Os árbitros descobriram que podem impunemente expulsar os jovens futebolistas azuis e brancos!
De volta ao Estádio de Pedroso após uma jornada no Olival e outra em
Vizela, os jovens Dragões voltaram a perder mas diga-se em abono da verdade,
com dedo de João Bento o árbitro do jogo.
É verdade que a Oliveirense mostrou-se extremamente eficaz na concretização,
mas beneficiou da expulsão incompreensível de Bernardo Folha mais facilmente gerir
a vantagem alcançada momentos antes.
O desempenho de João Bento da AF Santarem
João Bento é um juiz do apito inexperiente e a agravar mais a situação
logo de início revelou nas suas decisões que na dúvida decidiria sempre contra
o FC Porto.
Como exemplo temos um dos lances que provocou incredibilidade, já dentro da
área da Oliveirense, em que Gonçalo Borges é derrubado e João Bento porém considerou
não existir infracção.
Com a Oliveirense a ganhar, para tentar contrapor, Folha apostou as fichas
todas e lançou o avançado Igor Cássio para a vaga do central Pedro Justiniano. Aos
77’ num lance que mancha inegavelmente o desfecho do jogo, João Bento possivelmente
sensibilizado com o teatro do jogador Oliveirense, mostra o cartão vermelho directo
ao recém-entrado Bernardo Folha na sequência duma disputa de bola pelo solo
perfeitamente normal, deixando toda a gente incrédula com a decisão. Este lance
influencia decisivamente o resultado do jogo.
Mesmo em inferioridade numérica nos derradeiros treze minutos do tempo
regulamentar, a equipa B do FC Porto ainda tentou mais com o coração do que com
a cabeça, a igualdade sem conseguir, pelo que o jogo terminou com a vitória da
Oliveirense.
Declarações de António Folha no final do jogo
“Isto não é fácil, os treinadores terem de vir aqui sempre e tanta gente por aí
escondida. Mas pronto, é a vida. Somos nós que temos de vir aqui, somos nós que
perdemos e são os jogadores que estão frustrados. Hoje é difícil falar.
Avaliando o jogo, que é o que mais importa, acho que foi uma entrada muito boa
do FC Porto. Com muita personalidade, a entender bem que tínhamos de entrar
forte e manter as dinâmicas que trabalhámos durante a semana para levar o jogo
de acordo com o que queríamos. E assim foi, conseguimos marcar um golo,
podíamos ter feito outro, mas não conseguimos. Na primeira vez em que o
adversário foi à nossa baliza fez um golo e foi feliz. Mas é o futebol, temos
de reagir. Senti que a equipa ficou um pouco intranquila. Na segunda parte
tentámos ajustar, puxar para cima e as coisas foram de encontro ao que
pretendíamos, à procura do golo, a tentar controlar o jogo interior para
chegarmos a zonas de finalização para poder fazer o golo. Até determinada
altura conseguimos, depois não conseguimos. Depois foi muito mais difícil, com
menos um jogador é muito difícil. O ânimo destes miúdos fica baixo, tentámos
reagir, até mais com o coração do que com a cabeça. Nesta idade, muitas das
vezes, é assim. Fomos sempre à procura daquilo que é a nossa mentalidade: lutar
até ao fim com todas as armas dentro destas quatro linhas e com os jogadores lá
dentro para podermos, pelo menos, empatar o jogo. Estamos tristes, muito
frustrados, mas depois de amanhã começamos outra vez a trabalhar com muito
profissionalismo, que é apanágio dentro desta casa. Com muito profissionalismo,
muita ambição e muita paixão. E vamos continuar! Os jogadores têm memória,
sabem muito bem o que tem acontecido. Com menos um jogador em campo as coisas
tornam-se muito mais difíceis. A equipa é jovem, tem memória do que tem
acontecido e fica intranquila, a duvidar, a não ter confiança e a não acreditar
nisto. Estamos a trabalhar com jovens, ter que os fazer crescer para as
seleções, para os clubes, para todo o lado, dentro de um contexto destes é
extremamente difícil. Queremos qualidade no futebol português, tudo do melhor.
Mas começa a ser difícil. Temos que trabalhar muito, por todos os aspetos. Os
jogadores têm que continuar a dar tudo para poderem inverter esta situação,
porque não estamos habituados. Mas vamos lutar muito, com todas as forças, para
dar a volta a esta situação. Com a consciência de que, se calhar, é uma posição
que não é condizente com o que estes jogadores têm feito em campo”.
Árbitro: João Bento
Assistentes: Pedro
Felisberto e Nélson Pereira
Quarto árbitro: Carlos Covão
FC PORTO B: Cláudio Ramos; Rodrigo Conceição, Pedro Justiniano (cap.),
João Marcelo, Diogo Bessa, Mor Ndiaye, Rodrigo Valente, Romário Baró, Johan
Gómez, Gonçalo Borges e Toni Martínez
Substituições: Johan Gómez por Tiago Matos (61m), Rodrigo Valente por
Rodrigo Pinheiro (68m), Gonçalo Borges por Bernardo Folha (68m) e Pedro
Justiniano por Igor Cássio (75m)
Não utilizados: Ricardo Silva, David Vinhas, Carlos Gabriel, Diogo
Ressurreição e Kelvin Boateng
Treinador: António Folha
OLIVEIRENSE: Arthur; Steven Pereira, Filipe Gonçalves, Machado, Leandro,
Kenidy, Oliveira (cap.), Ono, Leo Bahia, Jorge Teixeira e Bortoluzo
Substituições: Ono por Lima (66m), Oliveira por Thalis (66m), Jorge
Teixeira por Michel (84m) e Bortoluzo por Luisinho (84m)
Não utilizados: Coelho, Pedro Kadri, António Gomes e Luiz Henrique
Treinador: Raúl Oliveira
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Toni Martínez (5m), Machado (31m) e Bortoluzo (73m)
Disciplina: cartão amarelo a Gonçalo Borges (61m), Steven Pereira (80m)
e Luisinho (90m); cartão vermelho directo a Bernardo Folha (77m)
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