Uma devido a uma má opção de Óliver que se entreteve a tentar driblar um adversário muito mais possante do que ele na sua grande área, e outra da defesa, se bem que o meio-campo portista também tenha responsabilidades no lance porque ficou nas covas quando se exigia que acompanhasse a jogada e ajudasse a sua defesa a esconjurar o perigo protagonizado pelo ataque do Shakhtar, determinaram o empate a duas bolas, quando com um pouco mais de experiência (cabeça) a equipa azul e branca podia perfeitamente ter trazido os três pontos do estádio de Lviv.
Dum modo geral exceptuando os dois lances consentidos a equipa portista bateu-se bem, mas julgo ser justo realçar a codícia do Jackson pelos dois golos que marcou.
Toda a defesa esteve bem exceptuando os lances dos golos do Shakhtar. Maicon e Indi dois esteios. No caso dos laterais, Danilo pareceu-me em melhor forma e mais interventivo do que Alex Sandro. No meio-campo, Herrera muito esforçado, quase sempre acertando nas entregas aos companheiros teve no entanto alguns passes em que a bola ficou na posse do adversário. Marcano apesar se estrear na posição de trinco, pode-se considerar que cumpriu.
Brahimi complicativo, construiu e falhou o primeiro penalty (chutou denunciado e com pouca força), quase comprometendo a equipa.
Aboubakar, na minha opinião um bom avançado que ainda não está entrosado na equipa, mas que protagonizou bons lances de futebol e que eu em certos jogos gostaria de ver ao lado (à frente ou atrás) de Jackson. Tello um excelente extremo que quando estiver completamente afinado vai ser ainda muito mais útil à equipa.
Quintero um jogador tecnicista capaz de executar boas entregas da bola aos companheiros mas que precisa de ganhar mais agressividade e capacidade de ajudar a equipa quando se trate de defender. Adrián López, bons pormenores e pouco mais.
Aboubakar, na minha opinião um bom avançado que ainda não está entrosado na equipa, mas que protagonizou bons lances de futebol e que eu em certos jogos gostaria de ver ao lado (à frente ou atrás) de Jackson. Tello um excelente extremo que quando estiver completamente afinado vai ser ainda muito mais útil à equipa.
Quintero um jogador tecnicista capaz de executar boas entregas da bola aos companheiros mas que precisa de ganhar mais agressividade e capacidade de ajudar a equipa quando se trate de defender. Adrián López, bons pormenores e pouco mais.
SHAKHTAR DONETSK
FC PORTO
2.ª JORNADA
252' Alex Teixeira 85' Luiz Adriano
289' Jackson Martínez (pen)90+3' Jackson Martínez
Terça-feira, 30 Setembro 2014 - 19:45
Competição:UEFA Champions
Estádio:Arena Lviv
Assistência:
Árbitro:Cüneyt Çakır (Turquia)
Assistentes:Bahattin Duran e Tarik Ongun; Barış Şimşek e Süleyman Abay (adicionais)
4º Árbitro:Çem Satman
Shakhtar: 30 Pyatov, 33 Srna (c)(48'), 5 Kucher (34'), 44 Rakitskiy, 66 Márcio Azevedo, 17 Fernando (69'), 6 Stepanenko (36'), 29 Alex Teixeira, 20 Douglas Costa, 9 Luiz Adriano, 28 Taison
Suplentes: 32 Kanibolotsky, 8 Fred, 10 Bernard, (79' Douglas Costa), 11 Marlos, 18 Ordets, 21 Gladkiy , 77 Ilsinho (90'), (75' Taison)
Treinador: Mircea Lucescu
FC Porto: 12 Fabiano, 2 Danilo, 4 Maicon (c)(48'), 3 Martins Indi, 26 Alex Sandro, 5 Marcano, 30 Óliver Torres (35'), 16 Herrera, 8 Brahimi, 99 Aboubakar, 11 Tello
Suplentes: 25 Andrés Fernández, 9 Jackson Martínez , (65' Aboubakar), 10 Quintero , (65' Marcano) , 15 Evandro, 18 Adrián López , (78' Brahimi), 21 Ricardo, 36 Rúben Neves
Treinador: Julen Lopetegui
Lopetegui optou por colocar Marcano na posição mais defensiva do meio-campo e Aboubakar como ponta de lança, em detrimento de Jackson Martínez, que ficou no banco.
Na primeira parte, ambas as equipas procuraram os espaços nas costas das defesas contrárias, mas foi o FC Porto a criar mais e melhores ocasiões de golo. A maior de todas foi o penálti conquistado por Brahimi (tocado nas costas por Kucher), que o argelino procurou converter mas o gigante Pyatov evitou. Antes, aos 18 minutos, ficou por assinalar mais um castigo máximo favorável aos Dragões, por mão ostensiva de Rakitskiy na grande área do Shakhtar.
Para além disso, importa referir que foi um jogo bem jogado e bem disputado, com a bola a rondar ambas as áreas e Danilo a fazer o primeiro aviso (aos 13 minutos) e Tello o último (aos 43) da primeira parte, ambos em remates cruzados. Ficará ainda na memória de quem assistiu ao jogo o momento "cabine telefónica" de Brahimi, ao passar por dois adversários num espaço de um ou dois metros quadrados. Uma delícia para quem gosta verdadeiramente de futebol.
O golo do Shakhtar, no início da segunda parte foi obtido devido a uma má opção do Óliver que em vez de despachar a bola tentou driblar em zona proibida. Kucher (curiosamente o autor da grande penalidade portista) roubou a bola a Óliver e ofereceu o 1-0 a Alex Teixeira. A matreira equipa do Shakhtar reposicionou-se imediatamente em campo, baixando linhas e passando a arriscar menos de zero. Os espaços junto à área ucraniana terminaram e o controlo do encontro foi oferecido ao FC Porto.
Quintero e Jackson Martínez entraram em campo aos 65 minutos, para aumentar a criatividade e poder ofensivo dos Dragões, e, em boa verdade, o futebol dos Dragões só ganhou com isso, a equipa tentou sempre trocar a bola e construir verdadeiras ocasiões de remate, ao invés de atirar bolas para a área contrária. No entanto, apesar da boa entrada em jogo de Quintero, algo falhou sempre no momento da definição. Quando não falhou, como ao minuto 83, estava lá Pyatov para negar o golo a Adrián que entretanto tinha entrado para o ataque dos Dragões.
Aconteceram ainda alguns contratempos para o FC Porto, que viu uma agressão a Martins Indi ignorada pelo árbitro e fiscal de linha; e, uma tocha atirada para o relvado para interromper um ataque portista; na resposta, o Shakthar fez o 2-0 e o jogo pareceu sentenciado. E a equipa que mais porfiou acabou por conquista parte do prémio.
Primeiro, Jackson converteu um penálti por mais uma mão na bola do Shakhtar na sua grande área; depois, Tello rompeu pela enésima vez na área adversária e serviu desta vez na perfeição o colombiano, para o terceiro golo na edição deste ano da Champions. A festa final justifica-se pela recuperação épica, mas o resultado certo seria a vitória azul e branca.
LOPETEGUI: “Alma e coração para acreditar até ao fim”
Insatisfeito com a igualdade (2-2), o técnico dos Dragões acredita que o FC Porto foi a equipa que mais fez por merecer a vitória no jogo frente ao Shakhtar Donetsk, mas sublinhou a qualidade do colectivo ucraniano, que soube capitalizar os poucos deslizes defensivos dos azuis e brancos. Destacando o facto de o FC Porto ainda não ter perdido qualquer jogo oficial em 2014/15, o técnico espanhol elogiou a forma como os Dragões conseguiram chegar ao empate.
“Estou muito satisfeito com a capacidade que demonstrámos e com a exibição que fizemos. Creio que fizemos um grande jogo, frente a um grande adversário. Numa competição como UEFA Champions League os erros pagam-se ainda mais caro, mas defrontámos uma grandíssima equipa e soubemos sofrer sempre que foi necessário, nunca deixando de acreditar. Tivemos alma e coração para acreditar até ao fim. Uma equipa que quer ser grande, tem de acreditar e lutar até ao fim mas, no cômputo geral, foi uma injustiça não termos vencido este jogo”, afirmou Julen Lopetegui após o desafio com o Shakhtar Donetsk, a contar para a segunda jornada do Grupo H da UEFA Champions League, liderado pelo FC Porto, com quatro pontos.
A opinião dos protagonistas
Jackson - “O treinador pediu-me para tentar ajudar na pressão e dei o meu máximo para o fazer. Não fiquei triste por ter sido suplente e a realidade é que o Aboubakar jogou muito bem. Não assinei contrato para ser sempre titular e qualquer opção do treinador será respeitada. É uma pena não termos conseguido vencer, pois acho que merecíamos, mas faltou-nos concretizar melhor a nossa superioridade. Os meus golos foram consequência de um bom trabalho colectivo”, disse.
Brahimi - “Triste” pela grande penalidade que desperdiçou quando o marcador ainda registava 0-0, Brahimi sente que os Dragões foram superiores e que criaram as melhores ocasiões de golo. “É frustrante não sairmos daqui com os três pontos, mas há que continuar a trabalhar porque temos um jogo importante no próximo domingo com o Sporting de Braga”. Maicon, por sua vez, lamentou os erros que originaram os golos do Shakhtar Donetsk.
Maicon - “A equipa portou-se bem e merecíamos a vitória. Conseguimos um ponto importante, que nos dá ânimo nesta competição. Entrámos forte e tivemos o azar de não conseguir concretizar a grande penalidade, e a realidade é que eles marcaram em dois erros defensivos nossos, mas isso também faz parte do futebol. Domingo temos mais um jogo que queremos vencer”, afirmou o defesa brasileiro, que capitaneou a equipa do FC Porto em Lviv.
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