Resolvi destacar esta parte da crónica porque retrata muito bem o facciosismo da imprensa anti-portista lisboeta...
Pois claro, errar é humano. Em todos os jogos os árbitros se enganam.
Um exemplo: os dois Vitórias jogaram, e tanto num como no outro foram assinalados erradamente dois foras de jogo. Dois lances iguaizinhos. Erros, claro está. Por acaso, e só por acaso, num caso foi anulado o golo ao FC Porto e no outro ao Vitória de Setúbal (beneficiando o Benfica, realço eu).
Os árbitros são humanos, bem entendido, e todos sabemos que a humanidade tem as suas coisas. No jogo FC Porto-Vitória de Guimarães, o humaníssimo árbitro ainda se enganou em mais três penalties e noutro fora de jogo, daqueles de metros. Isto dos erros, uma vez toca a um, outra vez toca a outro. Tramada esta humanidade. Mas há casos de erros tão humanos, tão humanos, que os erros foram todos de forma a prejudicar o FC Porto. Oh, triste condição a dos homens. Pobre Paulo Baptista, um verdadeiro símbolo da fragilidade da condição humana.
Mas ele há gente que parece não compreender o género humano. Então não é que o Lopetegui resolveu dizer que o FC Porto foi muito prejudicado e que é muito difícil ganhar quando os erros – humanos, sempre muito humanos – são daquela gravidade? Este espanhol é um insensível. Não tem nada que falar de erros humanos e muito menos de arbitragens. Tem é de estar caladinho. Caladinho não. Tem de falar do Quaresma. É obrigado a explicar porque diabo o Quaresma não joga quando não joga e porque joga quando joga. Aliás, o Lopetegui, nas conferências de imprensa, não tem de falar de arbitragens, nem do jogo, nem da táctica, nem do adversário, nem de jogadores, só do Quaresma. Se o Quaresma está bem, se tem comido cereais ao pequeno-almoço, se tem dormido bem, como se sente o Quaresma sendo o único jogador do FC Porto. Quaresma, só Quaresma.
Dois penalties não assinalados, um erradamente marcado contra o FC Porto, um golo invalidado, um fora de jogo que normalmente daria golo, não contam. Isso não interessa rigorosamente nada. Toda a gente sabe que se o Quaresma jogasse o FC Porto tinha ganho. Nem que fosse contra dois humanos Paulos Baptistas e um humaníssimo Capela. Bom, contra um Capela era mesmo capaz de ser difícil. Pronto, três Baptistas.
Escusado será dizer que há para aí coisas que não se explicam com a natureza humana. Toda a gente sabe que qualquer erro de arbitragem que não prejudique o FC Porto faz parte de conspirações tenebrosas. Algo que já nada tem que ver com o, lá está, erro humano. Além da falibilidade de género humano também há aquilo do “pois, pois, e antigamente?” Ninguém sabe muito bem de que se fala quando se invoca esse imaginário passado, mas a resposta está sempre na ponta da língua: era o sistema. O terrível sistema que conseguiu um empate contra um clube do fundo da tabela, no ano em que o FC Porto ganhou a Liga dos Campeões e o campeonato com um gigantesco avanço. Ou, talvez, aquele tão falado lance do Baía na Luz, em que ainda hoje ninguém sabe se a bola entrou na baliza mas que é dado como outra prova de gigantescos esquemas.
E que viva a regeneração do futebol português. E que viva a malta que passa três horas a analisar um canto mal assinalado a favor do FC Porto para concluir que houve malícia, e chama erro humano a roubos de catedral contra o FC Porto. Vivam todos. Vivam muito, para que possam ver que até com doses cavalares de erros humanos o FC Porto ganha.
Pois claro, errar é humano. Em todos os jogos os árbitros se enganam.
Um exemplo: os dois Vitórias jogaram, e tanto num como no outro foram assinalados erradamente dois foras de jogo. Dois lances iguaizinhos. Erros, claro está. Por acaso, e só por acaso, num caso foi anulado o golo ao FC Porto e no outro ao Vitória de Setúbal (beneficiando o Benfica, realço eu).
Os árbitros são humanos, bem entendido, e todos sabemos que a humanidade tem as suas coisas. No jogo FC Porto-Vitória de Guimarães, o humaníssimo árbitro ainda se enganou em mais três penalties e noutro fora de jogo, daqueles de metros. Isto dos erros, uma vez toca a um, outra vez toca a outro. Tramada esta humanidade. Mas há casos de erros tão humanos, tão humanos, que os erros foram todos de forma a prejudicar o FC Porto. Oh, triste condição a dos homens. Pobre Paulo Baptista, um verdadeiro símbolo da fragilidade da condição humana.
Mas ele há gente que parece não compreender o género humano. Então não é que o Lopetegui resolveu dizer que o FC Porto foi muito prejudicado e que é muito difícil ganhar quando os erros – humanos, sempre muito humanos – são daquela gravidade? Este espanhol é um insensível. Não tem nada que falar de erros humanos e muito menos de arbitragens. Tem é de estar caladinho. Caladinho não. Tem de falar do Quaresma. É obrigado a explicar porque diabo o Quaresma não joga quando não joga e porque joga quando joga. Aliás, o Lopetegui, nas conferências de imprensa, não tem de falar de arbitragens, nem do jogo, nem da táctica, nem do adversário, nem de jogadores, só do Quaresma. Se o Quaresma está bem, se tem comido cereais ao pequeno-almoço, se tem dormido bem, como se sente o Quaresma sendo o único jogador do FC Porto. Quaresma, só Quaresma.
Dois penalties não assinalados, um erradamente marcado contra o FC Porto, um golo invalidado, um fora de jogo que normalmente daria golo, não contam. Isso não interessa rigorosamente nada. Toda a gente sabe que se o Quaresma jogasse o FC Porto tinha ganho. Nem que fosse contra dois humanos Paulos Baptistas e um humaníssimo Capela. Bom, contra um Capela era mesmo capaz de ser difícil. Pronto, três Baptistas.
Escusado será dizer que há para aí coisas que não se explicam com a natureza humana. Toda a gente sabe que qualquer erro de arbitragem que não prejudique o FC Porto faz parte de conspirações tenebrosas. Algo que já nada tem que ver com o, lá está, erro humano. Além da falibilidade de género humano também há aquilo do “pois, pois, e antigamente?” Ninguém sabe muito bem de que se fala quando se invoca esse imaginário passado, mas a resposta está sempre na ponta da língua: era o sistema. O terrível sistema que conseguiu um empate contra um clube do fundo da tabela, no ano em que o FC Porto ganhou a Liga dos Campeões e o campeonato com um gigantesco avanço. Ou, talvez, aquele tão falado lance do Baía na Luz, em que ainda hoje ninguém sabe se a bola entrou na baliza mas que é dado como outra prova de gigantescos esquemas.
E que viva a regeneração do futebol português. E que viva a malta que passa três horas a analisar um canto mal assinalado a favor do FC Porto para concluir que houve malícia, e chama erro humano a roubos de catedral contra o FC Porto. Vivam todos. Vivam muito, para que possam ver que até com doses cavalares de erros humanos o FC Porto ganha.
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