Este, um jogo que quase foi estragado pela ação do árbitro Jorge Tavares de Aveiro que conseguiu descortinar uma falta do Fabiano passível de cartão vermelho e não conseguiu ver (porque não quis) um pontapé na cara de Quaresma, por um defesa do Arouca, uma grande penalidade que ficou por marcar...!
Parabéns à equipa do FC Porto
De exaltar todo o esforço produzido pela equipa portista que jogou 80 minutos com 10 elementos depois duma jornada europeia muito exigente.
Individualmente, é de aplaudir o regresso do Helton que teve algumas intervenções de alto nível.
FC Porto 25.ª jornada FC Arouca
Estádio: Dragão, Porto (TV: SportTV) - Assistência:34.199 espectadores
Árbitro: Jorge Tavares (Aveiro)
Assistentes: Pedro Miguel Ribeiro e Luís Cabral
4º Árbitro: João Pinheiro
FC Porto: 12 Fabiano (11'), 21 Ricardo, 3 Martins Indi, 5 Marcano, 26 Alex Sandro
6 Casemiro, 16 Herrera, 30 Óliver Torres, 8 Brahimi, 99 Aboubakar , 7 Quaresma (c)
Suplentes: 1 Helton, (13' Ricardo), 13 Reyes, 36 Rúben Neves, (56' Óliver Torres)
15 Evandro, 10 Quintero, 17 Hernâni, 11 Tello, (76' Quaresma)
Treinador: Julen Lopetegui
FC Arouca: 1 Goicoechea, 16 Dabó, 4 Miguel Oliveira (c) (73'), 14 Diego Gallo,
2 Ivan Balliu (69'), 66 Nuno Coelho, 35 Rui Sampaio, 6 David Simão, 45 Iuri Medeiros,
71 Roberto, 8 André Claro
Suplentes: 13 Rui Sacramento, 7 Artur , (75' Miguel Oliveira), 9 Bruno Amaro, 10 Pintassilgo
(86' Dabó), 11 Colitto, 25 Fokobo, 91 Vuletich, (64' André Claro)
Treinador: Pedro Emanuel
Análise ao jogo
O FC Porto recebeu e venceu este domingo o Arouca (1-0), no Estádio do Dragão, em jogo a contar para a 25.ª jornada da Liga. Com um golo solitário de Aboubakar (32m), os azuis e brancos somaram o sétimo triunfo consecutivo na prova e voltaram a reduzir para quatro pontos a distância relativamente ao primeiro lugar.
Com Ricardo no lugar de Danilo, Quaresma em vez de Tello e Óliver Torres de volta às escolhas iniciais, o FC Porto não teve um início de jogo nada fácil. À passagem dos 11 minutos, Fabiano viu o cartão vermelho directo por derrubar André Claro quando este seguia em posição privilegiada,
mas Ricardo também estava no lance e até acabou por ficar na posse da bola, ficando a ideia de que a decisão de Jorge Tavares foi um tanto ao quanto exagerada.
Indiferentes à infelicidade e já com Helton em campo, um dia antes de se cumprir um ano exacto após a última vez que actuou em jogos do campeonato, os Dragões não perderam o controlo emocional e foram pacientes na busca do golo.
Aos 23 minutos, Óliver Torres ficou perto de fazer o primeiro da noite após passe de Quaresma,
que pouco depois sofreu falta passível de grande penalidade não assinalada pelo árbitro de Aveiro (26m).
Resistente e persistente, o FC Porto chegou finalmente ao golo por intermédio de Aboubakar, que deu o melhor seguimento a um cruzamento milimétrico de Quaresma com um cabeceamento oportuno ao segundo poste (32m).
Perante um Arouca que, mesmo em superioridade numérica, pouco ou nada incomodou Helton, foi com naturalidade que o jogo chegou ao intervalo com os azuis e brancos em vantagem.
A etapa complementar foi parca em oportunidades de golo e mostrou um Arouca mais atrevido, mas a defensiva portista conseguiu quase sempre travar com tranquilidade as investidas do colectivo comandado por Pedro Emanuel. Com Quaresma no epicentro das jogadas de maior perigo do FC Porto (55m e 74m), os Dragões não desarmaram na procura do segundo golo, ainda que o facto de estarem a actuar com menos um jogador não tenha permitido o habitual fluxo ofensivo. Com uma exibição de fibra e muita transpiração, o FC Porto assegurou um triunfo de importância ainda maior face às contrariedades às quais teve de resistir. Sétima vitória consecutiva na Liga com a baliza fechada a sete chaves e a liderança novamente à distância de quatro pontos. Missão cumprida, portanto.
Lopetegui: “Vamos continuar a lutar até ao fim”
“Estou muito satisfeito com a equipa pelo esforço realizado"
Lopetegui não podia começar se não por “dar os parabéns à equipa pelo grandíssimo esforço que fez, pela personalidade, pelo carácter e pela ambição que mostrou”. “Foi um jogo complicado, em que nos vimos muito cedo em desvantagem numérica, depois de uma jornada europeia fisicamente dura, o que obrigou a um esforço extraordinário por parte dos jogadores, que responderam de uma forma fantástica. Arriscámos, jogámos com três defesas e conseguimos marcar um golo, mas podíamos ter marcado mais e ter ganho outra tranquilidade no jogo”, sublinhou o treinador espanhol, em declarações no final do jogo.Com a expulsão de Fabiano, Lopetegui subtraiu Ricardo à defesa para fazer entrar Helton. Uma opção arriscada, admitiu o técnico, mas que tinha que ser tomada, porque só a vitória interessava: “São decisões que temos que tomar em poucos segundos. Temos que assumir riscos, às vezes, e tivemos que tomar essa opção, porque não queríamos perder força no meio-campo nem no ataque. Mostrámos que queríamos ganhar o jogo e ganhamo-lo justamente”.
A vitória podia, no entanto, ter sido mais robusta, salientou Lopetegui, se “as oportunidades claras” de que a equipa dispôs tivessem sido transformadas em golo” e “se houvesse mais acerto nas decisões” da equipa de arbitragem liderada por Jorge Tavares.
“No lance da expulsão do Fabiano, o Ricardo chegava perfeitamente à bola, depois houve um penálti claro sobre o Quaresma que não foi marcado – creio que em Portugal um pontapé na cara dentro da área ainda é falta, e na segunda parte ainda há um fora-de-jogo assinalado ao Brahimi quando se encontrava em boa posição para marcar. Mas temos que continuar a lutar contra todas as dificuldades, até porque não é a primeira vez que as temos”, lembrou o técnico basco.
O mais importante, realçou, foram os três pontos “cada vez mais caros”, numa altura em que o campeonato entra no último e decisivo terço. “Estamos na recta final, sabemos perfeitamente da importância de cada jogo e vamos continuar a lutar, com a mesma personalidade, o mesmo carácter, tentando ganhar cada jogo. O que pode ser decisivo? Não sei, talvez ter mais sorte com as decisões do árbitro. São muitas!
Estamos numa fase da temporada em que é normal que se cometam erros, mas sempre contra nós não é normal.
Quem apita, tem que fazer justiça e nós não a temos tido. Mas vamos continuar a lutar até ao fim”, assegurou Lopetegui.
1 comentário:
Viva Miguel,
Mais não seria exigível. Acho que a equipa portista se exibiu bem dentro dos condicionalismos provocados pela conjuntura (jogos exigentes e árbitro). De notar que a expulsão exagerada (Lopetegui) do Fabiano teve o condão de enervar a equipa.
Estou mais de acordo com o Lopetegui quando elogia o fantástico esforço realizado pela equipa do FC Porto, ainda por cima, depois de ter disputado um jogo muito exigente na Champions.
Relativamente aos comentários dos "labregos" vermelhos, há que situá-los na esfera do fanatismo vermelho.
Abr@ço,
A.M.
PS - Olá Jorge Vassalo, o dragaoatento tem sentido a falta dos teus preciosos comentários
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