou no poste direito - que abriu o marcador. Continua a acumular pontos na luta por um lugar mais assíduo no onze. Aos 66' tem um corte fantástico de carrinho que evitou que Delev bisasse e causasse a surpresa total no jogo.
Maicon 4 - Dois erros infantis na primeira parte só não custaram caro pela inépcia de Michel, primeiro, e pela antecipação de Helton, depois. Ficou mal na fotografia no lance do golo do CSKA, quando não conseguiu o corte nas alturas, ficando a sensação de ter sido tocado. Se não foi, então a noite de ontem é mesmo para esquecer.
Álvaro Pereira 5 - Tal como Fucile, deu bastante profundidade ao jogo, mas com uma diferença: teve sempre adversários pela frente. Baixou de rendimento na segunda parte e falhou vários passes.
Souza 5 - Regresso à equipa após paragem de mais de um mês, com nítida falta de ritmo. Chegou a parecer algo perdido em campo e muito pouco agressivo na disputa dos lances.
Belluschi 6 - Entre alguns passes errados, bons momentos como o cruzamento para a bicicleta de Falcao e o livre directo que obrigou M'Bolhi a uma boa intervenção. Aos 75' tentou o golo de longe, mas a bola saiu à figura.
Rúben Micael 7 - Muito mais confiante no segundo jogo consecutivo e mais perto da área contrária. Tentou o golo de longe, mas foi já dentro da área que fez o 2-1, num remate cruzado com o pé direito; foi o seu segundo golo da época, outra vez na Liga Europa. Procurou imprimir um ritmo forte a um jogo meio apático do FC Porto com passes de ruptura. Fucile e Falcao foram os principais beneficiários.
Walter 6 - Actuou ao lado de Falcao, mas foi em zonas um pouco mais recuadas - à entrada da área - que mostrou argumentos. Boas tabelas com os companheiros e alguns remates perigosos. Um deles, em arco, foi devolvido pela barra.
Falcao 5 - Bem tentou, mas saiu em branco pela primeira vez em jogos europeus. E muito por culpa própria, visto ter falhado uma grande penalidade. Saiu no minuto seguinte, não por castigo, mas porque domingo há mais um jogo. Antes ganhou o livre que deu o segundo golo e teve um momento brilhante: um pontapé de bicicleta que saiu pouco por cima.
Hulk 4 - Não lhe fez bem ver uma hora do jogo no banco, porque entrou mal e acumulou erros e perdas de bola. Até os adeptos que tanto o idolatram perderam a cabeça e assobiaram algumas das suas acções.
João Moutinho 6 - Vinte minutos em campo e quase que podia ser a figura: uma assistência para o golo de James e um remate à barra no último lance do jogo.
Guarín 5 - Fez os últimos minutos, porque Souza não estava bem fisicamente e era preciso controlar melhor o meio-campo. - CARLOS GOUVEIA n’OJOGO
1 comentário:
Vila Pouca!
Neste extracto do teu texto dizes tudo:
Com uma arbitragem simpática, dum rapazinho com bastas provas dadas de conhecer bem a cartilha e o código de conduta, que diz, para chegar longe, é melhor prejudicar o F.C.Porto? Ou, exagerando, pensa travar o líder do campeonato à paulada e cacetada, confiando no bate em tudo que mexe, o sai da frente, vem aí o Anunciação?
Começa a ser evidente que os dirigentes do Paços Ferreira confiam nos homens de mão que têm na Liga de Clubes Profissionais de Futebol...!
Claro que eles sabem que contra os Dragões só com arbitragens tendênciosas podem tentar (equilibrar) levar a água ao seu moinho...! E por isso devem ter informações (espécie de garantias)do patrão dos árbitros de que vai ser nomeado um juiz do apito colaborador...!
Pelo palavriado do "bronco" presidente do Paços pode-se concluir que o tipo é um lampeão camuflado de adepto do Paços Ferreira!
A minha casa dos fins de semana fica para aqueles lados (próximo) e já deu para perceber que se por lá há muitos portistas, também há muitos lampeões a fingirem ser adeptos do Paços.
Por isso alerto o pessoal portista que vai ser preciso muita coragem e valentia para ultrapassarmos mais este obstáculo.
FC Porto acima de tudo!
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