segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

O futebol português está inquinado

O futebol português, quando o FC Porto está em campo, parece ter-se transformado num mero exercício de “caça ao Corona”, e o jogo de ontem não foi exceção. Desta vez, porém, com a suprema ironia de o saco de pancada em que se tornou o extremo mexicano ter acabado expulso por acumulação injusta de amarelos – viu o primeiro na sequência de um lance em que foi calcado, e já depois de duas faltas duras de jogadores do Braga que não foram sancionados. Talvez seja um novo princípio: sobre Corona pode-se tudo; Corona não pode nada. E foi expulso por nada.

Na verdade, Tecatito não foi o único jogador do FC Porto penalizado pelo critério disciplinar de Artur Soares Dias. É certo que foi o caso mais flagrante – ao ponto de ter sido expulso depois de um primeiro amarelo que Vítor Bruno descreveu como “um atentado ao futebol”, e de mais uma vez não ter visto sancionadas todas as faltas duras que sofreu –, mas também sobre Marega parece valer tudo.

A história do jogo acabou, assim, por muito condicionada por estes acontecimentos. Enquanto jogou com 11, o FC Porto foi sempre superior e construiu uma vantagem por 2-0, com golos de Sérgio Oliveira e de Taremi, o segundo na sequência de uma arrancada brilhante de Corona pelo lado esquerdo. Depois de ter reduzido a três minutos dos 90, foi já na compensação, beneficiando da vantagem numérica, que o Braga chegou ao empate.

Uma vez que Sérgio Conceição também foi expulso por acumulação de amarelos, foi Vítor Bruno quem se pronunciou na flash interview sobre um jogo “demasiado frustrante” e quem denunciou o caráter “criminoso” daquilo que “fazem ao Corona semanalmente”. Apesar das contrariedades, o treinador-adjunto garante que “a equipa nunca desarma”, em linha com o que já antes tinha dito Manafá: “Vamos à luta”.




























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