terça-feira, 3 de agosto de 2010

José Mourinho ao Record

R – Vê com naturalidade o Benfica novamente campeão?
JM – Não me surpreendia nada ver o Benfica de novo campeão. Se o FC Porto foi bi ou tri, porque não há de o Benfica ser também? Será perfeitamente normal. Tem equipa para isso, fez uma aposta clara em manter a estrutura do seu plantel, porque tem legítimas aspirações. Quer voltar a ser campeão e quer regressar à ribalta do futebol europeu, lutando pela Liga dos Campeões. Mas, repito, não tenho grandes condições para poder avaliar as equipas. O que eu gostava de dizer é que acho que era merecido para o Braga jogar a fase de grupos da Liga dos Campeões.
R – A propósito de Benfica, porque deixou sair o Rodrigo?
JM – O Rodrigo é um dos maiores talentos da cantera do Real Madrid. Um jogador com grande potencial que o Real Madrid aceitou vender ao Benfica por dois motivos: primeiro, para acelerar a sua evolução, num bom clube e num bom campeonato. É o clube ideal para ele. Segundo, o Real vende mas com opção de recompra, e isso é uma prova evidente de que o Real confia na qualidade do jogador.
R – Que comentário lhe merece o facto de o seu antigo adjunto, André Villas-Boas, ser o novo treinador do FC Porto?
JM – Costumo dizer que no futebol já nada me surpreende. Se o FC Porto achou que ele era o treinador indicado, porque não há de ser? Os resultados é que determinam sempre se as decisões tomadas são as mais ou as menos corretas. Muitos podem perguntar porque é que escolheram alguém que nunca foi treinador na vida, a não ser nestes dois ou três meses na Académica. Tudo vai depender dos jogos e dos resultados. Se ganhar tudo é o treinador perfeito. Agora não venham fazer comparações comigo, porque eu quando fui para o FC Porto já tinha trabalho de campo feito, o que é bastante diferente. E ainda assim puseram-me muitos pontos de interrogação. Os resultados que consegui é que acabaram por dar razão à opção feita pelo presidente do FC Porto.
PS - Sobre José Mourinho


Em resumo, muito Mérito e Qualidade. Inquestionável. Muita deselegância à mistura. Evidente.
O Nível não escolhe profissões, extractos sociais e habilitações académicas. Muito menos o dinheiro compra. Nasce-se com ele.

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