sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

"Eu também acredito" Pedro Marques Lopes

 19/12/2014 - Brasão abençoado - Excerto de "Eu também acredito" por Pedro Marques Lopes

…Lopetegui já cometeu vários erros: demorou a acertar com a equipa, mostrou que não estava familiarizado com o futebol português, foi incompetente no Estoril e mostra por vezes alguma teimosia desnecessária

(neste capítulo concordo com a estratégia de Lopetegui que é preciso experimentar e rodar jogadores).

Porém, no (passado) domingo não errou

(estamos de acordo, na minha opinião, foram alguns jogadores portistas que com uma prestação abaixo do normal, os responsáveis pelo desaire, embora também em muitos aspectos, com a decisiva colaboração do árbitro Jorge Sousa) e mostrou, no lançamento do resto do campeonato, que é um líder. E para ser treinador dum grande clube é essa a condição fundamental. (também subscrevemos esta opinião)

Sei bem que é difícil, são seis pontos, os árbitros têm tido muitas falhas humaníssimas a favor do nosso rival, ainda há muita falta de maturidade no plantel, não é possível perder mais pontos no campeonato e o FC Porto não tem apenas as competições internas para jogar. Mas este portista acredita. (e nós também).


Vai no Batalha


“Até os comemos”, respondeu-me um grande portista, e alguém que muito admiro, a uma mensagem que lhe enviei, ia eu a caminho do Porto. Não há portista que não tenha essa expressão em mente antes de qualquer jogo, sobretudo quando o adversário é um rival.
Não posso dizer que tenha visto aquele extra de vontade, aquela fúria vencedora, aquela ânsia de tudo levar em frente característica de quem tem o brasão abençoado ao peito,

(eis aqui a tecla em que eu tenho batido, além de que, e, até porque, os clássicos com os rivais muitas vezes ganham-se ou perdem-se, por pequenos detalhes)

mas o que vi deixou-me descansado: não foi por falta de vontade e de atitude que perdemos.
Num plantel que foi sujeito a uma revolução – que quem sabe mais que eu, achou necessária –, com a entrada de dezassete novos jogadores, não se pode esperar que de repente os rapazes se transformem todos em Andrés ou Joões Pintos. As revoluções têm custos, mas, pelo que vi, o espírito está a crescer, e bem. Vi, no Estádio das Antas e do Dragão, três jogos em que o FC Porto perdeu por 0-2 contra o Benfica. Eram, respectivamente, treinadores do FC Porto, Artur Jorge, Co Adrianse e Lopetegui. Por outro lado, ninguém pode dizer que as equipas do português e do holandês não estivessem recheadas dos tais jogadores portadores da nossa mística e que os de domingo (passado) lhes tivessem ficado atrás nesse campo.
É preciso ter memória e não embarcar em discursos que, no fundo, têm o objectivo de minar o clube. A estratégia, aliás, é conhecida: quando a qualidade dos jogadores é pouca, aí ai que não há qualidade no plantel; quando os jogadores são novos mas bons aí ai que falta mística. Este filme já passou no Batalha.

(100% apoiado)


Maior preocupação

Precisamos dum líder dentro do campo. Um homem que saiba dar um grito na altura certa, que seja visto por todos como um carregador do estandarte e, também, que seja o intérprete fiel das ideias do treinador. Um homem desses fez muita falta no passado domingo e é fundamental para o resto da época. Sei que existe um no plantel, mas não sei se é o jogador que foi até há bem pouco tempo, se está em boas condições físicas ou se pode ser o tal intérprete das ideias de Lopetegui. Chama-se Helton.

(neste capítulo prefiro para a equipa um líder/capitão da equipa, que ocupe uma posição no meio campo, ou até no centro da defesa tipo Jorge Costa, de modo a estar mais próximo e poderem dialogar com os juízes do apito).

Opiniões


Ouvi o António Oliveira criticar violentamente, sendo até ofensivo, Lopetegui e dizer que se o Jorge Jesus treinasse a equipa portista o FC Porto já teria 10 ou 12 pontos de avanço sobre o segundo classificado. Apesar de terem sido feitas num tom próprio de líder duma claque de clube adversário, são opiniões. Eu também vivo de as dar, e jamais, por essa e por outras razões – tão óbvias que não necessitam de explicações –, me ocorreria recomendar moderação, respeito ou outra coisa qualquer a quem profissionalmente as exprime.
Eu, por exemplo, acho que quem afirmou aquilo que o ex-jogador e treinador do FC Porto e Sporting afirmou, após o jogo contra o Benfica, jamais poderá voltar a trabalhar no FC Porto e muito menos sonhar em ter qualquer tipo de cargo dirigente no clube. Mais, não sei quem é que António Oliveira pensa que representa quando diz que os adeptos do FC Porto ficaram indignados com o discurso do treinador portista. Por exemplo, o adepto que escreve este texto não admite que alguém, que nas alturas mais difíceis amesquinha os que representam o clube, ouse falar por ele. Os leões podem cair e levantar-se, os dragões seguem sempre firmes e não se agacham. Lá está, opiniões.

(Também neste capítulo estamos completamente de acordo com Pedro Marques Lopes. E também eu, sócio 3380 do FC Porto, reprovo veementemente a atitude de António Oliveira e não me recordo de ter passado procuração alguma a quem quer que seja para falarem por mim).

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