quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

FC Porto empata em Basileia apesar do árbitro caseiro

Mark Clattenburg dirige Basileia-FC Porto
Há muitos anos que não via na Champions um juíz do apito apitar tão vergonhosamente caseiro...!

Basileia 1                       Oitavos-de-final, 1.ª mão                          FC Porto 1


                                                                                   

11' Derlis Gonzalez                                                                               79' Danilo (pen)


Quarta-feira, 18 Fevereiro 2015 - 19:45

Competição:UEFA Champions League - Estádio:St. Jakob-Park (Basileia, Suíça)

Assistência:

Árbitro:Mark Clattenburg (Inglaterra)

Assistentes:Simon Beck e Stuart Burt; Anthony Taylor e Kevin Friend

4º Árbitro:Gary Beswick

Basileia: 1 Vaclík, 34 Xhaka, 17 Marek Suchý (62'), 6 Walter Samuel (46'), 19 Safari

20 Frei (21'), 33 Elneny (36'), 7 Zuffi, 25 Derlis González , 9 Streller (c), 11 Gashi (57')

Suplentes: 18 Vailati, 4 Philipp Degen, 5 Ajeti, 10 Matías Delgado, 24 Hamoudi,

(83' Gashi), 39 Callà , (25' Derlis González), 36 Embolo, (63' Streller)

Treinador: Paulo Sousa

FC Porto: 12 Fabiano, 2 Danilo (86'), 4 Maicon, 5 Marcano, 26 Alex Sandro (51'), 6 Casemiro (29'),

16 Herrera, 30 Óliver Torres (36'), 11 Tello, 9 Jackson Martínez (c), 8 Brahimi

Suplentes: 1 Helton, 3 Martins Indi, 7 Quaresma, (61' Brahimi), 10 Quintero, (81' Tello)

15 Evandro, 36 Rúben Neves, (68' Óliver Torres), 99 Aboubakar

Treinador: Julen Lopetegui

Narrativa do jogo


 Um penálti de Danilo, a 11 minutos do fim, permitiu ao FC Porto arrancar um empate em Basileia (1-1) que lhe dá boas perspectivas de avançar, seis anos depois, para os quartos-de-final da Champions League. ​No local onde nasceu o FC Porto europeu, na final da Taça das Taças de 1984 perdida imerecidamente frente à Juventus, os Dragões dominaram por completo (o Basileia marcou na única oportunidade) e só com grande infelicidade não saíram do gelado St. Jakob-Park (a temperatura rondou sempre os 0 graus) com o triunfo. Porém, diga-se que um empate fora nas últimas sete presenças dos portistas nesta fase da competição valeu sempre o apuramento.

Em relação ao onze apresentado no jogo anterior frente ao Vitória de Guimarães, Lopetegui optou por uma única alteração, com a saída de Quaresma e a entrada de Tello, que foi nos primeiros minutos o melhor intérprete da pressão alta que os Dragões aplicaram sobre a saída de bola do Basileia. No entanto, na primeira ocasião em que os suíços se aproximaram da área portista, Derlis González fez o 1-0, numa diagonal após um passe longo de Frei. Apesar do domínio territorial, só aos 20 minutos Danilo criou o primeiro lance de perigo portista, com um remate de fora da área que obrigou Vaclík a aplicar-se.

Na primeira parte, nada se viu do anunciado rasgo que Paulo Sousa prometeu que a sua equipa iria apresentar. Bem fechadinhos cá atrás, os suíços assistiram a quinze minutos de intensa pressão dos Dragões, a partir dos 30 minutos, momento em que o árbitro Clattenburg ignorou um penálti do tamanho da Torre dos Clérigos, cometido por Walter Samuel sobre Jackson. Aliás, o argentino parecia ter carta branca para travar o colombiano de qualquer maneira. É verdade que o FC Porto não foi contundente no ataque, mas a equipa da casa fez pouquíssimo (um único remate!) para justificar o 1-0 ao intervalo.

Aos 48 minutos, ocorreu uma das histórias mais caricatas de sempre da Champions League. O FC Porto empatou o encontro numa recarga de Casemiro a um cabeceamento de Maicon, após canto de Tello. Mais de um minuto depois, já os Dragões haviam comemorado e regressavam ao seu meio-campo, o golo foi anulado por pretenso fora de jogo posicional de Jackson e Marcano.
Discutível a decisão, ridícula a demora, que pode dar origem a todas as especulações, num momento em que a equipa de cinco árbitros até pode comunicar via rádio.
Os azuis e brancos criaram depois mais duas oportunidades claras: primeiro foi Tello a permitir a defesa de Vaclík (58 minutos) e depois Jackson a tentar o chapéu, mas a atirar por cima. Em ambos os casos a assistência foi de Óliver, que estava a ser provavelmente o melhor em campo quando foi forçado a sair, devido a um problema num ombro. Também podia ser do frio, mas, apesar da vantagem, os adeptos do Basileia assistiam com preocupação a um cerco que tornava invisíveis os atacantes do Basileia.

A justiça demorou mas apareceu, vinda não da mão de Deus mas da mão de Walter Samuel, que cortou um passe destinado a Jackson, o que valeu um penálti mas não a expulsão que devia ter sido efectuada do defesa central, isto já desde o primeiro minuto.
Aos 79 minutos, Danilo marcou de forma convicta o penálti e mostrou como os adeptos portistas estavam espalhados por várias zonas do estádio e seriam uns largos milhares. Até ao fim, o FC Porto controlou um encontro que poderia ter ganho, mas, para se perceber a dificuldade desta competição, diga-se que os azuis e brancos apenas venceram fora em
eliminatórias da Champions na meia-final da Corunha (1-0), em 2004.

Lopetegui: “Merecíamos um resultado melhor”

​​Técnico espanhol elogiou desempenho da equipa e lamentou mais uma arbitragem infeliz em jogos do FC Porto

“O FC Porto mereceu um resultado melhor, pela personalidade que mostrou, em circunstâncias muito difíceis perante um rival difícil, que se superiorizou aqui ao Liverpool e ao Real Madrid. Fizemos tudo para conseguir um bom resultado, até melhor do que este, mas a equipa está de parabéns pelo que fez para chegar ao empate”, defendeu Lopetegui, em declarações no final do jogo.

Lopetegui socorreu-se ainda das estatísticas para argumentar que os Dragões “foram melhores do que o Basileia”, lembrando que o adversário fez o golo “no único remate que fez à baliza” - na sequência de uma jogada para o qual os Dragões já estavam avisados, acrescentou. “Foi um jogo muito bem jogado pela nossa equipa. Rematámos 25 vezes, tivemos muito mais posse de bola, fizemos tudo para conseguirmos outro resultado”.

O golo madrugador do Basileia foi o primeiro de vários obstáculos com que os portistas se depararam no jogo. “Um golpe duro” que, nas palavras do treinador basco, obrigou a equipa a “assumir o risco”, mostrando “personalidade, uma grande atitude, uma boa capacidade de reacção e de superação e um enorme espírito de sacrifico perante várias situações adversas.”

Por falar em situações adversas, Lopetegui não poupou críticas à actuação da equipa de arbitragem liderada pelo árbitro britânico Mark Clattenburg. “Houve decisões que nos prejudicaram claramente: um penálti claríssimo, um fora-de-jogo mal assinalado ao Tello quando se isolava, um segundo cartão vermelho que ficou por mostrar a um jogador do Basileia e um golo anulado numa decisão muito estranha, que afectou emocionalmente a equipa. Apesar de tudo porém, fizemos um bom jogo”, afirmou Lopetegui, lamentando a lesão de Óliver Torres, “a notícia triste” de uma noite que deixa o FC Porto mais perto dos quartos-de-final da UEFA Champions League.

De realçar e destacar

No jogo de hoje em Basileia, para além das muitas adversidades promovidas pela equipa de arbitragem, há a destacar a falta de poder de fogo da equipa. Os portistas fazem boa circulação de bola mas depois na hora de finalizar ou chutam para fora ou fazem passes ao guarda-redes adversário...!

No lugar do Lopetegui eu nos últimos 20 minutos, pelo menos, teria substituído o Herrera pelo Rúben Neves, o Tello pelo Aboubakar (de forma a apoiar o Jackson) e o Oliver pelo Quintero, para este assistir os dois bombardeiros.
O Aboubakar é um avançado possante que chuta fácil, preciso e potente; não percebo a hesitação de Lopetegui em apostar nele...!

3 comentários:

Dragaoatento disse...

Muito bem Miguel...!

Relativamente ao jogo de hoje em Basileia, para além das muitas adversidades promovidas pela equipa de arbitragem, há a destacar a falta de poder de fogo da equipa. Os portistas fazem boa circulação de bola mas depois na hora de finalizar ou chutam para fora ou fazem passes ao guarda-redes adversário...!
No lugar do Lopetegui eu nos últimos 20 minutos pelo menos teria substituído o Herrera pelo Rúbem, o Tello pelo Aboubakar (de forma a apoiar o Jackson) e o Oliver pelo Quintero, para este assistir o Jackson e o Aboubakar.
O Aboubakar é um avançado possante que chuta fácil, preciso e potente; não percebo a razão porque Lopetegui não aposta nele...!

Abraço

Penta disse...



sincera e honestamente, já há muito tempo que não sentia orgulho na nossa equipa.
há erros? com certeza! há falhas individuais? sim! ainda se pode melhorar? obviamente!
ainda há um longo caminho a percorrer. e a Perfeição não existe - a não ser nas consolas.


somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

abr@ços
Miguel | Tomo II

Dragaoatento disse...

Ok, muito bem Miguel, de acordo...!

Abraço