quarta-feira, 24 de agosto de 2011

La Masia Centro de Formação de jogadores do Barça!


Em termos teóricos, La Masia é a residência onde ficam instalados os jogadores mais novos do clube que vêm de fora de Barcelona. Na prática, é muito mais do que isso; é lá que são ensinados os valores instituídos no Barcelona, não só culturais - o "amor" à Catalunha é um dos mais relevantes - como desportivos, com aquela forma de jogar única que caracteriza a equipa principal. No início de Agosto, La Masia - expressão que se utiliza quando se fala de uma casa típica da Catalunha - mudou-se de uma antiga residência perto do Camp Nou para o centro desportivo do clube, situado na periferia da cidade, agora com condições de topo, como se confirma pelas fotos aqui reveladas.
O novo La Masia tem uma parede para inscrever os nomes de todos os jogadores que passaram pela casa do Barcelona. Em destaque, por ter sido um dos primeiros, está Guardiola, que sabe melhor do que ninguém as qualidades do centro de formação do Barcelona. "Os jogadores que passam por La Masia têm algo de diferente de todos os outros", afirmou o actual treinador do Barça. O dia-a-dia dos miúdos que por lá vivem é que continua igual; acordam por volta das 7h00, tomam o pequeno-almoço e seguem para a escola, de onde regressam para almoçar. A meio da tarde realizam os treinos, antes de jantarem e recolherem aos quartos, às 22h00.
Ruben Bonastre explicou que a forma de trabalhar no Barcelona é "semelhante em todos os escalões de formação" e que todas as equipas "jogam segundo os mesmos conceitos de jogo", ou seja, sempre com a bola no pé e num estilo capaz de privilegiar a posse. "Eles são educados desde pequenos para jogar dessa forma. Foi assim com Iniesta, Xavi ou com Messi, como também já tinha sido, num passado mais distante, com Guardiola, só para dar alguns exemplos. O nosso trabalho passa por preparar os jogadores para a eventualidade de terem uma oportunidade na equipa principal. E, felizmente, elas têm aparecido nos últimos anos", contou.
E Guardiola? "Bem, voltando ao treinador, a diferença dele para os outros é que antes de pensar em contratar fora olha sempre para o que tem cá dentro. E isso é uma grande motivação para estes miúdos trabalharem ainda mais", explicou.
"Aqui procuramos algo de especial. Nunca vamos contratar um jogador por causa das suas condições físicas. Por exemplo, não temos estabelecido que têm de ter uma determinada altura ou peso, até porque, se assim, fosse nunca teríamos encontrado um Messi, um Iniesta ou um Xavi. Nesta matéria, rompemos com o tradicional, porque só procuramos aqueles meninos que consigam apresentar algo de especial... Muitas vezes é até difícil de explicar, porque quem os observa tem de sentir que há ali qualquer coisa de diferente, algumas vezes sem se saber muito bem o quê", explicou Ruben Bonastre. Depois, bem, o que se segue já é mais ou menos conhecido. "A partir do momento que aqui chegam, começam a ser trabalhados segundo os princípios de jogo da equipa. Se virem um jogo dos infantis, percebem logo que os meninos tentam sair a jogar com a bola nos pés e que evitam os chutos para a frente. E isto porque são educados desportivamente para se comportarem assim em campo." E assim resiste o tiki-taka...

1 comentário:

Dragaoatento disse...

Só aqui para nós que ninguém nos ouve!
Já sei que não publicas e não precisas, mas dou na mesma:

Muito bom o texto do post!

Outro assunto: Oxalá aconteça um super-FC Porto inspiradíssimo frente ao Barça.
E faço votos para que o discurso optimista do Vítor Pereira esteja alicerçado em algo de muito consistente.