segunda-feira, 13 de maio de 2013

Futebol: Ideias que ficam

1 - Sobre o lance, Kelvin relatou-o à sua maneira. "Não vi o golo, mas lembro-me de receber a bola, tocar para o Liedson, que abriu na lateral, ele tabelou comigo, dominei com a perna direita e chutei no canto com a perna esquerda, que é a minha mais forte, e saí para o abraço". Acreditar que tinha sido mesmo golo demorou um tempo. "Primeiro olhei, mas quando vi todos a comemorar e já nem olhei mais. Saí a correr e não sabia o que fazer, se chorava ou se dava umas risadas. Fui feliz e comemorei"
PS - 13/05/2013 - "Neste momento, não tem nada de outro clube, mas não sei o que vai acontecer. Vamos ver se vamos ser campeões, se vai mudar o plantel, o treinador, se vai mudar alguma coisa no clube. Se eles virem que é melhor para mim ser emprestado para ter rodagem ou se é melhor ficar... Eu quero continuar. Vim para cá para ficar. O FC Porto é um grande clube da Europa, e eu quero ser campeão português, da Liga Europa ou da Liga dos Campeões".
Kelvin chegou a ser cobiçado pelo Benfica e acabou contratado pelo FC Porto. Já é um clássico do mercado nacional, mas nunca se contou que Kelvin pertence a um grupo que conta ainda com: Danilo, Alex Sandro, Mangala e James. Contudo, e ao que O JOGO apurou, o clube da águia chegou mesmo a sondar o Paraná, clube onde Kelvin jogava, numa altura em que o FC Porto já tinha o extremo "controlado".
A história podia ter sido outra se, há pouco mais de dois anos, o jogador tivesse invertido os seus planos, mas os dragões ganharam mesmo a corrida e, depois de uma temporada cedido ao Rio Ave, Kelvin está a dar pontos no Dragão. Com uma última curiosidade: é que já há um ano, e depois de uma vitória portista no terreno do Marítimo, Kelvin foi protagonista, com uma assistência, do empate do Rio Ave com o Benfica (2-2) que assegurou matematicamente o bi-campeonato ao FC Porto. Com três camisolas distintas, e em três momentos distintos, Kelvin trouxe dissabores aos encarnados e alegrias aos dragões.

2 - Vítor Pereira teve a habitual palestra com o grupo e a mensagem que passou visou isolar o balneário do peso de um falhanço, apontando à vitória como a grande recompensa coletiva. No fim ficou a garantia de que um resultado que não fosse a vitória teria no treinador o seu rosto:
"Se ganharmos, o mérito é todo vosso; se perdermos, a culpa é minha."  Foi esta, no essencial, a ideia transmitida e correspondida, no final, pelo discurso de Vítor Pereira na sala de Imprensa:
"Kelvin e Liedson? O mérito é deles. Fui feliz. O mérito é dos jogadores, quero valorizar a equipa, que acreditou sempre na vitória."
De igual modo, e se a história do encontro não tivesse sido alterada pelo pontapé de Kelvin, o técnico assumiria as consequências do percalço.
3 - Pinto da Costa voltou a comentar a reviravolta na tabela classificativa do campeonato depois da vitória sobre o Benfica. E mais uma vez deixou um alerta aos jogadores. "Esta semana é para trabalhar e para nos mentalizarmos de que temos de estar com os pés no chão porque ainda falta um jogo. Não nos vamos considerar campeões como o Benfica se considerou após o jogo com o Marítimo", disse, lembrando os festejos dos jogadores benfiquistas depois do triunfo na Madeira.
O presidente portista não esqueceu ainda de, a propósito de festejos precipitados, e alertando para a dificuldade da deslocação a Paços de Ferreira, de lembrar as três festas que António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, tinha projetado recentemente. "Eles é que sabem os momentos que devem festejar. O presidente da Câmara de Lisboa, que até é meu amigo, apelou ao civismo nas três manifestações de festejos e talvez isso os tenha levado a pensar que o FC Porto já tinha atirado a toalha ao chão"...

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