Isto sim é que é ladroeira!
É de arrepiar os cabelos o jogo de ontem à noite no Jamor contra a equipa que, agora representa o Belenenses que Deus levou.
É um arsenal, uma sarrabulhada e um dia de Juízo! Isto sim que é gatunagem! Um encontro tenebroso e medonho, que podia ter sido trágico e horrível! Uma dança macabra! Um tripúdio infernal!
Não falo dos lances, do lance que quase matava o nosso jogador Nanu.
Um lance de bola corrida, que os três intervenientes - Nanu, o guarda-redes e o defesa belenense – disputaram com intensidade e ardor. Nanu foi atingido pelo punho do guarda-redes, como as fotos claramente revelam. Nada de extraordinário, até aqui: lances parecidos acontecem com frequência ao longo de uma partida de futebol. As avaliações feitas pelos árbitros é que diferem. Os critérios é que não são uniformes. Nem, consequentemente, as sanções.
Nanu foi conduzido ao hospital, houve, nas nossas hostes choro e ranger de dentes e Sérgio Conceição, desassombrado e sem papas na língua afirmou, em voz alta o que todos vimos:
“Fomos roubados”!
E este roubo – mais um – teve, logo a seguir nas televisões vários cúmplices, com tentativas de branqueamento, verdadeiramente intoleráveis!
As imagens são completamente esclarecedoras. Foi “punho com cabeça” e não “cabeça com cabeça”. O punho do guarda-redes. A cabeça de Nanu. E as imagens passavam, repetidamente. E a conclusão era evidente. E a certeza do que se passou era clara, inequívoca, cristalina. E a grande penalidade era mais que justa.
Pois aqueles morcões com pálas – há muito disto nas televisões, meus senhores – suinamente satisfeitos com o tamanho da pia que os seus amos lhes vêm enchendo, grunhiam que não havia falta, que a decisão de nada marcar, de nada assinalar fora correta e adequada.
Santa ingenuidade a nossa pensarmos que aqueles cretinos graduados em “comentadores” se compadecem de meras evidências. Claro que a culpa é do Nanu por levar a cabeça para um jogo de futebol! A cabeça deixa-se em casa!
Por que não terá Nanu deixado a cabeça em casa? Ou no balneário?
Até um antigo árbitro que por ali tem banca montada zurrava que aquele árbitro é sério e incapaz de cometer deslizes daqueles!
Temos dois inimigos: a arbitragem e a imprensa!
Se já nos é difícil livrarmo-nos do gamanço da arbitragem e seus cúmplices, mais difícil é libertarmo-nos da perfídia, deslealdade, farsa, fraude, falsificação, engano, embuste burla, calúnia, difamação e enredo montados pela comunicação social!
Por Heitor Ramos
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