domingo, 27 de abril de 2014

A época começou mal e vai acabar em pouco mais que sofrível

27/04/2014 - Eliminatória da Taça da Liga: FC Porto x Benfica 3-4 nas grandes penalidades

Após o empate sem golos nos 92 minutos e 40 segundos, soçobramos nos penalties...!

Esta época começou logo mal, com o erro de casting da escolha do treinador, o qual revelou não estar preparado para treinar uma equipa com a exigência do FC Porto, depois continuou a agravar-se com a tardia constatação e decisão de rescindir com o técnico incapaz, pelo que quando finalmente a direcção dos Dragões resolveu agir já foi tarde.

A Luís Castro, que assumiu interinamente a liderança da equipa, seria injusto pedir mais do que aquilo que ele tentou fazer, e, que foi tentar recuperar física e psicologicamente o plantel.


No jogo d'hoje os profissionais do FC Porto ainda tentaram evoluir e superar as dificuldades, mas os estragos passados foram tão profundos que não foi possível fazer melhor do que garantir o terceiro lugar da classificação geral na liga.

Quanto ao jogo da Taça da Liga - A equipa do FC Porto bem que tentou ganhar o jogo, com atitude, raça e esforço, só que devido ao facto dos índices de confiança estarem em baixo, no jogo d'hoje a equipa portista não pôde contar com o seu melhor Jackson na plenitude dos seus vastos recursos.
O Jackson hoje falhou lances de golos cantados, que seria impensável falhar na pretérita época.

Mas mais, hoje faltou um patrão no meio-campo
(tipo João Moutinho), que assumisse o comando das operações. Depois a defesa sem estar mal nunca foi capaz de transmitir: confiança, segurança, à equipa; e então, os avançados marcados em cima pelos adversários, nunca demonstraram ter velocidade para ultrapassar os obstáculos (dificuldades) que os opositores lhes colocaram. Assim sendo, e como já referi, o FC Porto sem poder contar com um avançado realizador, não conseguiu levar de vencida uma equipa encarnada que jogou (à defesa) encolhida no seu meio-campo e a tentar num contra ataque aproveitar os eventuais (possíveis)
erros defensivos da equipa azul e branca.

Depois, eu pela minha parte, já sabia de antemão que se a decisão acabasse por ir para as grandes penalidades os portistas perderiam, tal a falta de confiança existente no seio da equipa.




FC PORTO
BENFICA
MEIA-FINAL
3
4









Domingo, 27 Abril 2014 18:15 - Competição: Taça da Liga

Estádio: Dragão, Porto - Assistência:26.109

Árbitro: Marco Ferreira (Madeira)

Assistentes: Nelson Moniz e Sérgio Serrão

4º Árbitro: Manuel Mota
FC Porto: 24 Fabiano, 2 Danilo (82'), 4 Maicon (c), 22 Mangala, 26 Alex Sandro, 25 Fernando, 35 Defour, 16 Herrera, 17 Varela, 9 Jackson Martínez, 7 Quaresma

Suplentes: 41 Kadú, 8 Josué, 10 Quintero, (56' Defour), 11 Ghilas, (72' Quaresma), 13 Reyes, 20 Carlos Eduardo, 21 Ricardo, (82' Danilo)

Treinador: Luís Castro

Benfica: 41 Oblak, 34 André Almeida (81'), 3 Steven Vitória (32'), 33 Jardel, 16 Siqueira, 90 Ivan Cavaleiro, 6 Rúben Amorim (c), 30 André Gomes,8 Sulejmani, 11 Lima, 7 Cardozo 

Suplentes: 13 Paulo Lopes, 9 Funes Mori, 10 Djuricic, 14 Maxi Pereira, 24 Garay, (37' Lima), 35 Enzo Pérez, (78' Rúben Amorim), 50 Markovic, (63' Cardozo)

Treinador: Jorge Jesus

 
FC Porto - Site

O FC Porto foi este domingo afastado da final da Taça da Liga, ao perder por 4-3, no desempate por grandes penalidades, frente ao Benfica. Após 90 minutos em que só os Dragões criaram oportunidades para marcar, em particular na primeira parte, o nulo persistiu e os lisboetas acabaram por ser mais felizes também no desempate por penáltis, em que foi preciso chegar à sexta série de castigos máximos para se apurar o segundo finalista da competição. A injustiça sublinha-se com o facto de o Benfica não ter criado sequer um lance de grande perigo, remetendo-se à defensiva mesmo antes de ficar reduzido a dez homens, aos 32 minutos.

A história da primeira parte conta-se através das seis oportunidades claras de golo desperdiçadas pelo FC Porto, face a um Benfica - que apresentou vários jogadores que habitualmente não são titulares, é certo - incapaz de desenhar sequer um lance de perigo junto da área dos Dragões. Num encontro entre duas equipas que defendem bem subidas no terreno, os comandados de Luís Castro revelaram-se sempre superiores na zona de meio-campo e criaram inúmeros desequilíbrios na defesa encarnada, com destaque para as incursões de Herrera na esquerda, rompendo pelo espaço de André Almeida e Ivan Cavaleiro.

Duas das três primeiras oportunidades de golo surgiram precisamente desta forma, com o mexicano a servir por duas vezes Jackson, que cabeceou (10 minutos) e pontapeou (21) por cima da baliza de Oblak, em excelente posição para inaugurar o marcador. Jackson ainda desperdiçou mais duas ocasiões, sempre isolado por Varela (26 e 39) e com Oblak a atrapalhar as contas dos portistas. Varela (15) e Defour (27) completaram o ramalhete de lances de golo iminente desperdiçados, face a um Benfica que se viu ainda em maiores dificuldades devido à expulsão de Steven Vitória, aos 31, por falta claríssima sobre Jackson, que se iria isolar.

Face à inferioridade numérica, Jorge Jesus "sacrificou" Lima, recompondo a defesa com a entrada de Garay, ainda na primeira parte. Foi por isso um Benfica ainda mais "encolhido" no terreno e procurando salvaguardar o nulo que se apresentou no segundo tempo. Sem capacidade para discutir o jogo pelo jogo, os lisboetas apostavam na "sobrevivência" até às grandes penalidades, com uma defesa compacta e o avançado Cardozo sozinho na frente. A posse de bola era esmagadoramente azul e branca, mas a verdade é que a equipa forasteira conseguiu "estancar" a enxurrada de lances de perigo do FC Porto.

Para aumentar a criatividade portista no último terço do terreno, Luís Castro trocou Defour por Quintero, aos 56 minutos, mas, ao contrário do que aconteceu na primeira parte, o Benfica bloqueou completamente o encontro no segundo tempo. Fazendo uso de todos os recursos possíveis - perda de tempo inclusive -, os jogadores lisboetas fizeram o tempo escoar-se, face a um FC Porto que teve muitas dificuldades na construção de lances ofensivos e em encontrar inspiração nos seus avançados. O melhor que os Dragões conseguiram foi um remate de ressaca de Herrera, após um canto, aos 80, e o suplente Ghilas, já nos descontos, esteve perto de se isolar, mas Oblak foi mais rápido.

No desempate por grandes penalidades, os Dragões estiveram por duas vezes em vantagem teórica na série inaugural de cinco penáltis, quando Garay e André Gomes falharam, mas Jackson e Maicon repetiram o erro. O empate subsistiu no final dessa série (3-3) e, quando já não havia margem para falhar, Ivan Cavaleiro marcou e Fernando acertou no poste.

 
Declarações de Luís Castro

Luís Castro lamenta oportunidades desperdiçadas

1 comentário:

Dragaoatento disse...

Registo:

Nem mais: o espelho da época!

Mas acrescento, isto na minha opinião, entre outras coisas, falta à equipa portista o seguinte: no meio campo um patrão que faça a diferença e comande as operações. Nas laterais extremos que funcionem como gazuas. No ataque avançados que chutem à baliza com precisão e potência. Também não temos médios que chutem bem de meia distância.

Depois os jogadores devem estar com os índices de confiança muito em baixo e em baixo de forma por mal orientados.

Vamos ver como vão correr as coisas na próxima época.

FC Porto sempre!

PS - Ou me engano muito, ou este Benfica vai de vela com a Juventus