segunda-feira, 2 de junho de 2008

Apito Final (vermelho)


Informação "tendenciosa"
O FC Porto queixa-se de que a Federação Portuguesa de Futebol informou de forma tendenciosa a UEFA no caso Apito Final. O documento, enviado no dia 15 de Maio, foi assinado por João Leal, director do departamento jurídico da FPF. O ponto que está a originar a discórdia é este: o documento refere que "ficou provado que o FC Porto cometeu a infracção disciplinar muito grave de corrupção da equipa de arbitragem", só se lendo mais à frente que tal aconteceu "na forma tentada".
Para além deste ponto, as queixas portistas assentam também na ausência de comunicação entre a FPF e o clube relativamente ao documento de João Leal, e na omissão de que se o recurso de Pinto da Costa tiver sucesso, o Conselho de Justiça da FPF reverterá a decisão da Comissão Disciplinar da Liga.


Caros consócios, dirigentes e portistas em geral,

1- A comunicação social desportiva, os comentadores desportivos dos vários programas que passam semanalmente nos vários canais de televisão, costumam acusar a UEFA de ter uma forma prepotente ao tratar variados assuntos relativos a clubes e associações seus filiados.
Para condenar o FC Porto já não o são, já são uns gajos porreiros. Pudera, o FC Porto vem sempre a ganhar, papa tudo e não deixa nada para os outros coitados e invejosos da capital. A prepotência, neste caso, até que dava um jeitão a eles, os tais queixinhas...


2- A UEFA não aceita de bom grado que os clubes e outros agentes desportivos recorram a tribunais comuns para resolver casos, só aceitam que os mesmos sejam tratados pela justiça desportiva.
A liga portuguesa do futebol profissional condenou clubes e dirigentes no caso "Apito Final" sem que tenha, ela liga, desencadeado o processo do ponto de vista desportivo, foi a reboque da justiça comum e recorreu aos tribunais civis para se servir das famigeradas certidões que lhes interessaram para produzir as condenações. Como se sabe, não existe um tribunal desportivo em Portugal mas estando o FC Porto envolvido já está tudo bem, tudo pode ser feito porque já é legal e transparente. Assim, as condenações foram produzidas pela tal comissão disciplinar (sabe-se lá como?) mas de forma um tanto ou quanto unilateral ou seja, duma forma em que se pode deduzir que imperou a arbitrariedade de algumas pessoas que, devido a pressões de alguma gente bem conhecida na nossa praça, tinham que apresentar serviço. Que grande espectáculo montaram para se auto-elogiarem de paladinos da verdade e da transparência, nada vai ser como dantes... como se nós portistas fossemos alguns ingénuos, tanta arrogância quando bem se sabe qual a côr dos óculos com que esses doutos senhores vêem as coisas.

3- Sob a batuta dos maestros que pelos vistos abundam lá para os lados da Luz, na capital do império, apareceram as queixinhas. Como não têm competência, categoria ou qualquer tipo de mérito desportivo (já o tiveram num passado longínquo e muito obscuro...) procuram obter favores à custa do mérito dos outros ou, se quiserem, esperam que lhes seja feito o frete de os meter na "Champions". Tiveram o desplante de exigir à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que enviasse todos os relatórios para a UEFA acerca da condenação do FC Porto. É sabido que a FPF tinha que dar, naturalmente, conhecimento dos factos do "Apito Final" mas como houve toda esta pressão do Benfica, espero que a nossa FPF não tenha induzido a própria UEFA contra o FC Porto. Seria bom conhecer a argumentação que a FPF apresentou.

Esperemos que o contencioso do FC Porto seja capaz e de uma forma categórica e qualificada possa acabar com toda esta situação que a nós, portistas, preocupa embora queiramos acreditar que a razão nos assiste. Do ponto de vista jurídico e parece ser opinião alargada, a lei está do nosso lado uma vez que não pode produzir um efeito retroactivo. Como está em causa o melhor clube português FC Porto e que todos querem abater juntando a tal "prepotência" uefeira temos que estar prevenidos para qualquer cenário, até já se fala em três anos de suspensão das provas da UEFA! Valha-nos Deus pelo tanto mal que nos querem...a esquizofrenia que se apodera dessa gente.

Um abraço
J.Peixoto (sócio Nº 5488)

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

A campanha é tão óbvia que só não vê quem não quer.
Hoje li, que no processo da Fátima Felgueiras, houve um Juíz que considerou que nos processos disciplinares as escutas não são inválidas.
Como é que no processo de P. da Costa já são válidas?
Eu nunca tive dúvidas de tudo o que está por trás disto tudo e expressei-o no meu blog.Tenho pena que por protagonismo e anti-pintismo, uma pequena minoria de portistas faça eco com os nossos inimigos.
Sobre o texto desse nosso consócio:subscrevo-o totalmente.
Um abraço