sexta-feira, 7 de março de 2014

A moral está ao rubro, crónica de PML

Pedro Marques Lopes na sua crónica semanal põe os pontos nos is...

A moral está ao rubro (extrato da crónica de PML)

Já ouvi muitas explicações para a não utilização de jogadores emprestados ou com direitos económicos e desportivos repartidos (algo que considero uma pura e simples fraude à lei). Lesões, indisposições, depressões, uma quantidade enorme de desculpas melhor ou pior amanhadas. Agora, não colocar um dos melhores jogadores em campo num dos jogos mais importantes da época para que se possam promover outros jogadores do plantel, é que nunca tinha ouvido. Nem eu, nem ninguém. Mas foi a explicação dada para Miguel Rosa não ter entrado em campo no último domingo. Presumo que daqui em diante, os melhores jogadores serão sempre deixados na bancada para que não se magoem e colocar-se-ão os piores para que possam ser promovidos. Está bem visto, sim senhor.
Deve ser mais uma medida para a moralização do futebol português.

Outras medidas nesse sentido são a impossibilidade de expulsar o Fejsa e a alteração da regra do fora de jogo nos jogos do Benfica. Assim, o sérvio pode passar pode passar o jogo a fazer faltas merecedoras de amarelos avermelhados que não receberá ordem de expulsão e, como foi constatado no jogo contra o Belenenses, os golos a favor do Benfica devem ser validados mesmo que o marcador esteja quatro metros em fora de jogo.
Agora sim, a moral e os bons costumes estão a chegar ao futebol português.

2 comentários:

Dragaoatento disse...

Brasão abençoado - crónica de Pedro Marques Lopes
Paulo Fonseca não estava preparado para liderar a equipa do FC Porto, a sua escolha foi um erro e a insistência na sua permanência, quando a própria direção já se tinha apercebido do engano, foi um erro ainda maior. Resta desejar toda a sorte do mundo ao treinador. Não nos serviu bem, mas não há adepto do FC Porto que lhe possa apontar qualquer incorreção ou desrespeito à instituição. Em frente.
A estatística não falha, e a natureza humana també não. Tão certo como foi natural esta direção ter-se enganado agora e mais algumas - pouquíssimas - vezes, é o FC Porto ir acertar na escolha dos próximos treinadores. A prova disso é a escolha do homem que vai dirigir o plantel no que resta da época.
Luís Castro conhece o plantel, como nenhum treinador do mundo teria possibilidade de conhecer em tão pouco tempo; é um homemda casa e não precisa que ninguém lhe explique o significado de liderar a principal equipa do clube; sabe, conhecendo a realidade do clube, da importância dos jogos que se avizinham; estava a fazer um belíssimo trabalho na equipa B e foi até o responsável pelos dois únicos casos de evolução da equipa principal, Carlos Eduardo e Herrera.
Luís Castro é uma excelente opção para dirigir o plantel até ao fim da época.
Arrisco dizer que nenhum outro treinador, neste momento, seria melhor escolha. Ninguém poderia esperar que um treinador que agora chegasse ao FC Porto alterasse o que quer que fosse de substancial. Os danos provocados foram extensos. É preciso tempo para conhecer, para reconstruir a equipa, para implementar novos métodos.
Ninguém duvide, os adeptos também iriam imputar os possíveis desaires a um hipotético novo treinador que chegasse agora ao clube. Este, iria entrar na próxima época já com um crédito limitado. O treinador que vier terá tempo para pensar e preparar com tempo a nova época.
Há, no entanto, algo que tem sido dito e que é preciso rejeitar liminarmente: que Luís Castro não terá pressão, que nada lhe será exigido. De facto, só quem não conhece a mentalidade do FC Porto é que pode assim pensar. Talvez a tolerância com o nosso novo treinador seja maior dado o sucedido, mas que ninguém duvide: Castro será obrigado a ganhar. E ele sabe disso.
A maior tolerância que existirá com o treinador tem, porém, um outro lado: a responsabilidade acrescida, muito acrescida mesmo, dos jogadores. São eles que neste momento têm de mostrar que percebem o que é jogar num dos mais importantes emblemas do mundo. São eles, mais que os dirigentes, mais que o novo treinador, os principais responsáveis por tudo o que há para ganhar. Têm de provar que não foi principalmente por eles que se chegou ao descalabro de estar a 4 pontos atrás dum plantel sofrível como o do Sporting e a 9 do Benfica, que pratica um futebol de baixa qualidade.
Os adeptos serão agora mais importantes do que nunca. Mas esses nunca falham.
Domingo há jogo. É ganhar, é ganhar.

Dragaoatento disse...

Não somos assim tão estúpidos - por PML
Nem os mais inocentes terão deixado de suspeitar de todo o barulho, mascarado de notícias, feito em redor de Marco Silva. Sim, é fácil lançar um boato e fazê-lo medrar, em tempo de redes sociais e de jornais que desprezam os princípios fundamentais da ética jornalística e, mais que tudo, a mais básica decência.
Bastou alguém lembrar-se de perguntar a quem de direito e percebeu-se logo que as notícias não tinham ponta de verdade. Ou seja, tudo não passava dum gigantesco embuste. O facto é que nem o treinador, nem o presidente do Estoril foram contactados por ninguém do FC Porto.
Sejamos claros: a repetição do nome Marco Silva na comunicação social serviu apenas para criar um ambiente propício à sua não ida para o FC Porto, seja agora, seja no futuro. É um truque conhecido na política e em muitos outros setores. Serve para criar constrangimentos em quem quer contratar, para levar o possível contratado a dizer coisas que podem pôr em causa as decisões futuras de quem está interessado nos seus serviços; é um esquema utilizado para que se crie um clima de dúvida sobre a conduta do profissional e, sobretudo, para fragilizar quem de facto fique no lugar.
Os que montaram esta campanha e trataram de a divulgar sabem o que estão a fazer. Talvez tenha sido organizada para que um qualquer empresário tente colocar no clube um treinador do seu agrado, talvez por adversários pouco escrupulosos para que o FC Porto apareça como derrotado se o estorilista for para outro clube; e, obviamente, para que Luís Castro ou quem quer que venha, agora ou mais tarde, se sinta segunda escolha. talvez tudo ao mesmo tempo. Pode ser, até que a todas estas possibilidades se junte a vontade de desestabilizar o treinador Marco Silva e o Estoril em vésperas de jogo importante.
Não faço ideia se Marco Silva será alguma vez treinador do FC Porto. Tenho, aliás, dúvidas se será uma boa solução. Apesar de esta intriga me ter mexido com os nervos e ter chegado a desejar que o homem fosse para o Dragão só para aborrecer os autores destes patéticos truques. Não gostoé que me tomem por parvo. Nem a mim, nem aos meus consócios, nem às pessoas que gostam do futebol.