segunda-feira, 8 de julho de 2013

A marca de Pep Guardiola

Expectativa é o termo certo para definir o sentimento dos adeptos em relação ao novo futebol do Bayern, ou seja, a interrogação sobre a qualidade do futebol da equipa, será que vai melhorar, será que vai continuar a ganhar títulos? O futuro dirá.
Para já atendendo à categoria do novo técnico, as expectativas são grandes e justificadas!

Depois de uma temporada em que o Bayern ganhou tudo e encantou, Guardiola assume a difícil sucessão de Heynckes. Mexer numa máquina trituradora não se afigura fácil, mas Guardiola não resistirá a introduzir a sua marca. Klopp, treinador do Borússia de Dortmund, volta a apontar baterias para a Bundesliga e procurará fazer-lhe frente com o seu entusiasmante e asfixiante futebol a todo o gás.
Aperfeiçoar o que é quase impossível de melhorar assume-se como o seu grande desafio. À frente de um plantel fortíssimo e vasto, reforçado até agora pela pérola Goetze e pelo defesa-central Kirchhoff, Guardiola parec e inclinado a abandonar o 4x2x3x1 que suportou a época de ouro bávara e a introduzir o seu habitual 4x3x3, algo que ficou visível nos dois primeiros particulares, onde testou o 3x4x3, com meio-campo em losango, como sistema alternativo.
Se o futebol de toque e a pressão forte em todo o campo são características em comum entre os modelos de Heynckes e Guardiola, a utilização de um nove mentiroso, com o qual o catalão ganhou tudo o que havia para ganhar, poderá ser a grande novidade, contrariando a identidade Bayern, que sempre privilegiou a utilização de uma referência ofensiva com mais presença física, à imagem de Mandzukic, Gomez e Pizarro.
Ribéry, com o vínculo contratual renovado até 2017, parece ser a principal opção para falso nove, mas Muller, Goetze e Robben também são cogitados para desempenhar esse papel. O posicionamento de Javi Martínez, capaz de ser utilizado como médio-defensivo ou defesa-central, é outra das questões que se colocam, já que Schweinsteiger e Kroos parecem mais talhados para ocupar o espaço interior. Resta saber se Luiz Gustavo, titular no Brasil de Scolari, encaixa no perfil de 6 do técnico catalão, que nos primeiros dias de trabalho tem trabalhado o dinamarquês Hojbjerg, de apenas 17 anos, nessa posição fulcral.

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