O FC Porto carregava, mas não conseguia ultrapassar a resistência do adversário. Até que Guarín, aos 37 minutos, com um pontapé fortíssimo e colocado, abriu o marcador.
A 37 metros da baliza, aos 37 minutos, o colombiano inaugurou o marcador. Mesmo em cima do intervalo, João Moutinho acertou no poste, na sequência de uma bela jogada colectiva, em que Guarín solicitou o português de calcanhar. Quando o árbitro apitou para o descanso, percebia-se que a onda azul e branca estava imparável.
Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, só se viu azul e branco e o domínio culminou com mais um «tiro» fatal de Hulk, aos 60 minutos. De fora da área, com força e colocação, o brasileiro fez o 2-0, o seu 20.º tento da época. Isso não foi suficiente para que os portistas se mostrassem satisfeitos e James parecia ser quem mais perseguia o golo: aos 63 minutos, obrigou Marcelo a defesa apertada e, aos 68, apontou um livre directo que falhou o alvo por centímetros.
O tento de Baba, aos 70 minutos, caiu do céu para o Marítimo, até por ter surgido a partir de um livre inexistente. Sapunaru não cometeu falta, mas sofreu sim uma entrada de Djalma. A vantagem mínima manteve-se durante apenas cinco minutos: Guarín reapareceu para, mais em jeito do que em força, fazer o 3-1, à entrada da grande área.
Cinco minutos volvidos, surgiu o 4-1: João Moutinho «rasgou» a defensiva contrária, Hulk cavalgou pela esquerda e serviu James, que só teve de encostar. Foi o primeiro golo do colombiano na Liga, algo que o jovem bem procurava e merecia. Até ao apito final, destaque para o regresso de Mariano aos relvados, quase nove meses depois. O argentino ainda colaborou numa ponta final sufocante, em que os Dragões poderiam ter construído um resultado bem mais alargado.
8 de Janeiro de 2010 - Liga 2010/11, 15.ª jornadaEstádio do Dragão, no Porto - Assistência: 26.706 espectadores
Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco) - Assistentes: José Cardinal e Jorge Cruz
Quarto árbitro: Augusto Costa
FC PORTO: Helton «cap»; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Rafa; Guarín, João Moutinho e Belluschi; Varela, Hulk e James
Substituições: Varela por Fernando (67m), Sapunaru por Maicon (74m) e Belluschi por Mariano (83m)
Não utilizados: Kieszek, Walter, Souza e Rúben Micael
Treinador: André Villas-Boas
MARÍTIMO: Marcelo Boeck; Ricardo Esteves «cap», Roberge, Robson e Alonso; Rafael Miranda, Roberto Sousa e Tchô; Marquinho, Baba e Djalma
Substituições: Roberto Sousa por Sidnei (52m), Tchô por Cherrad (64m) e Marquinho por Heldon (81m)
Não utilizados: Marafona, Luciano Amaral, Luís Olim e João Guilherme
Treinador: Pedro Martins
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Guarín (37m e 75m), Hulk (60m), Baba (70m) e James (80m)
Disciplina: cartão amarelo para Robson (16m), Otamendi (20m), Ricardo Esteves (31m), Rafa (35m), Djalma (43m), Roberge (66m), Rafael Miranda (67m), Sapunaru (69m), Guarín (76m) e Sidnei (80m)
Declarações de Villas-Boas: «Óptima resposta dos jogadores»
Depois da crítica gerada pela derrota frente ao Nacional, a contar para a Taça da Liga, André Villas-Boas sublinhou a «prova de competência» revelada pelos Dragões diante o Marítimo e a qualidade da exibição colectiva, no regresso ao campeonato.
Imprevisível - «Tendo sido menos incisivos na altura, fizemos um jogo parecido com este frente ao Nacional e acabámos por perder. O futebol é imprevisível. Hoje, o Marítimo colocou-nos um desafio difícil, até porque vinha de um percurso de oito jogos sem perder.»
A resposta - «Fazer uma exibição destas, com grande carga incisiva, foi fantástico. Foi óptimo para o jogadores darem esta resposta, depois de terem sido tão criticados de forma tão agressiva. Foi uma semana longa, em que parecia que a organização do FC Porto já valia pouco. Fomos sempre competentes, só que o imprevisível aconteceu.»
Prova de competência - «Acreditamos na nossa competência e no nosso trabalho. Num jogo destes, fazermos o que fizemos foi uma prova clara de competência. É importante que o público mantenha a empatia com o grupo e que não se deixe levar pela crítica fácil. Demos um sinal forte e demonstrámos que unidos é que fazemos a diferença.»
Talento de Hulk - «Sem o Falcao na frente, viu-se a qualidade, o talento e a polivalência do Hulk para jogar em várias posições.»
Mercado - «Estamos satisfeitos com o que temos e não é por o mercado abrir que nos sentimos obrigados a mexer numa estrutura competente.»
Dragaoatento: - Mais um jogo que ganhamos jogando pouco mais que a passo. Gostaria de ver a equipa jogar em antecipação, não concedendo espaços aos adversários para evoluir no terreno e conseguir jogadas perigosas de ataque.
Além disso, notam-se algumas deficiências na equipa azul e branca as quais gostaria de ver colmatadas. Apesar de termos gente alta na equipa quase nunca ganhamos lances de bola pelo ar. E a cada passo sofremos golos nesse tipo de lances. A provar o que digo está o facto da equipa dos Dragões ser inofensiva nos lances de ataque pelo ar, tipo pontapés de canto e termos um aproveitamento quase nulo nos livres a favor da equipa. Outro aspecto muito importante é o da capacidade de choque dos jogadores, gostaria que a equipa do FC Porto fosse mais coreácia e conseguisse suportar as cargas dos jogadores adversários. Gosto de ver jogar aqueles atletas que resistem às cargas dos adversários e que não se lançam para o chão por tudo e por nada!
Sem comentários:
Enviar um comentário