Onde encravou, o FC Porto? Vítor Pereira lançou o onze natural e Jovanovic também não inventou. O 4x2x3x1 do APOEL, já se sabe, prevê dez homens atrás da bola no momento defensivo e não cora de vergonha se tiver de puxar Nuno Morais para junto dos centrais. Não é preciso consultar os manuais para perceber que um bloco baixo não pode ser derrubado com uma circulação de bola lenta e previsível. O FC Porto foi incapaz de desposicionar o adversário, desgastando-o, arrastando-o, abrindo brechas. Moutinho e Guarín iam buscar a bola ao pé dos centrais, olhando de frente para um teia de onde Hulk, James e Kléber dificilmente se libertariam.
Com uma inenarrável sequência de passes perdidos na fase de construção, os dragões expuseram-se a uma derrota que abalaria o único ponto do discurso de Vítor Pereira em que, de facto, a bota bate com a perdigota: o resultado não foi decisivo. A equipa pode agarrar-se à matemática, mas é bom que comece a acertar nas equações que lhe podem devolver a competitividade. E não adianta lamentar as contas feitas no passado e que excluíram Walter desta tabuada. Ontem, pelo menos, houve um Rio Douro de distância entre o que o FC Porto foi capaz de criar e os homens que dão a cara pelos golos. O problema está a montante, há que nadar contra a corrente.
Arbitragem - Penálti por marcar
Gautier não escondeu que é um árbitro inexperiente. Não viu uma mão de um cipriota na área do APOEL (penálti por marcar aos 23') e confundiu uma falta sobre James à entrada da área com uma simulação, punindo-o com amarelo (54'). Fraquinho.
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