Dum modo geral gostei da actuação de toda a equipa dos dragões, porem quero destacar pela negativa a actuação algo individualista do Varela e de realçar a actuação positiva, mais para a equipa, do James Rodriguez. Também gostei do desempenho do Fucile mais eficaz a atacar que o Sapunaru. Quanto ao Fernando continua a ser um especialista no desarme notando-se porem alguma atrapalhação na hora de se desfazer da bola, principalmente se pressionado pelos adversários! Hulk quando resolve jogar para a equipa é muito mais produtivo. O Falcao parece estar a caminhar a passos largos para a forma ideal.
Outro aspecto que me chamou a atenção foi a actuação do juiz do apito João Capela devido aos critérios disciplinares que adoptou para julgar as faltas dos elementos das duas equipas em confronto. Por mais que queira evitar, não posso deixar de verberar esses critérios deste árbitro: bastante permissivo para com os jogadores do Olhanense e extremamente rigoroso até muito injusto o cartão amarelo exibido ao Hulk! É que com actuações destas fica-se com a sensação que os jogadores azuis e brancos não podem sequer exercer a carga legal de ombro sobre os adversários porque são imediatamente admoestados com a respectiva cartolina amarela.
Em contra partida quem assistir aos jogos em que intervém a equipa benfiquista constata que os encarnados são nitidamente protegidos pelos árbitros. Muito benevolentes (permissivos) com as faltas cometidas pelos encarnados sobre os contrários e deveras severos admoestando qualquer entrada mais dura, por mínima que seja dos adversários, sobre os jogadores do clube da águia (ninguém pode tocar nas meninas porque elas são muito sensíveis e doridas).
26 de Fevereiro de 2011 - Estádio José Arcanjo, em Olhão
Árbitro: João Capela (AF Lisboa)
Assistentes: Tiago Rocha e Paulo Soares
Quarto árbitro: Eugénio Arêz
OLHANENSE: Ricardo Baptista; Suárez, Maurício, André Micael e Carlos Fernandes; Fernando Alexandre, Nuno Piloto e Ismaily; Jorge Gonçalves, Djalmir «cap.» e Paulo Sérgio
Substituições: Ismaily por Lulinha (69m), Djalmir por Yontcha (81m) e Jorge Gonçalves por Adilson (88m)
Não utilizados: Bruno Veríssimo, Cadu, Rui Duarte e Tiero
Treinador: Daúto Faquirá
FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Hulk, Falcao e Varela
Substituições: Varela por James (46m), Sapunaru por Fucile (46m) e Belluschi por Rúben Micael (76m)
Não utilizados: Beto, Maicon, Guarín e Mariano
Treinador: André Villas-Boas
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Belluschi (68m) e Falcao (70m e 92m)
Disciplina: cartão amarelo para Fernando Alexandre (35m), Hulk (63m), Maurício (79m) e Ruben Micael (91m)
O FC Porto um a um - James criou até os louros de Falcao - ANTÓNIO M. SOARES n’OJOGO
Helton 6 - Leu bem o jogo, como aos 35', em que surge fora dos postes para pôr cobro ao perigo, ou quando jogou na antecipação a um lance venenoso do Olhanense (55'). Na única defesa digna desse nome (50') voltou a estar à altura.
Sapunaru 5 - Atravessa talvez o seu período menos bom. É verdade que procurou integrar-se no ataque, mas sem ser aquele jogar incisivo. A defender passou por alguns sobressaltos com Ismaily. Saiu ao intervalo.
Rolando 6 - Está a afirmar-se como um dos melhores centrais do campeonato e ontem voltou a exibir-se a esse nível. De cabeça deve ter ganho todos os lances ao seu alcance. O único lance que não conseguiu desfazer surgiu num contra-ataque de Yontcha (82').
Otamendi 6 - Complementa Rolando da melhor maneira, varrendo a bola (20') e estancando o perigo no meio-campo. Os avançados do Olhanense não vão guardar boas recordações dele, porque nem Ismaily (30'), nem Djalmir (50') souberam como o ultrapassar. Único reparo esteve na entrega da bola.
Álvaro Pereira 6 - Nota-se o peso dele no ataque, pelos cruzamentos que tira, a superioridade que cria e pela pressão que coloca em toda essa faixa, ora funcionando como apoio do extremo, ora abrindo mais o jogo ofensivo junto à linha. A defender não só cumpre, como ainda dobra os centrais.
Fernando 6 - Grande parte da "pedra que se partiu" no meio-campo teve a sua influência, destruindo, pressionando, cortando, como aos 25', num lance em que o FC Porto foi apanhado em contrapé. Está a subir de rendimento.
Belluschi 7 - Um golo espectacular que desatou o nó do jogo e coroou mais uma bela exibição deste verdadeiro "rato atómico", tal a energia que coloca em campo. Cobrou alguns livres (34' e 39') de forma venenosa e voltou a destacar-se pela sua capacidade de passe.
João Moutinho 5 - Lutou muito, correu, cobriu a sua zona no relvado e acorreu a algumas situações, mas não é aquele João Moutinho a que nos habituou. Melhorou na segunda parte.
Hulk 6 - Tinha prometido regressar aos golos, mas não cumpriu. Apesar de tudo, começou bem, com um míssil (9') que ainda deve ter tirado tinta na trave. Entrou na área (11') em tabela com Sapunaru e obrigou Batista a defender para canto. Criou muito perigo num livre (36') cobrado com veneno e podia ter marcado (38'), não lhe tivesse saído a recarga ao "boneco".
Varela 5 - Não estava a jogar mal, mas aquele modelo táctico estava aparentemente dominado pelo Olhanense. Saiu ao intervalo, não sem que tivesse procurado cumprir as suas funções a cruzar ou a procurar os apoios necessários para progredir com perigo.
James 8 - Foi a solução para os problemas do FC Porto, com intervenções decisivas nos lances de golo. Não entrou directamente para a esquerda, colocando-se na posição 10, para servir como elo de ligação com o ataque. Não só trouxe outro esclarecimento numa zona nevrálgica, como mostrou inteligência na sua colocação e pés para meter a bola no jogador certo.
Fucile 5 - Entrou ao intervalo para o lugar de Sapunaru e veio dar outra consistência defensiva. Não se aventurou muito na frente, porque tinha ordens para se manter lá atrás e cumpriu
Rúben Micael 5 - Entrou para pressionar o Olhanense no meio-campo e travar a construção de jogo. Mas ainda teve duas oportunidades para rematar à baliza aos 84' e 89', sem sucesso.
PS - Mais uma vez JJ envolvido em confusão na Luz
Pouco depois, apito final. Com tempo ainda para a expulsão de Robson por problemas quando o árbitro apitou para o fim do jogo. Nota também para Jorge Jesus, que voltou a estar envolvido em troca de “mimos” com os adversários.
Pedro Martins - Treinador do Marítimo: “Há árbitros que não têm estofo para este tipo de pressões”.
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