sexta-feira, 21 de março de 2014

Excerto da crónica de Pedro Marques Lopes

Excerto da crónica em brasão abençoado...
Por ser uma crónica: séria, justa, correcta, fundamentada, digna e assertiva, uma espécie de lição de moral aos sportinguistas; decidi publicar aqui este excerto a fim de ficar registado para memória futura

A grande macacada

Saber de comícios instigadores de ódio, assistir a comentários desavergonhados de quem não distingue um fora de jogo dum jogo fora, olhar para os jantares de senadores indignados e aos, digamos assim, pouco estruturados discursos dos "bastas!", provocou-me um misto de vergonha alheia e nojo, mas tudo aquilo era tão ridículo que não podia deixar de provocar gargalhadas. Só faltou mesmo uma armadilha a um árbitro montada por um vice-presidente leonino e um anúncio sobre um investimento no Sporting dum fundo russo, para o circo estar completamente montado.
Com a participação entusiástica da esmagadora maioria da comunicação social, lá se
conseguiu atemorizar e condicionar aquele que é o melhor árbitro do mundo.
Admito, não é para qualquer um. Não me recordo de afirmar preto no branco que uma arbitragem foi decisiva para ganhar um jogo. Pois não hesito em dizê-lo desta vez: não foi o Sporting que ganhou o jogo, foi a arbitragem.
Num jogo em que o FC Porto tem quatro oportunidades claras de golo, contra uma do Sporting; em que o FC Porto sofre um golo precedido dum fora de jogo chinês, que é como quem diz dum milimétrico metro, e lhe é espoliado um penalty do tamanho duma catedral, não pode haver grandes dúvidas. Bom, quem acha que cantos mal marcados a favor do FC Porto são fruto de esquemas malévolos e de conspirações sinistras, e golos em fora de jogo e penalties não marcados coisas sem importância, negará sempre o óbvio.
Artigos a rasgar as vestes? Indignação generalizada? Lutos? Editoriais a denunciar o fim do futebol português? Necessidade duma revolução? Pois... se fosse ao contrário não havia escadaria da Assembleia da República que estivesse a salvo.
Mas a cereja no topo do bolo foi a reação entre o vitorioso e o escarninho dos adeptos e comentadores sportinguistas, e não só, ao jogo. Para quem ainda tinha uma grama de dúvida, ficou absolutamente transparente que a verdade desportiva consiste em tentar ganhar ao FC Porto por todos os meios. E como não é possível através dos legítimos, e como em campo tem sido impossível - como provam as últimas décadas - , servem golos em fora de jogo, expulsões descabidas, não marcação de penalties, ameaças a tudo e a todos, queixas a todos os tribunais do mundo, idas ao Presidente da República.
Eis a verdade desportiva anunciada. Eis o sistema a ser derrubado. Eis a vitória dos justos: ganhar com batota e celebrar com a consciência da infâmia.
Infelizmente, tenho más notícias para todos os que montaram, colaboraram e promoveram as fantochadas a que assistimos e que culminaram no cambalacho de domingo: não é possível ganhar todas as semanas com truques destes, as campanhas de intimidação só resultam de vez em quando e, sobretudo, não é possível enganar toda a gente todo o tempo - a verdade é como o azeite.
Mas tenho ainda piores notícias, só se ganha consistentemente com trabalho, com inteligência, com persistência, tendo os melhores jogadores e treinadores, tendo mais vontade de ganhar, sendo mais unido e organizado que a concorrência. Estes patéticos ardis não resultam durante muito tempo. Servirão para ganhar um ou dois joguitos, para ficar em segundo ou terceiro, mas não dá para mais. Mas força rapazes, continuem assim. Deixam-nos mal dispostos uma semana de dez em dez anos, mas com estas macacadas nunca passarão da cepa torta e nós continuaremos a ganhar.


Helton

Senis arriscamo-nos todos a ficar, mas só alguns são suficientemente dotados de vileza e baixeza de carácter para utilizar a idade dum adversário como argumento. Não confundo a grande instituição Sporting com o individuo Bruno Carvalho. Por isso, não fiquei surpreendido com a salva de palmas que os sócios do clube de Alvalade dedicaram ao Helton no momento da sua grave lesão.
O guarda-redes do FC Porto merece, de facto, todos os aplausos. Não só por ser um extraordinário guarda-redes, mas, sobretudo, por ser um exemplo de liderança tranquila, de simpatia e de desportivismo.
É por causa de homens como o Helton que o FC Porto é o clube que é. És grande
, Helton!

2 comentários:

Dragão da verdade disse...

A contratação de Quaresma em Janeiro contra a vontade e criticas de muitos foi uma decisão e "teimosia" do nosso grande Presidente. Apenas ele e só ele é bom que se diga, quis regressar o craque nr 7. Mais uma decisão acertada do nosso Presidente foi não contratar já um novo treinador e cair na tentação fácil de apresentar um nome agradável aos socios para ficarem calados a tanto assobio e pressão. Sabiamente recorreu a um homem discreto mas competente , conhecedor do clube , e agora com mais calma e mais tempo poderá escolher o técnico defenitivo para a próxima época.Não é por acaso que os homens da estrutura vão entrando e saindo e o Porto de Pinto da Costa ganha sempre há mais de 30 anos. Ele é sem duvida alguma o cérebro do Porto. Parabéns Presidente! Parabéns Luis Castro! Parabéns PORTO! Saudações portistas!

Dragaoatento disse...

Claro que os êxitos do FC Porto se devem principalmente à visão do Presidente do FC Porto. Mas este facto não nos impede de pensar que Paulo Fonseca já devia ter sido substituído à mais tempo...

FC Porto sempre!