Quase a terminar a primeira parte do jogo, podíamos ter marcado se Falcao não tivesse sido displicente ao desperdiçar uma oportunidade como aquela de que dispôs! É imperdoável não marcar quando isolado frente ao guarda-redes adversário!
O nosso destino é vencê-los.
O FC Porto escreveu mais uma fantástica página no longo caminho de vitórias já percorrido, e foi esta noite ao Estádio da Luz vencer por 3-1 garantindo a qualificação para a final da Taça de Portugal.Num jogo épico, os Dragões voltaram a mostrar, quem é actualmente, a melhor equipa portuguesa. Desta vez havia uma diferença a ultrapassar, fruto da derrota 0-2 na primeira mão no Dragão. Mas esta equipa tem o talento e a valentia dos vencedores, e uma equipa técnica fora de série.
Depois do 0-0 da primeira parte, período em que o FC Porto dispôs das melhores oportunidades, a equipa arrancou para uma segunda parte consistente, com o seu futebol de posse como costuma referir o Mister Villas-Boas, e acabou por vencer um adversário que deu muita luta mas foi incapaz de travar o futebol colectivo dos azuis e brancos!
E aos 64 minutos João Moutinho a passe de Cristián Rodriguez, fez o golo com um remate soberbo de primeira, e não só fez o golo, como também contribuiu para acelerar o desnorte da equipa encarnada.
Com o Estádio da Luz acordado pelo constante incentivo dos cerca de três mil dragões, o FC Porto continuou com o seu futebol e na sequência duma grande jogada, com a bola a passar por meia equipa, Hulk concluiu com um toque subtil sob Júlio César.
A equipa do FC Porto igualava assim a eliminatória, mas como não bastava continuou a evoluir pelo relvado com o seu futebol colectivo todos os jogadores concentrados em torno do mesmo objectivo. E, aos 74 minutos, Falcao pode finalmente concretizar com um remate cruzado, depois dum belo trabalho executado na área do Benfica , beneficiando dum desvio na perna do Xavi.
Faltava um quarto de hora mas percebia-se que o FC Porto tinha o jgo na mão. Nem a ridícula grande penalidade assinalada por Carlos Xistra, aos 80 minutos, por alegada falta de Sapunaru sobre Saviola que não existiu conseguiu atrofiar os Dragões. Cardozo transformou o penalty mas os Dragões não se atemorizaram e até ao final ainda desenharam algumas jogadas de perigo em direcção à baliza de Júlio César.
Estádio da Luz, em Lisboa - Assistência: 37.349 espectadores.
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco).
BENFICA: Júlio César, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Carlos Martins, César Peixoto, Jara, Saviola e Cardozo.
Substituições: Jara por Aimar (78m), Javi Garcia por Kardec (86m) e César Peixoto por Weldon (89m).
Não utilizados: Roberto, Sidnei, Airton e Filipe Menezes.
Treinador: Jorge Jesus
FC PORTO: Beto, Sapunaru, Rolando, Otamendi, Álvaro Pereira, Fernando, Rúben Micael, João Moutinho, Cristian Rodriguez, Hulk e Falcao.
Substituições: Ruben Micael por James Rodriguez (62m), Cristián Rodriguez por Varela (74m) e Sapunaru por Sereno (87m).
Não utilizados: Kieszek, Souza, Mariano González e Walter.
Treinador: André Villas-Boas
Marcadores: 0-1, João Moutinho, 64 minutos. 0-2, Hulk, 72. 0-3, Falcao, 74.
1-3, Cardozo, 80 (grande penalidade).
Disciplina: cartão amarelo a Álvaro Pereira (18), Maxi Pereira (21), Cristián Rodriguez (31), Falcao (32), Javi Garcia (46), Jara (59), Cardozo (65), Sapunaru (79), Jardel (82), Hulk (84), Fábio Coentrão (90+3) e Rolando (90+3). Sapunaru foi expulso com segundo cartão amarelo, já depois de terminado o encontro.
Destaque pela negativa: a infeliz por desastrada actuação do Carlos Xistra que mostrou vários amarelos sem critério a jogadores do FC Porto e marcou uma grande penalidade contra o FC Porto que não existiu, enfim, como sempre que apita jogos do FC Porto, fez jus ao nome pelo qual é conhecido junto dos adeptos azuis e brancos Xistrema!
PS - Tem a palavra o mister Villas-Boas: «FIZEMOS UMA SEGUNDA PARTE BRILHANTE»
Primeiro a competência, depois o brilho. André Villas-Boas resumiu assim uma vitória que classificou como «enorme», na falta de outras palavras para a caracterizar. João Moutinho juntou «generosidade» à descrição, antes de concluir que o FC Porto demonstrou ser «a melhor equipa» e absolutamente merecedora da final da Taça de Portugal.
André Villas-Boas: «Virar a eliminatória aqui é de louvar»
«Fizemos poucas alterações estruturais, porque achámos que a nossa identidade nos poderia levar ao golo. Tínhamos decidido não nos castigarmos emocionalmente, se não conseguíssemos o primeiro golo rapidamente. Depois duma primeira parte muito conseguida, fizemos uma segunda parte brilhante. Não há palavras para descrever uma vitória enorme. No primeiro jogo, o Benfica foi muito competente e trouxe uma vantagem muito confortável para a Luz, agora fomos nós competentes, conseguindo inverter a vantagem. A competência é repartida, mas vir aqui e virar a eliminatória é de louvar. Nas finais não se brinca em serviço e o Guimarães tem uma crença enorme, pelo que esperamos um jogo muito complicado. A competência dos jogadores é fundamental, o mérito deles é enorme e estar com este percurso gigante nesta fase é mérito absoluto deles.»
João Moutinho: «Somos a melhor equipa»
«Há uma união muito forte entre o grupo que se percebe em todos os jogos. Na segunda parte, entrámos com tudo e mostrámos o nosso futebol e a nossa generosidade, demonstrando que somos a melhor equipa e que merecemos estar na final. Ao intervalo, o treinador transmitiu-nos confiança, dizendo-nos para entrarmos desinibidos. Deixo também uma palavra ao Sapunaru, que nada fez e aconteceu o que aconteceu. Foi mais uma vitória histórica no Estádio da Luz. O desfecho duma final é sempre imprevisível, mas, se continuarmos a jogar como temos vindo a fazer, creio que conseguiremos ganhar a Taça de Portugal. Este é um FC Porto forte, uma equipa com vontade de conquistar ainda mais títulos, mas sabemos que a eliminatória com o Villarreal vai ser muito difícil.
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