sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MST - Disserta sobre Sporting, Benfica e Liga de Clubes

17/01/2012 - Denunciados benefícios da arbitragem ao Sporting e artimanhas do Benfica
1 …Os grandes testes começaram agora… e o Sporting baqueou, embora seja forçoso reconhecer que teve alguns jogadores importantes lesionados na pior altura. Em contrapartida, não encontra a menor desculpa nas arbitragens, antes pelo contrário: só não ficou praticamente afastado do Jamor porque, mais uma vez, se aproveitou da superioridade numérica para recuperar e beneficiou dum golo irregular, já depois da hora (há um off-side posicional que claramente impede o guarda-redes do Nacional de ver a bola). E, no campeonato, os oito pontos que Eduardo Barroso se queixa que lhes tiraram já não bastariam para os fazer igualar Benfica e Porto…!Perdida a luta pelo título, perdida, sem dúvida, a luta pelo segundo lugar, ao Sporting resta levar muito a sério o desafio do Braga e tentar vencer a luta pelo último lugar no pódio e o último a dar acesso à Champions. Aliás, e esquecendo aquelas absurdas estatísticas da tal Fundação das Estatísticas do Futebol, é da mais elementar justiça reconhecer que os últimos anos têm consistentemente afirmado o Braga acima do Sporting, como o quarto grande (ou o outro médio, sendo que então haveria só dois grandes, Porto e Benfica).
No jogo de Braga com um resultado justo e previsível desde o início, mais uma vez constatei esta característica, tantas vezes fatal, dos treinadores portugueses, quando confrontados com um jogo difícil: refugiarem-se em alternativas que privilegiam o reforço do meio-campo e do jogo defensivo com jogadores certinhos e de contenção, em prejuizo dos jogadores desequilibradores e mais ofensivos. Querem ganhar o jogo, defendendo, em obediência ao princípio de que o melhor ataque é uma boa defesa. Assim, vimos Domingos Paciência jogar com um lateral adaptado a extremo-esquerdo -o que obrigou ainda Capel a vir para a direita, onde rende manifestamente menos – e deixando no banco aquele que é o único desequilibrador do atatque sportinguista, o miúdo Carrillo.
Para se defender da opção falhada, Domingos usou a mesma desculpa que Vítor Pereira usou em Alvalade para ter deixado James Rodriguez no banco durante 75 minutos: ambos, segundo os respectivos treinadores, tinham passado a semana com febre. Mas, se assim foi, se estavam incapazes, não se percebe porque foram convocados e sentados no banco. E se porventura a sua condição física não lhes consentia o jogo todo, não se percebeporque não arriscaram neles de início, tirando-os quando já não aguentassem, em lugar de os meter só no final, em situação de estado de necessidade. Certo é que, em ambos os casos também, assim que James e Carrillo entraram, logo o ataque das suas equipas ganhou nova alma e novo talento- tarde de mais , porém. E també não percebi porque razão, com 2-0 no marcador e avenidas abertas ao contra-ataque do Braga, Leonardo Jardim resolveu tirar o seu mais talentoso jogador e grande municiador do ataque, Márcio Mossoró, para apostar num médio defensivo, que nada trouxe de novo, apenas convidou o Sporting a vir para a frente, reduzir a desvantagem e ameaçar o empate. São estartégias que me ultrapassam…
3 – Confesso que não liguei atenção ao assunto e só despertei para ele tarde e graças a uma coisa que escreveu o Rui Moreira e outras que li avulso e como se não tivesse importânica. Escrevo, pois, com as cautelas devidas a quem pode estar a escapar alguma coisa. Mas parece (digo parece) que, mais uma vez, o Benfica se dedicou a uma das suas jogadas favoritas: contratar um jogador na véspera de ir defrontar o seu clube. Desta vez, esta prática tão desportiva e reveladora, deu-se na véspera da deslocação a Leiria, com a compra do avançado Djaniny. O mais grave, poré, é que parece também que essa aquisição e o sinal ou preço logo pago pelo Benfica, permitiu à direcção do União pagar aos seus jogadores salários em atraso. Ou seja, quando entraram em campo para defrontar o Benfica, os jogadores do União sabiam que deviam ao seu adversárioos salários recebidos. Se tudo isto é verdadee aconteceu mesmo assim, será, de facto, um escândalo, que a Liga de Clubes fique em silêncio. Em Inglaterra, uma jogadinha destas teria consequências violentas para o Benfica. Parece que há por lá uma coisa a que les chamam Fair-play.
4 – E, por falar em Liga e segundo percebi, o seu novo presidente deve a eleição à compra de votos no restrito colégio eleitoral da Liga. E digo compra e não conquista (o que seria normal), porque ele ganhou a eleição prometendo aos pequenos clubes o alargamento da primeira liga, em prejuizo dos grandes (cujo problema principal é a sobrecarga de jogos dos seus jogadores, entre clube e selecção). Foi assim eleitocontra o voto dos grandes e contra o interesse da competição – que precisa sim dum campeonato com menos clubes e não com mais jogos, mas jogos que valham a pena e não apenas oportunidades de transmissões televisivas. Confesso que nunca tinha ouvido falar no Dr.Mário Figueiredo e desconheço por completo qual seja o curriculum que o torna adequado ao cargo. Mas já fiquei a perceber como é que lá chegou. E o que percebi não é grande recomendação.
5 – O Sporting, que tão mal tem gerido o assunto das imagens do balneário dos visitantes em Alvalade, resolveu, além de proibir a entrada do jornal Público nas suas instalações instaurar-lhe uma acção em que, dizem, vai exigir um milhão de euros de indemnização. Pois, acções judiciais qualquer um pode instaurar e pode-se pedir os milhões de indeminzação que se quiser, desde que se seja rico, como o Sporting é, e se possa deitar fora um dinheirão em custas judiciais: o Estado agradece. Mais difícil é provar os danos causados pela simples revelação de um facto – a divulgação das fotografias do túnel do balneário. Sobretudo, quando são eles próprios a dizer que as ditas fotografias são perfeitamente aceitáveis e banais – aliás, recomendáveis. Em que ficamos, afinal: são óptimas para serem vistas pelos adversários, mas difamatórias se reveladas a terceiros?

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