terça-feira, 18 de maio de 2010

Pinto da Costa "O nosso ideal é vencer à FC Porto"


Pinto da Costa tomou ontem posse pela 12ª vez na história do clube que lidera há 28 anos, mas foi Sardoeira Pinto, presidente da Assembleia Geral do clube, que abriu a sessão com uma bicada à moda do Porto. "Fiquei com a voz envenenada com os ares de Lisboa, no fim-de-semana, e com as partículas do vulcão", declarou ao microfone, afónico, antes de ver a sua intervenção engolida pelas palmas dos novos corpos gerentes que assinaram os documentos que os investem nas suas funções. Mal tomou a palavra na cerimónia de tomada de posse, Pinto da Costa sublinhou que a vontade de servir o FC Porto era a mesma que no seu primeiro mandato: "As minhas primeiras palavras, quando cheguei ao FC Porto, estão mais actuais do que nunca. Disse que não sabia se ia estar aqui três dias, três semanas ou três meses, mas o que sei é que só estaria aqui enquanto sentisse entusiasmo e vontade de servir o FC Porto". Por isso, garantiu que o lema extraído duma reunião de trabalho anterior saiu renovado. "O nosso ideal é vencer", frisou, antes de se explicar: "Queremos vencer sempre sim, mas não de qualquer modo, ou em qualquer túnel. Queremos vencer à FC Porto!" A seguir, o presidente agradeceu o apoio aos sócios, assumindo a responsabilidade de tamanha confiança depositada nele, antes de traçar as principais linhas do próximo triénio. "Queremos modernizar o clube, rever os seus estatutos, que estão completamente ultrapassados, e construir um museu que nos honre a todos", apontou. Para conduzir os objectivos anunciados, o presidente pediu empenho a um sector em especial: "Espero mais do Conselho Superior do que no último triénio". Mas o facto de ter sido eleito no passado sábado teve um significado especial, que Pinto da Costa fez questão de revelar: "Fui eleito no dia em que a minha mãe festejava os seus anos e tenho a certeza que foi com a sua ajuda que nos sagrámos logo campeões nacionais de andebol e que vencemos a Taça de Portugal, no dia seguinte, no Jamor". A forma esmagadora com que foi eleito também foi interpretada de uma forma curiosa por Pinto da Costa, cuja lista foi a única a ser sufragada pelos sócios com 98 por cento dos votos expressos a seu favor. "Isso demonstra que confiam em nós e não que não haja mais gente capaz de dirigir o FC Porto", apontou.

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