Não há dúvida que foi uma grande vitória contra um Braga matreiro, com atitudes teatrais de alguns dos seus jogadores na tentativa conseguida, em alguns casos, de amarelar os seus adversários, e, Jorge de Sousa com uma actuação muito desigual penalizando essencialmente os azuis e brancos, deixou-se ir na "onda" exibindo alguns cartões amarelos injustificáveis aos jogadores portistas, e, por outro lado, perdoou vários cartões aos bracarenses.
Enfim o costume: critérios rígidos para punir os Dragões e deveras permissivo, benevolente mesmo, não sancionando diversas faltas dos jogadores do Braga, ou quando marcou esqueceu-se de reprimir o jogo faltoso do adversário, ficando por exibir alguns cartões aos arsenalistas.
De destacar nos Dragões
Os centrais, principalmente o Marcano acompanhado de perto pelo Maicon.
Nas faixas laterais, melhor o Danilo do que o Alex Sandro (altos e baixos) que se deixou desarmar em vários lances, que não resultaram em golo para os minhotos, porque não calhou.
No meio campo, Casemiro lutador e quase 100% eficaz a destruir jogo. O Herrera como de costume, sempre muito lutador e a percorrer/encher o campo todo.
Evandro hoje não foi tão influente como oito dias antes, em que realizou uma boa exibição.
Na frente, os artistas do costume com especial relevo para Jackson enquanto jogou e Tello que marcou outro excelente golo pleno de oportunidade. Brahimi muito individualista, agarrou-se demasiado à bola, pelo que a sua exibição foi relativamente fraca.
Rúben Neves entrou para ajudar na defesa e desempenhou bem a sua missão.
Aboubakar, não há dúvida que é craque! Quando estiver melhor adaptado e entrosado vai ser uma dor de cabeça para os adversários, um excelente substituto de Jackson.
Quaresma entrou para atacar mas notou-se pouco.
Sporting de Braga 24.ª jornada FC Porto
73' Tello
Sexta-feira, 6 Março 2015 - 20:30 - Competição: Primeira Liga
Estádio: Municipal de Braga (TV: SportTV)
Assistência:
Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Assistentes: Álvaro Mesquita e Bruno Trindade
4º Árbitro: Manuel Oliveira
Braga: 92 Matheus, 15 Baiano, 33 Aderlan Santos (c), 6 André Pinto, 3 Tiago Gomes
19 Danilo (90+4'), 25 Pedro Tiba, 14 Rúben Micael (60'), 23 Pedro Santos
20 Zé Luís , 18 Rafa
Suplentes: 1 Kritciuk, 2 Sasso, 7 Salvador Agra, (67' Rafa), 17 Éder, (59' Zé Luís)
30 Alan, 63 Mauro, 90 Pardo, (75' Pedro Santos)
Treinador: Sérgio Conceição
FC Porto: 12 Fabiano (89'), 2 Danilo (38'), 4 Maicon, 5 Marcano, 26 Alex Sandro (61')
6 Casemiro, 16 Herrera, 15 Evandro, 11 Tello, 9 Jackson Martínez (c), 8 Brahimi
Suplentes: 1 Helton, 3 Martins Indi, 7 Quaresma , (61' Evandro), 10 Quintero
17 Hernâni, 36 Rúben Neves, (78' Brahimi), 99 Aboubakar, (65' Jackson Martínez)
Treinador: Julen Lopetegui
Golo de Tello permitiu ao FC Porto vencer em Braga por 1-0 e somar o sexto triunfo consecutivo
O sexto golo na Liga portuguesa de Tello, permitiu ao FC Porto bater o Sporting de Braga (1-0) e colocar-se, pelo menos provisoriamente, a um ponto do líder Benfica. Tratou-se do sexto triunfo consecutivo dos Dragões na prova, sempre sem sofrer golos (já lá vão 598 minutos nesse registo), num encontro em que foi preciso resistir, entre outras contrariedades, à lesão do goleador Jackson Martínez. Desde o final da época 2012/13 que os azuis e brancos não tinham uma sequência tão positiva na Liga e nunca o FC Porto tinha vencido por cinco épocas consecutivas no terreno bracarense.
Ambos os treinadores repetiram os onzes da última jornada da Liga e, também como o previsto, os primeiros minutos foram equilibrados, tensos e muito tácticos. A equipa da casa apostava claramente nas transições, enquanto o FC Porto, respeitando o seu estilo, privilegiava a posse de bola; como elemento em comum, ambas as formações tinham a pressão intensa sobre o adversário em busca da bola. Trocado por miúdos: os minhotos apostavam no erro do rival, os Dragões na inspiração e capacidade técnica dos seus jogadores.
Neste duelo entre filosofias distintas, começou melhor o Sporting de Braga e, aos seis minutos, Zé Luís rematou ao lado, na sequência de um livre lateral. Seria porém o único remate minhoto na primeira parte, porque aos poucos, os azuis e brancos foram crescendo e o adversário recuando no terreno. Tello teve por três vezes o golo nos pés: aos 20 e aos 45 minutos em cruzamentos-remate (o primeiro desviado pelo guardião Matheus, o segundo saiu ao lado da baliza da casa) e, já nos descontos, num remate em posição privilegiada, após lance colectivo, que saiu por cima. Ao intervalo, o FC Porto tinha 22 ataques (13 do adversário), sete remates e 71 por cento de posse de bola.
Após o descanso, que demorou 20 (!) minutos, por demora dos bracarenses, o FC Porto não adormeceu e, após a marcação rápida de um livre, Aderlan Santos quase desviava para a sua própria baliza, aos 47 minutos. O meio-campo bracarense estava para alugar, mas as trincheiras defensivas resistiam. Entretanto, Evandro cedeu o lugar a Quaresma (Brahimi passou para o apoio ao ponta de lança) e depois Jackson lesionou-se sozinho, num pique, tendo de ser substituído por Aboubakar. Porém, o camaronês acabou por ser providencial e, num dos primeiros toques na bola, lançou a corrida de Tello, que se desmarcou e finalizou com classe, aos 73 minutos, tal como frente ao Sporting.O Sporting de Braga lembrou-se então que o jogo tem duas balizas e procurou a todo o custo, com um jogo físico e bolas bombeadas, chegar ao empate. Os Dragões resistiram e para isso muito contribuiu o equilíbrio trazido pela entrada do médio Rúben Neves. No arranque da partida, estas eram as duas equipas com mais pontos conquistados na segunda volta, sendo que os bracarenses apenas tinham uma derrota em casa em toda a competição e vinham igualmente de cinco vitórias seguidas. Agora, o FC Porto é a melhor equipa da
segunda volta, o que quer dizer que não há descanso na perseguição do primeiro lugar.
Lopetegui: “A equipa está de parabéns”
Lopetegui destacou a boa exibição da equipa e a justiça da vitória em Braga (1-0)
Um jogo com um grau de dificuldade máxima, como previu Julen Lopetegui na antevisão, exigia o máximo do FC Porto para sair do Minho com os três pontos. O recado estava dado e o objectivo foi cumprido no campo. Para o técnico espanhol, os Dragões foram superiores ao Sporting de Braga durante quase toda a partida e foram, por isso, merecedores dos três pontos.
“Foi uma vitória absolutamente merecida pelo futebol que jogámos, pelas ocasiões que criámos frente a uma boa equipa, que teve apenas uma oportunidade de golo, logo no início do jogo. O Braga praticamente não atacou, creio que só rematou duas vezes e nós 16. Isso é mérito dos jogadores, do trabalho defensivo e ofensivo que fizeram e que foi capaz de neutralizar o adversário”, salientou o treinador portista, no final do encontro.
Julen Lopetegui, admitiu que esperava “um Braga um pouco mais ambicioso”, mas o que encontrou foi um adversário que “só quis defender e contra-atacar”, mas que esbarrou na solidez defensiva dos portistas. “Não cometemos erros. Estivemos bem defensivamente, concentrados. Tivemos ocasiões muito claras para marcar na primeira parte. Não há nenhuma dúvida em relação ao mérito do FC Porto. A equipa está de parabéns, foi merecedora dos três pontos, inclusive sem necessidade de sofrer tanto” finalizou.
Com esta vitória, os azuis e brancos alargaram para seis o número de jogos consecutivos a ganhar no campeonato. É o melhor FC Porto da época? “É um bom FC Porto, que está a trabalhar constantemente para melhorar, para crescer, atacando e defendendo melhor”, respondeu Lopetegui na conferência de imprensa, em que estiveram presentes o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, assim como Antero Henrique, CEO da FC Porto Desporto.
A lesão de Jackson Martínez foi a “única notícia triste” da noite no Minho, admitiu o treinador espanhol: “Suspeita-se de uma lesão muscular, ainda não sei a dimensão, mas conheço o Jackson e se ele sai do campo é porque se passa alguma coisa. É um exemplo para todos. Vamos ver o que tem e tentar contar com ele o quanto antes, porque é um jogador importante não só pelos golos que marca, mas por muitas outras coisas que nos dá".
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