Rui Moreira n’A Bola
Curiosidades – Alguns benfiquistas acham que exagero quando me refiro à forma como Javi Garcia joga com os cotovelos altos, e que é uma obsessão minha se reclamo que ele é um protegido dos árbitros. Desta vez, no jogo como Marítimo, o espanhol foi protagonista duma jogada idêntica, só que desta vez estava no lugar da vítima. Soares Dias, um árbitro que muito elogiei no passado, nem hesitou: mostrou o cartão vermelho ao adversário, e assim acabou com o jogo. Tudo isto confirma a minha suspeita de que, em Portugal, o Benfica joga com regras diferentes dos outros clubes, e os seus jogadores gozam dum estatuto especial e da deferência dos juízes do apito. O Benfica joga bem, mas tem estas (preciosas) ajudas que ajudam (e de que maneira!).
O andor encarnado – Essa deferência resulta, é claro, da forma como a liderança da arbitragem gere as questões. Como aqui assinalei, na semana passada, continuo à espera duma conferência de imprensa de Vítor Pereira (presidente dos árbitros) em que escalpelize os inúmeros casos que têm manchado esta época desportiva. Se assim não fizer, estará a pactuar com o seu silêncio com uma deferência que condiciona os árbitros e que, ao que parece, tolhe a sua isenção. Os casos de Pedro Henriques e de Olegário Benquerença, cujas carreiras foram marcadas por desagradarem ao Benfica, não deixarão de pesar nas arbitragens dos seus colegas de ofício, que já devem ter percebido quem, em caso de dúvida, devem beneficiar. Não é Vítor Pereira (big boss dos árbitros)?
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